quinta-feira, 30 de julho de 2020

QUEM É A ROSA DE SAROM?

No livro de Cantares de Salomão diz assim:  "Eu sou a Rosa de Saron, o lírio dos vales. Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas (Cantares 2.1,2). Frequentemente, esta referência é associada à Jesus como sendo a Rosa de Sarom e o lírio dos vales. Porém, no contexto da narrativa, a rosa de Sarom é a Sulamita, a amada, o que simboliza a Igreja. Dobre a sua atenção de agora em diante.

"Sessenta são as rainhas, é oitenta as concubinas, e as virgens sem número (Cantares 6.8). Mas, por quem Salomão veio se apaixonar? Pela jovem de fora do palácio, longe do luxo e da realeza, acostumada com a vida de trabalho duro (Cantares 1.5,6) e com a simplicidade. Uma flor na Planície de Sarom. Uma flor do campo. Segundo os estudiosos, a Planície de Sarom era, a princípio, um deserto, e que com o tempo foi se tornando fértil atraindo ali homens que começaram a trabalhar no cultivo da terra. Nesse cultivo, nasciam as flores do Sarom. 

A rosa de Sarom produzia a tinta vermelha que a tornava peculiar em meio a vegetação da Planície. Sua fragrância é notada quando é espremida. No versículo 1 onde se diz "Eu sou a Rosa de Sarom", é a moça quem está declarando e não o amado. A Rosa de Sarom aponta para a Igreja que tem sua própria identidade em meio a este mundo e com isso se destaca pelos valores que possui e os defende. Porém, nota-se o seu valor quando espremida sob a pressão das provações e das perseguições. Quanto mais esmagada era a Rosa, mais ela espalhava o seu aroma. Quanto mais provada é a Igreja, mas ela mostra seus valores e os triunfa em meio aos ardis. Está em perfeita consonância com as palavras do Apóstolo Paulo: "E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, é por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem" (2 Coríntios 2.14,15). A fragrância que a Igreja espalha quando espremida sob ardorosas provações é a fragrância do Evangelho de Cristo.

Ela testemunha ser tanto a Rosa de Sarom quanto o "Lírio dos Vales". O Lírio que cresce no vale. Vale é região entre montanhas. Se as montanhas são lugares elevados, vales são lugares baixos. Quando a Sulamita se revela dessa forma ao seu amado, era o equivalente a dizer: "Eu não sou tão bela, mas tenho minhas virtudes, meus talentos, eu tenho o meu valor". Há pessoas que são exibicionistas, é querem mostrar a outros aquilo que ela não tem. A Sulamita, naturalmente foi mostrando seus dotes, suas qualidades sem precisar de esforço, afinal, ela era como a flor do Campo. A flor do Campo não sai do lugar para mostrar que é alguma coisa, pelo contrário, ela é notada no lugar aonde ela está. A flor crescendo no campo, o lírio crescendo no Vale. Esse retrato cai certeiro na Igreja. Ela não precisa forçar nada para ostentar o que tem. Ela é a Rosa de Sarom que Deus plantou na terra, para espalhar a fragrância do Evangelho. Já observou que toda a pessoa que se preocupa apenas com a estética, com a beleza física, não prioriza o caráter? O que querem é aparecer e nada mais! Ostentação é sua marca registrada. A Igreja, sem o menor esforço demonstra isso e ainda mais: quando ela cresce em meio ao Vale da angústia e da perseguição.

O lírio crescendo tanto no vale como entre os espinhos (Cantares 2.2). O amado, quando testifica dela, diz que ela é o Lírio entre os espinhos, ou seja, uma coisa de destaque no meio das demais. A ênfase não é ao espinho, mas aí lírio. Você é lírio ou espinho? O lírio não se importou com os espinhos e foi crescendo, recebendo louvores (elogios) dos outros. E o espinho ganhou o quê? Nada! É melhor ser lírio mesmo crescendo no meio da dor provocada por espinhos do que espinhos. Seja benção e não Tribulação para as pessoas. 

Deus em Cristo vos abençoe.

Fonte de consulta: Bíblia Alpha Revelada Versão Di Nelson

Um comentário: