sábado, 23 de dezembro de 2023

COMO ME CONVÉM FALAR (Efésios 6.20)

A pregação do Evangelho é muito mais do que a comunicação, é a responsabilidade irrestrita e inarredável de apresentar a verdade como ela é. Vai além da empolgação de falar, pois, exige o bom senso ao expor o Evangelho na sua essência. 


Veja a preocupação do Apóstolo Paulo. O ponto preponderante aqui não é o simples falar, mas COMO CONVÉM FALAR. O Evangelho está sendo pregado. Ok, mas de que maneira? O Evangelho de Cristo está sendo apresentado às pessoas como deveria? 


Há muitas pessoas maquiando, enfeitando o Evangelho de Cristo com inovações e modismos que não possuem apoio bíblico. É mais do que meramente falar, é como convém falar, ou seja, falar do jeito certo, falar do Evangelho tal como ele é, sem acréscimos ou omissões, isto é, sem mais e nem menos, dentro de sua conveniência e legitimidade, mantendo o compromisso com a verdade. 


Há uma inundação de heresias nas igrejas brasileiras. Diante disso, pergunto: 


Se muitos pastores falarem do Evangelho de Cristo COMO CONVÉM FALAR, vai ficar muita gente congregando? 


Se muitos pregadores pregarem a Palavra de Deus COMO CONVÉM PREGAR, o povo vai continuar dando glória a Deus, levantando a mão, gritando o famoso "eu tomo posse"? Vai continuar com a agenda cheia, pregando em congressos e grandes eventos?


Não é somente falar, e sim FALAR COMO CONVÉM, não é somente pregar, e sim pregar COMO CONVÉM. A mentira tem cara de verdade, mas a verdade nunca tem cara de mentira! Ela é a verdade em qualquer situação! Em qualquer lugar a mentira é bem vinda, com um detalhe: ela vem pela porta da frente e vaza de mansinho pela porta dos fundos. A verdade entra e sai pela porta da frente porque nunca perde a dignidade.


Que possamos falar de Cristo COMO CONVÉM FALAR. A pregação é arte mas não é aventura, é a responsabilidade ímpar de entregar a verdade assim como foi recebida.


Em Cristo, 

Ev Clenio Daniel

sábado, 6 de maio de 2023

MAS DEUS É O JUIZ (Salmos 75.7)

O salmista deixa claro nesta linda composição que Deus é "o Juiz". Todo o contexto geral das Escrituras concorda com essa afirmação. Todos os homens devem temer o Juiz por excelência, o Senhor Deus. 


O termo "juiz" aparece como adjetivo, informando a qualidade do substantivo, que é Deus. 


Observando a gramática da língua portuguesa, há dois tipos de adjetivos: o EXPLICATIVO e o RESTRITIVO.


O Adjetivo Explicativo é aquele que informa a qualidade essencial do substantivo. Isto é, aquilo que não pode ser retirado do substantivo. Também podemos chamar de adjetivo "genérico" porque trata de uma qualidade inerente a todos os elementos de uma mesma categoria.


Exemplo: "O homem é mortal". O adjetivo "mortal" é a qualidade inerente a todos os homens, SEM EXCEÇÃO.


O Adjetivo Restritivo informa uma qualidade que pode ser retirada do substantivo. Podemos chamar de adjetivo "específico". Exemplo:


"Nem todo homem é inteligente". Aqui, temos a explicação de que nem TODOS os homens possui esta qualidade. É restrita a uns e a outros, não.


O salmista informa que "Deus é o juiz". Temos aqui o podemos chamar de adjetivo restritivo ou "específico". Restrito, ou seja, uma qualidade que pode ser atribuída a uns e não a todo o restante. Não há juiz como o Senhor Deus! Ele é sem igual!


Deus é o Juiz. O Juiz incomparável. O Juiz implacável. 


Os juízes da terra podem ser comprados; a Deus não se compra.


Os juízes da terra se corrompem, aceitando subornos; Deus é incorruptível, e não aceita subornos de ninguém.


Os juízes da terra agem de maneira relativa, embora a lei ordene um posicionamento absoluto. Deus é o Juiz implacável, não compactua com erro nenhum. Suas leis são justas e Sua atuação é absolutamente justa.


Os juízes da terra mudam as leis ou simplesmente não as cumprem como deveria. Deus é o "Juiz de toda a terra" (Gênesis 18.25) que faz justiça como ninguém.


Em Salmos 7.11 Deus é um "Juiz justo". Em 2 Timóteo 4.8 Ele é o "justo Juiz". Isso mostra que Deus é justo em TODOS os aspectos. O Juiz da terra, justo, pode se tornar injusto. Mas o nosso Deus é o Juiz por excelência e nEle "não há sombra e nem mudança de variação" (Tiago 1.17)


Temamos ao Senhor! Ele é bom, é amoroso, benigno, mas também é JUIZ! 


Em Cristo, 

Evangelista Clenio Daniel.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

QUATRO COISAS QUE O EVANGELHO FAZ NA VIDA DO SER HUMANO

INFORMA: O Evangelho é a boa notícia de salvação. O Evangelho comunica aos homens o ato redentor de Deus em favor da humanidade. Não se trata de uma mera notícia, mas, a notícia de alcance universal: "Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2.10,11);


REFORMA: O pecado deforma, o Evangelho reforma. O pecado destrói, o Evangelho constrói. O pecado leva à morte (Romanos 6.23), o Evangelho é a mensagem do Cristo vivo que comunica vida aos homens mortos em seus pecados (João 6.63; Efésios 2.1);


CONFORMA: É impossível viver da mesma maneira depois da experiência eficaz proporcionada pelo verdadeiro Evangelho de Cristo. Somos levados à conformação com a vontade de Deus, guardando a Sua Palavra. Esta geração pós-moderna precisa entender isso. Dizer que foi salvo mas vive nas mesmas práticas de quando não conhecia o Evangelho é um verdadeiro descompasso (2 Coríntios 5.17). A verdadeira fé em Cristo leva à obediência (Romanos 1.5). Revestidos do novo homem que "segundo Deus" é criado (Efésios 4.24). "Segundo", "conforme", "consoante". Deus não tem um padrão. Ele é o padrão! Qual é o padrão do homem? Cristo, o varão perfeito! Verdadeiro Homem! Verdadeiro Deus!


TRANSFORMA: O sentido básico desta palavra é "além da forma". O Evangelho nos proporciona experiências que nos mostra a total diferença entre a vida sem Deus e a vida com Ele. Servimos a um Deus vivo e pessoal que deseja interagir com aqueles que Lhe servem. A Bíblia diz: "transformai-vos" (Romanos 12.2). No texto grego, aparece na voz passiva, significando: "deixai-vos ser transformado". É Deus quem faz esta maravilhosa obra, mas cabe a nós darmos lugar e experimentarmos tão grande obra.


Em Cristo, 

Evangelista Clenio Daniel.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

A RIGOROSIDADE DO CHAMADO DIVINO

1. "E subiu ao monte, e chamou para si..." (Marcos 3.13a). CHAMOU PARA SI - o chamado que recebemos de Deus é para o cumprimento dos Seus propósitos, promovendo a glória de Deus. Nunca para o nosso ego. Chamado POR Deus e chamado PARA Deus;


2. "... os que ele quis..." (Marcos 3.13b). O chamado é resultado da soberana vontade de Deus. Ele escolhe a quem Ele quer;


3. "... e vieram a ele" (Marcos 3.13c). A correspondência do chamado. De um lado, Deus chamando; de outro, o homem aceitando, embora alguns, infelizmente, recusem;


4. "E nomeou doze" (Marcos 3.14a). Chamados para uma função, finalidade e propósito. "Nomeou", "designou", foram separados para o chamado do Senhor;


5. "... para que estivessem com ele..." (Marcos 3.14b). O chamado divino se exercita na comunhão que temos com aquEle que nos chamou. "Para que estivessem com ele", "perto dEle", "andando com Ele". Não basta somente fazermos a obra de Deus! Primeiramente, temos que ter comunhão com o Deus da obra!


6. "... e os mandasse a pregar" (Marcos 3.14c). Levar a mensagem adiante. Aquilo que viram e ouviram de Seu Mestre seria propagado a todos quantos ouvissem (ver Atos 4.20). Eles conheceram o Cristo das Sagradas Escrituras, o Messias, o Filho de Deus. Agora, a sua missão era TORNAR CONHECIDO perante o mundo a Pessoa do Filho de Deus, o Salvador.


7. "e para que tivessem o poder de curar as enfermidades..." (Marcos 3.15a). O chamado divino munido de poder e autoridade. O Evangelho pregado não é mera teoria, é a REALIDADE (ver Marcos 16.20; Atos 1.8). 


8. "... e expulsar os demônios" (Marcos 3.15b). Todo aquele que é chamado à obra do Senhor deve saber com quem está lidando; sim, contra quem está lutando (Efésios 6.12). Não esqueça que o Senhor, quando chama, chama "para estar com Ele". A comunhão com Deus é primordial. Fazer proezas no nome do Senhor, curando enfermidades e expulsando demônios decorre da autoridade que recebemos de Jesus quando andamos na Sua presença.


Muitos pregam e "fazem acontecer". A questão é: tem comunhão com o Senhor? Andam na Sua presença? Tem testemunho condizente com a Palavra?


O chamado é à obra do Senhor! Há critérios bíblicos! Há exigências! 


Em Cristo,

Evangelista Clenio Daniel

TEXTOS MAL INTERPRETADOS DA BÍBLIA

REFERÊNCIA-CHAVE: "Tocai a buzina em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto" (Joel 2.1)


Quando se faz interpretações incorretas de textos da Bíblia sem analisar o contexto e o gênero literário o resultado é trágico. Um dos exemplos é a referência-chave já mencionada. Este versículo tem sido usado para amparar a teoria de que "temos que perturbar todos os moradores da terra". Isso ocorre muito em trabalhos de oração em residências, onde muitos dão gritos bem alto de glória a Deus e aleluia e se os vizinhos ficam incomodados com isso, atribuem essa cena à "fúria do inimigo" porque temos que "perturbar todos os moradores da terra". 


Biblicamente, o cristão é a luz do mundo (Mateus 5.14; Filipenses 2.15). Essa luz vai resplandecer fortemente (Mateus 5.16) de modo que as trevas se sentirão incomodadas com as nossas boas obras manifestas pela luz. Isso não diz respeito a "perturbar" os homens e sim fazer notório o que Cristo fez por nós, em nós através da Sua obra redentora e está fazendo através de nós por meio do Evangelho no poder do Espírito Santo. Os homens precisam ver que o Evangelho é poder de Deus para salvação e libertação e verão isso por meio da nossa conduta transformada, qual luz resplandecente.


Fato é que isto, muitas vezes, resultará em perseguições por parte da sociedade, pois, a Igreja é guardiã da Sã Doutrina, de princípios que vão na contramão das filosofias deste mundo. O fiel cristão tem que está ciente disso (2 Timóteo 3.12). Mas isso é diferente de "perturbar os moradores da terra" no sentido que muitos entendem e aplicam.


Existem casos e casos. Contudo, o modo como as pessoas interpretam erroneamente versículos bíblicos sem buscar o devido entendimento chega a ser grotesco. Baseado neste entendimento equivocado, muitos até ligam o som nas alturas altas horas da noite e quando o vizinho processa ele por "perturbação de sossego" dizem que é "levante do diabo". Isso não tem nada a ver com o diabo, é você que não tem juízo e não está vigiando! Se o vizinho ligar para a polícia e ela vir mandando abaixar o som, bem feito! E se frescar, ainda vai preso! Tenha bom senso! Seja sóbrio (1 Pedro 5.8)!


Em Joel 2.1 temos uma profecia de caráter escatológico, apontando para o tempo futuro. O profeta está falando que "o dia do SENHOR" está perto. A natureza dos acontecimentos sombrios aqui descritos concernente ao "dia do SENHOR" deixará os moradores da terra alarmados ou perturbados, porque será um "dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de trevas espessas" (Joel 2.2). 


Não perturbe seu vizinho, ganhe ele pra Jesus! A nossa briga não é com os moradores da terra e sim contra os poderes das trevas (Efésios 6.12). Sejamos luz! Sejamos exemplo! Para que o nome do Senhor seja glorificado em nossas vidas.


Em Cristo,

Evangelista Clenio Daniel.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

O CRENTE CAVALO E O CRENTE CORDEIRO

REFERÊNCIA-CHAVE : "Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti." (Salmos 32:9)


O cavalo é um animal frequentemente mencionado na Bíblia. Geralmente aparece relacionado à guerra (Salmos 20.7; Provérbios 21.31), por causa de sua força extraordinária (Salmos 147.10). Nos tempos bíblicos, reinos se utilizavam de uma grande cavalaria de guerra bem arregimentada. A imagem de uma cavalaria bem disposta e organizada causava impacto ao exército inimigo, pois, ostentava poder e grandeza. Um animal extraordinário! Só precisa de freio na boca!


A casa de Deus está repleta de pessoas talentosas, extraordinárias, versáteis, capazes de fazer grandes coisas para o Reino de Deus; só tem um problema: NÃO TEM FREIO NA BOCA! Elas receberam de Deus um chamado que causa admiração e até inveja em algumas pessoas, ao ponto destas pessoas desejarem ter o que elas receberam. Porém, NÃO CONTROLAM SUA LÍNGUA! Isso é um perigo! 


Se não colocar freio na boca do cavalo, ele vai longe quando não deveria ir (Tiago 3.3), se muitas pessoas não colocarem freios em suas bocas, irão longe, porém, causando prejuízos a si e aos outros.


Um caso diferente é: "Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Isaías 53.7). O profeta se refere ao Messias e aos Seus sofrimentos em prol de Israel e, por extensão, de toda a humanidade. Sofrendo, levado para ser morto, ELE NÃO ABRIU A BOCA! A virtude de controlar a língua não foi manipulada pela dor que vinha sofrendo. Percebeu a diferença? Um não tem controle na língua, e o outro consegue controlar a língua!


O cavalo precisa de freio na boca; o cordeiro, não! Que tipo de crente você é? Cavalo ou Cordeiro? Sem controle na língua, falando o que não deve, ou sabe controlar a língua, falando apenas o necessário?


O crente cavalo desconhece a passagem bíblica de Eclesiastes 3.7, que diz: "... tempo de estar calado e tempo de falar". Primeiro: tempo de estar CALADO, depois, tempo de FALAR! Só quem é Cordeiro entende isso! O cavalo "não tem entendimento" e por isso age descontroladamente.


Em Cristo,

Evangelista Clenio Daniel.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM

Este personagem é mencionado poucas vezes na Bíblia, mas o suficiente para trazer-nos lições de raro valor. 

Em Gênesis 14.18 e em Hebreus 7.2 ele é mencionado desta forma: Melquisedeque, Rei de Salém. De ambos os lados, o aspecto de realeza é destaque na vida do personagem em estudo. Começamos pelo seu nome: Melquisedeque, que é "Rei de Justiça". Depois, o local onde ele é Rei: Salém, que quer dizer "Paz". Quanto ao caráter, um rei justo. Quanto ao lugar, nele residia a paz. Primeiro, a Justiça; depois, a Paz.

É imprescindível que a Justiça sobressaia primeiro. Se houver justiça, certamente haverá paz. Qual o papel da justiça? Estabelecer o que é certo, colocar as coisas no seu devido lugar. Melquisedeque era Rei Justo: estabelecia a ordem. Uma vez estabelecida a ordem, o povo que está sob este reino pode desfrutar da Paz, uma vez que há Justiça.

Isso é um reflexo do que lemos em Romanos 14.17 que o Reino de Deus é "justiça, paz e alegria no Espírito Santo". Veja bem: primeiro, a Justiça; depois, a Paz. O Reino de Deus segue esse prisma porque o Senhor deste Reino é Justo e com Ele tudo fica no seu devido lugar.

Exclua da sua vida um Evangelho que não apresenta a justiça de Deus (Romanos 1.17). Um Evangelho onde se prega apenas um Deus de amor e sua justiça é ignorada não merece ser ouvido. Deus é amor, mas também é justiça. Ele ama, mas também é justo. O amor, diz a Bíblia, "não folga com a injustiça, mas folga com a verdade" (1 Coríntios 13.7). Neste encalço está presente a justiça de Deus. Este é o problema do Sistema que rege este mundo: não há justiça e, consequentemente, não pode haver paz!

Quer ser abençoado? Coloque as coisas no seu devido lugar! Não pegue o errado e torne certo! Faça o que é devidamente certo, o que deve realmente ser feito. Justiça é sinônimo de retidão. Uma linha reta que não pende nem para um lado nem para o outro, mas fica na posição certa. Este é o conceito de justiça, apresentado pelo Evangelho de Jesus Cristo. Deus não abençoa quem vive em cima do muro, com pendências para um lado ou outro. O Evangelho é justiça e vem colocar o homem na posição certa, no lugar em que deve estar que o pecado tirou.

É com razão que Deus é Justo! Ele ama, mas é Justo! As pessoas precisam entender que amar nunca será a mesma coisa que ser conivente com o erro, assim como Deus ama a humanidade pecadora mas não compactua com seus erros. É neste mesmo encalço que devemos praticar a justiça sem excluir o amor e vice-versa.

Primeiro, a Justiça; depois, a Paz. Obtemos paz quando a Justiça divina nos justifica, declarando-nos justos em Sua presença (Romanos 5.1).

Em Cristo,
Evangelista Clenio Daniel.