domingo, 28 de novembro de 2010

É inútil orar...

Há quem pense que a oração seja a base de um testemunho genuíno. Esta mensagem não existiria se eu não observasse, nestes 11 anos que sirvo ao meu Senhor, homens que, camuflados na aparência, escondem de muitos a realidade da sua vida cotidiana, contraditória aos ditames da Palavra de Deus. Vi e ainda vejo pregadores e cantores que são capazes de arrebatar multidões com seu dom extraordinário; oram, jejuam, se consagram pensando os tais que por fazerem estas coisas Deus irá tolerá sua crença mesquinha acompanhada de práticas absurdas que entristecem ao Espírito de Deus. Não é bem assim como muitos pensam.
Como um autêntico estudioso das Escrituras Sagradas, reconheço muito bem a importância da oração na vida cristã, porém, a grande maioria dos nossos companheiros na fé precisa entender que o testemunho de vida é superior a prática da oração; visto que orar é mandamento bíblico (1 Ts 5.17), obedecer também deve fazer parte do vocabulário cristão (1 Sm 15.22). Oremos, busquemos a face do Senhor, entretanto, não nos esqueçamos da responsabilidade de nos harmonizar com os preceitos da Palavra do Deus Eterno, porque isto é bom e agradável diante dEle.
Vejo ao meu redor excelentes pregadores, os quais, no uso de uma oratória eloquente e recheada de uma profunda sabedoria, conquistam a atenção, admiração e o prestígio dos seus ouvintes. Todavia, nunca pensaram estes no modo de vida que eles levam dentro da sua casa. Na igreja, excelente obreiro, na sua casa, péssimo pai de família!!! Às vezes perguntamos para nós mesmos e para Deus por que almas não são salvas em nossas igrejas como antigamente e a resposta é a falta de sensibilidade no que diz respeito ao fato de viver de forma correta diante de Deus.
Olhando para estas coisas recordo-me da parabóla da figueira infrutífera, a qual, certo homem a plantou na sua vinha; porém, indignou-se por não achar nela fruto algum (Lc 13.6-9). À semelhança dessa figueira são muitos; não tem virtude, antes, procedem de forma escandalosa ao Evangelho envergonhando o santo nome de Jesus Cristo. A dupla personalidade virou epidemia nas comunidades de fé, ainda mais da parte desses que, do púlpito das igrejas, clamam contra o pecado, porém, nunca o aborreceram em seu coração. Logo a verdadeira profissão de fé se tornou escassa ao passo que a falsa aparência, evidência do excesso de religiosidade, ganhou terreno levando-nos a uma cnclusão: já não se faz mais crentes como antigamente!
Por isso, em razão da hipocrisia, da fé fingida, da aversão à Palavra de Deus e da falta de compromisso com o Eterno só tenho a dizer: é inútil orar... quando não obedecemos... quando o nosso padrão de moral não condiz com as Escrituras Sagradas... e quando não nos comprometemos em andar na direção de Deus! De nada adiantará tanta oração se não O seguirmos com toda a prontidão de espírito.

sábado, 20 de novembro de 2010

Um estudo em Salmos 128

Salmos 128.2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem

A Bíblia Sagrada é explícita em ensinar que o segredo para um vida vitoriosa consiste em temer ao Senhor e andar nos seus caminhos (Sl 128.1). E, como consequência, as bençãos do Criador repousará sobre nós em todas as áreas da nossa vida, mormente no âmbito familiar.
Segundo o salmista, o homem que ocupar o seu coração no temor do Senhor terá bom proveito do trabalho das suas mãos. Isto é, trata-se de algo do qual ele extrairá bons resultados, porque Deus o fará bem sucedido naquilo que ele fizer. Esta passagem bíblica nos leva a grandes significados no tocante ao cumprimento das promessas do Eterno sobre aqueles que Lhe obedecem. Vejamos:
1) Uma esperança correspondida - Quem tem esperança de alguma coisa, tem em si motivação de lutar por aquilo que lhe deixa esperançoso e certo de que irá conseguir. A isso também chamamos fé (Hb 11.1). Pois, do contrário, como se sacrificaria alguém sabendo que nada obteria? A esperança nos induz à luta, ao mais árduo sacrifício, porém, com excelentes resultados.
2) Um trabalho próspero - Essa benção estava na vida de Isaque (Gn 26.12,13); também estava sobre José (Gn 39.1-6). Em tudo o que faziam, Deus honrava seus esforços desmedidos com abundantes bençãos diante de todos quantos lhes viam.
3) Um trabalho sob as ricas promessas do Senhor - A certeza de um trabalho proveitoso e gratificante provém da atitude do homem em andar na direção divina. Pois, quando assim fazemos, Suas promessas pesam sobre nós, sobre nossa família, sobre tudo o que temos e fazemos.
Que o temor do Senhor se apodere de nossa alma a cada instante e que não trilhemos em outras veredas senão as veredas do Pai Eterno!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Não posso duvidar!

Tiago 1.6 "... porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte."


A dúvida nos leva a grandes fracassos, a fé nos leva a coisas impossíveis (Hb 11.1,2). A dúvida nos faz olhar para o problema, a fé nos faz olhar para Deus (Hb12.2). A dúvida nos faz sentir a terrível dor de um sofrimento, a fé nos faz sentir o gosto da vitória. A dúvida é a base construtiva da vida de um fracassado, a fé é o alicerce de um vencedor que jamais pensa em desistir. Devo, portanto, parar e refletir: não posso duvidar!
A que poderei comparar a dúvida? A uma bebida inebriante, a qual, todo aquele que a ingere torna-se vacilante e tropeça em seus passos. Da mesma forma é o que não confia seguramente na providência divina entregando-se a pensamentos vãos que não edificam e que nos fazem regredir diante de tantas adversidades. A comparação usada por Tiago na sua carta é digna de nota e, portanto, vale a pena ser examinada.
1)A onda do mar é inconstante - Quem duvida não tem uma visão ampla no que respeita as promessas de Deus. Sua alegria é qual fogo de palha: logo se apaga. Toda pessoa que possui sua alma entregue a dúvida nunca vai além. É inconstante como a onda do mar. Agora, impetuosa, mais adiante, volta como era antes. Quantos que começam e não terminam?! Quantos que nunca saíram do primeiro degrau das escadarias da vida?! O apóstolo Paulo nos admoesta dizendo: "... sede firmes e constantes..." (1 Co 15.58).
2)A onda do mar é momentânea - Nem sempre a onda do mar é revoltosa e agitada. Às vezes, ela se apresenta desta forma como já foi assinalado, depois, é bonança e quietude. Assim são os duvidosos: num momento crê, noutro, não. Sua vida é sempre vacilante, seus pensamentos são confusos e sempre age indecisamente por não tomar um rumo certo. "Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa" (Tg 1.7).
3)A onda do mar é conduzida pelo vento - O duvidoso nunca tem passo firme, porque deixa se iludir com a "monstruosidade" das circunstâncias da vida. Sua companheira é a insegurança, seu parente mais próximo é a perturbação de espírito porque sempre está atrelado aos dissabores da vida, levado de uma para outra parte pelo vento das incertezas; mas do que nunca devemos solidificar a nossa fé no ensino das Escrituras.
O espírito da dúvida tem conduzido muitos ao fracasso por não aprenderem a confiar em Deus no ato da oração bem como nas atrocidades do dia-a-dia. É necessário crer (Hb11.6), nunca esmorecer (Lc 18.1-7), do contrário, estaremos propenso a grandes e perigosas frustrações. Não podemos duvidar!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Por que devemos congregar?

Hebreus 10.25 "Não deixando a nossa congregação como é o costume de alguns..."

O povo de Deus perece por falta de conhecimento (Os 4.6). Muitos, devido o desinteresse pelo ensino bíblico, procuram se abrigar em uma tese absurda de que "igreja não salva". Como um bom entendedor da Bíblia, reconheço que a afirmação em sim é coerente. O incoerente é que a maioria de muitos crentes tomam isso como motivo para abandonar a congregação. Atitude esta que fere a Palavra de Deus. Vejamos nas Escrituras a importância de se congregar:
1) Congregar é mandamento bíblico - Ora, mandamento não se cumpre por opção e sim por ordenação. Faço não por minha escolha, mas porque sou ordenado por alguém superior a mim. O escritor da carta aos Hebreus exorta os mesmos a não deixarem suas congregações. Bem sabemos que congregção não salva, porém, do momento em que não atentarmos para este santo dever, seremos negligentes e a nossa salvação estará correndo risco (Hb 10.25).
2) Congregar é dever de quem tem compromisso com o Senhor - O escritor claramente exortou os irmãos hebreus a não deixarem a congregação como era "costume de alguns". Nossa conduta tem que estar em paralelo com a Palavra de Deus e não baseada em pessoas cujo testemunho de vida estão em pleno descompasso com o ensino das Escrituras, em outras palavras, fazer como muitos que dizem: "se o fulaninho não vai, eu também não vou". Na Bíblia está escrito que devemos olhar para Jesus (Hb 12.2).
3) Congregar é um dever prático, nunca obsoleto - Enquanto muitos adotaram o costume de não frequentarem mais as reuniões, o autor da epístola admoestava os santos a nunca deixarem tal hábito agradável diante de Deus. Isso não significa que não devamos nos preocupar com aqueles que já desvaneceram quanto a esta prática, mas, ajudá-los em oração, olhando sempre por nós mesmos e admoestando "uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele grande dia" (Hb 10.25), ou seja, sermos zelosos nesta prática cada vez mais como se o Dia do Senhor estivesse mais perto do que imaginamos.
4) Congregar é consolidar a unidade coletiva da igreja - A palavra grega para congregação é espisunagoge. O mesmo termo é usado em 2 Ts 2.1, também significando "reunião". Congregar é reunir, é renovar, consolidar, preservar a unidade da fé e da comunhão de forma coletiva (Sl 133.1). Congregar expressa a forma unânime dos santos se ajuntarem com o objetivo de adorarem ao Senhor, tributando-Lhe louvores; sim, algo feito com sinceridade (Mt 18.20) visando o engrandecimento daquEle que se agrada dos que vão à Sua Casa.
Muita gente se dispõe para ir a um baile, a uma danceteria, usando a melhor roupa e o melhor perfume sem falar na questão do horário; como são pontuais! Mas, para ir à Casa do Senhor é sempre de forma relaxada! E quando vamos nem sempre apresentamos ao Senhor um culto racional que Lhe agrade. Que o Senhor nos desperte quanto a essas coisas a fim de que sejamos mais zelosos, pois, o Grande Dia se aproxima!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As verdadeiras modalidades de um discípulo

O significado mais conhecido da palavra discípulo é: "aquele que aprende de um mestre e segue". Logo, o verdadeiro discípulo de Cristo não só aprende como também segue as pisadas de seu fiel discipulador. Homem nenhum em toda a história da humanidade tivera tanta audácia como Jesus ao dizer: "... aprendei de mim..." (Mt 11.29). Logo, bom mestre, bom discípulo! Bom ensinador, bom seguidor!
Só um discípulo que verdadeiramente nasceu de novo poderá dizer o mesmo que Nicodemos: "... bem sabemos que és Mestre vindo de Deus..." (Jo 3.2). Quem assim O reconhece, certamente compromete a sua vida a obedecer-Lhe em tudo quanto o Mestre Jesus lhe ensina. Doravante, veremos nas Escrituras as verdadeiras modalidades de um discípulo de Cristo.
1) Humildade: "Não é o discípulo mais do que o seu Mestre... " (Mt 10.24) - O próprio Jesus patenteou em Si essa qualidade (Mt 11.29). A humildade é a evidência de uma vida dosada de simplicidade, sem presunção, sem soberba, enfim, desprovida de todo gesto jactancioso. Sejamos humildes, pois, quem assim procede recebe honra (Pv 15.33; 18.12), atrai a atenção de Deus (Sl 138.6) e goza do Seu favor divino (Tg 4.6).
2) Obediência: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos" (Jo 8.31) - A obediência e persistência nos princípios da Palavra de Deus caracteriza o verdadeiro discípulo de Cristo ante à sociedade distanciada do seu Criador. Só teremos uma vida vitoriosa e recheada de bençãos se obedecermos, irrestritamente, à Palavra do Senhor (Dt 28.1-14).
3) Submissão - Nossa obediência só sera completa se for acompanhada de submissão: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna" (Jo 6.68). É a convicção de Simão Pedro em reconhecer o Senhorio de Cristo. Somente um fiel discípulo de Cristo, submisso, atentará em andar na direção divina sabendo ser esta a única trajetória rumo ao Lar Eterno.
4) Maturidade: "O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como seu mestre" (Lc 6.40) - A palavra perfeito, no Novo Testamento, se traduz por maturidade, sinônimo de entendimento. Só um discípulo maduro e entendido se firmará nos valores cristãos elucidados nas Escrituras Sagradas, porque ele bem sabe que "o caminho da vida é para cima" a fim de desviar "do inferno que está embaixo" (Pv 15.24).
5) Amor: "Nisto conhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.35) - O amor é o cerne do verdadeiro Cristianismo. Sem ela, cristianismo vira fanatismo e nos tornamos como árvores infrutíferas perante o Senhor. Paulo afirma que o amor é a dívida que temos para com o próximo (Rm 13.8). Na falta do amor genuíno, a vida cristã se torna nula (1 Co 13). Vivamos esta verdade! Bem-aventurado é aquele que ama segundo os preceitos do Todo-Poderoso.
É hora de seguir aquilo que aprendemos do Maior de todos os mestres! Isso é o que, de fato, agrada a Deus: seguidores! E não meros admiradores que conhecem a Palavra de Deus e não a praticam.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Coração à luz da Bíblia

Em todos os lugares por onde ando ouço as pessoas afirmarem com firmeza de palavras que Jesus "só quer o nosso coração". Tanto nas pregações como nas conversas particulares é bem frequente ouvir tal tipo de afirmação. Que tese mais louca e contraditória! É hora de dirimirmos tal ensino. A verdade da Palavra de Deus é pura e irrevogável e, portanto, deve ser apresentada a todos como ela é; sem descaracterizar a sua originalidade.
São muitos os que retém a velha afirmação de que o cérebro é o centro diretor da atividade humana. Já a Bíblia Sagrada nos dá uma definição bem diferente: "Sobre tudo o que deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida" (Pv 4.23). O termo saída também pode ser interpretado como fontes. De acordo, concluímos que o coração é quem realmente abarca a totalidade da vida humana. Creio que a maioria dos nossos companheiros na fé ainda não pensaram nisso. A tradução da palavra "coração", nas Escrituras, é alma e não esse aparelho cardiovascular que pulsa dia e noite dentro do nosso organismo.
Sendo que a palavra "coração" se traduz, geralmente, pelo significado já especificado, que vem a ser a sede da nossa personalidade, veremos nas páginas sagradas da Bíblia três explicações atinentes ao coração.
1) Coração: o centro do intelecto humano - Examinando a Escritura, vemos vários exemplos que ratificam isto. As pessoas dizem coisas no coração (Gn 27.41), guardam coisas no coração (Gn 37.11; Lc 2. 51), confessam no coração (Dt 8.5), fazem propósitos no coração (2 Cr 29.10), planejam coisas em seu coração (Pv 16.1), pensam no coração (At 8.22) e por aí vai. Se Jesus quer o nosso coração, por certo, Ele deseja dominar o nosso intelecto.
2) Coração: o centro das nossas emoções - No coração se concentra tudo o que está relacionado ao nosso lado emocional. Vemos na Bíblia a respeito do coração alegre (1 Sm 2.1; 1 Cr 16.10), do coração triste (Ne 2.2), do coração cheio de orgulho (Pv 21.4), do coração perturbado (Is 35.4), entre outros. Se Jesus só quer o nosso coração, Ele também deseja ser Rei sobre o nosso estado emocional.
3) Coração: o centro da vontade humana - Inúmeros são os exemplos que corroboram essa afirmação. Vejamos: Balaão: exemplo do coração que não procede segundo a ordem de Deus (Nm 22.22); O "Homem de Deus": exemplo do coração determinado a cumprir a ordem de Deus (1 Rs 13.8-10); Ezequias: coração disposto a guardar os mandamentos do Senhor ( 2Rs 18.6); Josafá: coração desejoso de buscar a face do Todo-Poderoso (2 Cr 17.4). Se Jesus só quer o nosso coração, certamente Ele quer ser o Senhor absoluto das nossas vontades e intuições.
Segundo a Bíblia, somos propriedades exclusivas de Deus (1 Pe 2.9), chamados para sermos santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15). Sim, uma entrega total de corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23) é o que o Senhor requer dos que Lhe servem e não apenas uma parte do nosso corpo com ensinam algumas pregações fajutas que se ouvem por aí.

sábado, 18 de setembro de 2010

Verdades da nossa existência

1 Crônicas 1.1 "Adão, Sete, Enos,"

Examinando este versículo da Palavra de Deus, pude observar mais do que palavras ou vírgulas; pude encontrar uma divina revelação para as nossas vidas. Verdades mui preciosas acerca da nossa vida com Deus. O escritor deste livro (Esdras, segundo a suposição de alguns) não apresentou nenhuma breve introdução, querendo explicar o motivo de ter escrito o livro. Pelo contrário, ele parte direto para as genealogias começando a partir de Adão. Com isso ele mostra que a narração histórica em Gênesis é fidedigna e aceitável. Por outro lado, ao começar o livro citando os nomes acima, tais nomes revelam o que, ora, vamos elucidar:

Adão - Teólogos afirmam que este nome significa "terra", "pó"; já outros estudiosos afirmam que o referido termo venha significar "humanidade"; ressaltando, porém, que ao falarmos nesta última palavra, referimo-nos não só a quantidade total de pessoas que permeiam sobre a terra e sim àquilo que é característico do próprio ser humano. Segundo as Escrituras, tendo formado o homem do pó da terra (Gn 2.7), fez o Senhor com que toda criação lhe sujeitasse (Gn 1.28-30), o colocou no jardim que tinha criado (Gn 2.8), deu nome a todos os animais que o Senhor trouxera perante ele (Gn 2.19) e por último Deus lhe concedeu uma adjutora a fim de "que estivesse como diante dele" (Gn 2.18-20). Apesar de todas estas regalias que o Senhor lhe tinha dado, Adão ainda era "pó"! Ainda era "terra"! Por mais que o homem desfrute do melhor desta terra e se vanglorie por ter o carro do ano, ter belos filhos que estudem nos melhores colégios particulares, vista as melhores roupas, more no mais belo e suntuoso apartamento da região, esteja cursando a melhor faculdade, não deixará de ser pó e cinza! Um miserável pecador! Dependente e necessitado da presença do Deus Eterno! Isso te machuca? Sinto muito!
Para quê se achar dono da vida se Deus é quem tem o poder para matar e para vivificar (Dt 32.39)? Para quê se considerar dono do seu destino e capitão da sua alma se Deus é poderoso para o levar à cova e dela fazer tornar (1 Sm 2.6)? Para quê se perder nos prazeres deste mundo - como se fôssemos viver para sempre - quando a nossa vida é como a erva que hoje floresce e amanhã se seca (Sl 103.15,16)? Como a abelha sem a flor, como o céu sem estrela e como o corpo sem a alma assim é o homem que não tem Deus! É um verdadeiro nada longe de um Deus que é tudo!

Sete - Tendo suscedido o primeiro homicídio (Gn 4.8), imaginemos, pois, a aflição no coração de Eva! A dor de ter perdido um filho. Mas, logo o Senhor lhe deu um outro filho e ela o chamou de Sete. Ao nascer-lhe o filho, ela diz: "Deus me deu outra semente em lugar de Abel..." (Gn 4.25). "Outra semente em lugar de Abel" nos dá uma ideia de restituição, renovo, sendo este útimo termo o significado do nome de Sete. Pelo que podemos perceber, foi ele um homem piedoso e temente ao Eterno. Tinha ele, agora, um passado: era filho; sim, nasceu de um pai que desobedecera ao seu Criador. Por certo, tomou isto como exemplo para não ser apanhado no mesmo laço de desobediência. Quantos são os que almejam um futuro promissor, porém, não guardam as genuínas lições do passado (Pv 22.28)! Que o Senhor restaure as igrejas dos dias atuais a fim de que voltem aos princípios bíblicos ensinados pelos antigos que temiam ao Senhor. Restaura, Senhor, as Assembleias de Deus no Brasil!

Enos - No nascimento deste, entendo que Deus não dá razão para o seu inimigo. Ao criar o mundo e pôr nele o homem que havia formado, veio o diabo, incorporado numa serpente e enganou o primeiro casal fazendo-os pecar contra o Senhor. Doravante, Deus poderia dizimar toda criação fazendo uma outra incorruptível. No entanto, deixou o Senhor como estava e mostrou ao daibo a possibilidade do homem temer a Deus e adorá-Lo não obstante seus delitos e fraquezas. Nasceu Enos, descendente de um por meio de quem o pecado entrou no mundo. Mais do que um ato de piedade, Enos demonstrou fé viva em invocá-Lo com um coração sincero (Gn 4.26).
Há muitos que pensam que fraqueza espiritual é sinônimo de fracasso. Paulo, provavelmente, pensou a mesma coisa, motivo pelo qual o Senhor lhe disse: "... o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza... " (2 Co 12.9). Deus não tem prazer nos que se acham fortes, porque se consideram independentes. Mas, tem prazer nos fracos porque só estes reconhecem o quanto necessitam da presença daquEle que é a verdadeira Força (Is 9.6).
Sejamos adoradores como Enos, piedosos como Sete, todavia, nunca esqueçamos que somos pó tal como Adão! Sejamos humildes, a nossa força está em Deus.

Nós fazemos o culto! A obra quem faz é Deus!

Me recordo muito bem dos tempos em que comecei a pregar o Evangelho de Jesus Cristo nos púlpitos das igrejas. Achava que , por ter pregado a Palavra, tinha que haver, sistemática e obrigatoriamente, derramamento de poder. O tempo foi passando e logo fui amadurecendo. Pude entender que meu dever é apenas pregar e que sou nada mais que um semeador. Pertence a Deus o derramar do Seu poder e o quebrantar dos corações.
No âmbito da adoração não é diferente. Mas, pelo que vejo, acho que esquecemos disso. Queremos usar Deus achando que Ele tem toda a obrigação de operar no seio da igreja pelo fato de estarmos adorando-O. Quantas igrejas que, por não terem o mastro da Palavra, procedem desta forma. Acham que podem reivindicar do Criador algum tipo de coisa que julgam ter Ele a "total obrigação" de fazê-lo. A Escritura nos ensina a pedir (Mt 7.7), não a requerer algo forçado das mãos de Deus. Isso é o que podemos chamar de crença sistemática; ora, bem sabemos que o Senhor não Se agrada de crença deste tipo e sim de um ato que envolva amor, abengação e sinceridade.
Não sou crítico, apenas observador. Ficava ridicularizado com a maneira de muitos crentes prestarem um culto ao Senhor. Não havia decência nem ordem (1 Co 14.40) e a verdadeira adoração (Jo 4.24) era escassa. E como se não bastasse ainda questionavam a Deus por que os seus cultos eram tão frios, sem espiritualidade alguma e sem nenhum fervor. A resposta seria: falta da verdadeira reverência, de uma adoração mais pura e sincera e de um fervoroso e constante compromisso com a Palavra, enfim, tornar-se completamente verdadeiros dependentes da Pessoa do Deus vivo.
Jesus tinha um plano mais sublime no que respeitava a enfermidade de Lázaro (Jo 11.4); contudo, Marta e Maria pareciam não entenderem e achavam que o Salvador deveria Se apressar em visitá-las dando saúde para o seu irmão. Quando nos prendemos em especulações tão levianas e descabidas, logo esquecemos que Deus tem um plano maior para nós querendo que Ele venha agir dentro dos nossos planos quando os Seus são mais excelentes.
O que está faltando no povo de Deus é a confiança absoluta no Seu poder. Fazemos o que corresponde ao nosso dever, mas, às vezes, queremos tomar o lugar de Deus e fazer o papel dEle! Somos apenas adoradores! O nosso dever é cultuar, crendo que aquEle que recebe a nossa adoração é poderoso para Se manifestar no meio dos Seus, fazendo o que bem Lhe parecer. Mas, parece que somos semelhantes à Marta e Maria; queremos ver o agir do Senhor, mas, da nossa maneira, do nosso jeito, dentro das nossas concepções; mas não é assim que a Bíblia nos orienta. Um verdadeiro adorador não possui outra preocupação senão em adorar, louvar e bendizer o nome do Senhor, porque ele está bem certo de que Deus é quem vai fazer a obra, é quem vai operar segundo a riqueza da Sua vontade.
Paulo escreveu na sua carta dizendo: "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade" (Fp 2.13). O querer e o efetuar pertence a Ele; portanto, deixemos de lado toda preocupação desnecessária e confiar única, inteira e exclusivamente naquEle em cujas mãos está todo o poder.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Comunicação: o machado que foi por água à baixo!

Desde os alvores da humanidade percebemos que a comunicação teve seu papel importantíssimo na terra. Por meio dela o Senhor Se relacionava com Adão pela viração do dia antes que tal homem pecasse (Gn 3.7,23). Também por ela Agar se humilhou diante de Sara, sua senhora (Gn 16.9). Também Jacó, para obter o perdão de seu irmão, se humilhou diante de Esaú, também pela comunicação (Gn 33.2ss). O tempo nunca apagou a importância da comunicação entre as pessoas ao longo da história. É algo que deve ser perseguido e explorado a todo instante.
Creio que ainda é possível solucionar um "mundo" inteiro de problemas no uso de um bom diálogo. Ainda é possível reconstruir um bom caráter, educar ou reeducar pessoas desorientadas por intermédio de uma boa conversa dosada de palavras sábias visando estimular um coração necessitado. Muitos olham para Jesus vendo-O apenas como "o Homem dos milagres"; mais do que isto!!! Ele e ninguém melhor do que Ele soube Se expressar com pessoas ao Seu redor liberando paz por meio de Suas palavras tão edificantes fazendo corações endurecidos voltarem a ser criança novamente. Foi pela comunicação que o Divino Mestre soube se identificar com as pessoas que vinham em sua busca. Não se tratava de homens soberbos, presunçosos, mas sim de pessoas carentes de uma boa palavra, de um bom conselho. Pessoas estas que andavam "desgarrados e errantes como ovelhas que não tem pastor" (Mt 9.36). Quem agiu de igual modo?
Somente Ele! Jesus! Pela comunicação, o Salvador se colocou no mesmo nível que os seus conterrâneos amando os inamáveis, tocando os intocáveis, salvando os perdidos, sarando os feridos, consolando os aflitos e incluindo os excluídos. Pergunto: Alguém fez semelhante coisa? Houve, porventura, alguém que se dispusesse em ir ao encontro dos necessitados e proceder da mesma forma que Jesus? Tanto eu como você estamos certos de que ninguém fez tal coisa pelas almas aprisionadas por Satanás.
A palavra comunicação vem do latim comunis que significa tornar comum, unir, participar. Presumo que estes significados não são mais fatores evidentes no meio em que vivemos, mormente no convívio familiar. A comunicação leva ao entendimento mútuo e a harmonia plena entre as pessoas; todavia, o que vemos é o desentendimento e a desarmonia, não tornamos nada em comum, não nos unimos, tampouco somos participantes dos interesses alheios. É hora de resgatar essa ferramenta; qual ferro do machado que submergiu (2 Rs 6.5) assim é a comunicação: se foi por água à baixo e ninguém há que se interesse pelo seu resgate.
É hora de recuperar a ferramenta perdida! Lutar pelo seu resgate! Se existe uma coisa que nunca deixa de ser obsoleta é a comunicação, a qual nunca perde seu valor e sua essência.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

OBEDIÊNCIA E FIDELIDADE

Me dói a alma ao perceber que estes dois fatores não fazem mais parte da conduta de um cristão. Ao ver que a igreja, em sua maioria, parece professar uma crença mecanizada, não há amor, nada que a leve a um relacionamento íntimo com Cristo. Ao ler o Livro de Atos dos Apóstolos, chego a uma conclusão do quanto que a Igreja hoje perdeu aquela determinação de servir a Deus; determinação essa que ardia no coração dos crentes da Igreja Primitiva. Reis e Imperadores daquela época ficavam admirados ao ver tamanha expressão de fidelidade estampada no rosto de nossos pais na fé; nem seus súditos, que viam a sua face eram tão fiés ao imperador quanto os cristãos, os quais, a um Deus que nunca viram, se mostraram extremamente submissos até à morte. E nós? Aonde estamos em relação a eles?
O budista obedece fielmente à sua religião, porque não dizer o mulçumano que dá a vida pelo seu deus e outras crenças mais cujos adeptos demonstram uma pura devoção. Mas a Igreja, cujo Deus é vivo, verdadeiro, Rei sobre reis e Deus sobre os deuses, não Lhe obedece nem O glorifica com seus atos. Logo, não há mais obediência, tampouco há fidelidade e como resultado o nosso cristianismo fica sem fruto. Podemos agradar a Criador dessa forma? É certo que não. Acredito que é possível a Igreja de Cristo adquirir a mesma determinação, fervor e ousadia que havia nos cristãos na era passada, todavia, se a igreja se voltar ao seu Senhor humilhando-se perante Ele a fim de que ache graça e alcance miséricórdia. A Igreja do Senhor Jesus no Brasil precisa obedecer! Precisa ser fiel! Sim, adotar uma postura de lealdade em face do que vem ocorrendo em nosso país. Leis absurdas que estão tramitando no Congresso Nacional que procuram, de uma forma ou de forma ou de outra, calar a voz do Povo de Deus. Mas é nessa hora que devemos reagir! E dar o brado de indignação contra essa onda de abominação que infelizmente vem fazendo parte da nação brasileira.
É a hora da Igreja! Mais do que nunca devemos nos inconformar com o rio de inquidade que tenta submergir o nosso querido Brasil. Se o mundo continua sendo mundo, a Igreja deve continuar sendo Igreja! Determinada e decidida a propagar a Verdade do Evangelho custe o que custar; afinal de contas, esse é o nosso dever.

Gratidão ao Pai Eterno

Neste mês de Setembro este blog completa um ano de existência. Aprendi que não existe coisa melhor na vida do que investir naquilo que mais gostamos. Amor ler e escrever e isso para mim é uma grande fonte de entretenimento. Deus colocou em meu coração esse desejo de anunciar o Evangelho aonde quer que for; misturei esse desejo com a mais preciosa tarefa de escrever artigos que falem das Grandezas de Deus, resultado: foi criado este blog, cujo maior propósito é glorificar o Nome que é sobre todo nome na internet. Também aprendi que se Deus nos concede um dom é pra ser usado como forma de reconhecimento por Ele haver nos agraciado com tamanha dádiva e mais do que nunca enaltecer aquEle que não chama os capacitados mais capacita os escolhidos. Glória e honra ao Seu nome eternamente. Amém.
Nossa mente é limitada demais para entender as proezas que Deus faz por aqueles que Lhe servem. Me vem a mente as palavras do Salmista: "Muitas são, Senhor meu Deus, as maravilhas que tem operado; eu quisera anunciá-los, mas são mais do que se pode contar" (Sl 40.5). Me recordo muitas vezes de quando estava ocupado com muitos afazeres do dia quando, sem que eu esperasse, vinha em meu pensamento muitas referências bíblicas que me faziam entender que era o Senhor que estava me revelando uma mensagem. Rapidamente deixava tudo o que estava fazendo e ia logo para a minha escrivaninha, papel e caneta na mão e ela: A Palavra de Deus!!! E ali sairia mais um artigo que, logo logo, seria publicado na internet, como hoje se vê. É privilégio saber que o Senhor deseja nos usar de forma especial nesta terra fazendo de nós instrumentos promovedores de glória e louvor a Ele!!! Diante de tão grande privilégio, indagava ao Senhor tal como o Salmista: "Que é o homem para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o visites" (Sl 8.4); quem somos nós? Imerecedores da Sua Bondade e Seu amor, Seu perdão e Seu consolo, Seu favor e Sua benevolência, Seu poder e Sua beneficência. Quem somos nós???
Como tesouros em vasos de barro (2 Co 4.7) é a presença do Eterno no coração do pecador, uma vez regenerado pela Sua graça e redimido pelo sangue do Cordeiro. Enquanto muitos se doam a propagar tantos artigos de imoralidade que glorificam a Satanás, estou me doando ao meu Deus como instrumento dEle para que vidas sejam edificadas, renovadas, revigoradas pelo poder da Palavra pregada virtualmente. Por isso, agradeço a Deus e a você, leitor amigo, pela atenção que tens reservado para ler atentamente os artigos aqui publicados. Mensagens simples, porém, que visam exaltar a Deus e destacar os Seus propósitos para com o homem. Desde já, grato de coração. Deus vos abençoe!!!!!


De vosso conservo,

Presbítero Clenio Daniel Parente Mendes.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ah! Se o meu povo me ouvisse!

Salmos 81.9 "Ouve-me, povo meu, e eu te admoestarei. Ah, Israel, se me ouvisses!"

Sociedade conturbada, lares destroçados, homens com o aspecto moral degenerado, entre outros fatores que caracterizam a geração em que vivemos. Por que essas coisas nos sobreveem? Podemos reverter essa situação? Creio que sim. Não resta dúvidas. É possível mudar esse quadro; certo é que passos firmes nos proporcionarão uma nova identidade em vista desta situação tão deplorável.
Creio que a falta de atenção é uma das fortes razões dessa geração pós-moderna se apresentar em condições degradantes como estas. A sociedade é conturbada porque não há reciprocidade no que tange ao modo de agradar seus semelhanes com boas maneiras. No entanto, o que toma frente é o individualismo: cada um por si. Lares são destroçados porque mulher não recebe a devida atenção do marido e/ou vice-versa; dos filhos para com os pais ou destes para com seus filhos em virtude da falta de harmonia e de entendimento e por aí vai. Parece que as pessoas se esqueceram que a vida é uma constante semeadura. Esperam colher boas coisas das outras pessoas quando não as semeiam para elas. Seja no meio evangélico ou no secular, a história sempre se repete. Queremos atenção de outrem quando não a trasmitimos para alguém. Ora, o que se planta também se colhe. É notório que muitos ignorem isto.
É interessante vermos na Bíblia que o próprio Deus procura pela atenção do homem: "Ouve-me povo meu..." (Sl 81.9). O Senhor exortou a Seu povo Israel que lhe ouvisse quando eles apenas escutaram, ou seja, não deram toda a atenção para o Senhor, seu Deus, nem aplicaram seu coração a guardar os Seus mandamentos. Se a humanidade caótica, sofredora, ao mesmo tempo, pervertida e desprovida do temor de Deus, dirigisse a sua atenção para o Criador, reverenciando-O, não veríamos e nem ouviríamos de tantos agravos que ferem toda esta criação de Deus. Pela falta de atenção Eva cedeu-se a desobediência cobiçando do fruto proibido (Gn 3.1-6); haja vista a imprudência de Adão em não denunciar o erro de sua mulher. Desta forma, participou também do fruto (Gn 3.6) e sendo assim o primeiro casal, pela sua desatenção em relação a ordem direta do Senhor, perderam dEste a Sua atenção no que respeita a comunhão que tinham com Ele.
Sou daqueles que ainda crê que a falta de cuidado em observar as mínimas coisas pode nos levar a grandes tragédias. Enquanto o espírito do "não tem nada a ver" está se apossando da alma e da consciência de muita gente, vou me ocupar em ser atencioso no tocante aos ditames da Palavra de Deus. Será meu maior lucro. Se o povo israelita se voltasse ao Deus de seus pais e nEle permanecesse firme não conheceriam eles um Deus irado por ver os Seus servos procedendo loucamente. Vendo os descendentes de Abraão pecarem, indo após outros deuses estranhos, até imagino o Senhor contemplando-os e dizendo consigo mesmo: "Ah! Se o meu povo me ouvisse!". Não será esse também o brado do Eterno nos dias hodiernos? Todo mundo pede um pouco de atenção, cônjuges, filhos, amigos, etc. O Todo-Poderoso também requer atenção do homem para com Ele. Precisamos nos voltar ao "Pastor e Bispo das nossas almas" (1 Pe 2.25) e ouví-Lo na obediência da Sua Palavra, sim, dando a Ele a primazia de nossas vidas, ofertar o melhor que há em nós.
Mais atenção! É o que as pessoas pedem. É o clamor de um coração necessitado, de uma alma aflita, de um alguém solitário, enfim de todos quantos valorizam o bem comum, respeitam o próximo e que acima de tudo teme ao Senhor Criador dos Céus e da Terra.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poesias bíblicas

Nas altas horas da noite,
Estava eu a meditar,
Uma inspiração poética
Veio minha alma cativar.

Falar sobre aquEle que é Senhor,
Criador dos céus, da terra e mar;
Das Suas ovelhas Ele é o Pastor,
E do pecador, um Salvador pronto a salvar.

Ao aflito Ele estende a mão,
Ao seu clamor Ele inclina os ouvidos,
Conhecedor do íntimo do coração,
Pronto em ouvir nossos gemidos.

Nos altos céus habita Deus,
Senhor de tudo o que há,
No coração daquele que é Seu,
De todos os que procuram agradar.

Ele é a Palavra Viva,
Em todo o tempo sempre presente,
A esperança dos que O buscam
E o triunfo para quem segue em frente.

No deserto Ele faz banquete,
Manancial de águas Ele faz brotar,
É um travesseiro para reclinar a cabeça,
É uma escada de glória a se revelar.

Na solidão Ele é o companheiro,
Ao nosso lado para caminhar.
Ele é o Último e o Primeiro,
Deus poderoso, Leão de Judá.

Ele é a verdade para quem está no engano,
Ele é a vida para os que estão mortos,
O verdadeiro caminho para os perdidos,
A luz inextinguível nos caminhos tenebrosos.


Clenio Daniel Parente Mendes, servo do Deus vivo, reconhecendo
eu que nada tenho e nada sou sem a presença daquEle de quem
emana a verdadeira sabedoria. Glória seja dada ao Seu nome hoje
e eternamente. "É necessário que Ele cresça e que eu diminua" (Jo
3.30).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O difícil é comigo, o impossível é com Deus!

Marcos 8.34 “E, chamando a Si a multidão, com os Seus discípulos, disse-lhes: se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”


“Negue-se a si mesmo”, foi o que Jesus disse; nossa! Que expressão veraz! Fortíssima! Eis aí o evangelho que nunca podemos deixar de pregar! Seja dentro de uma congregação, admoestando os cristãos a serem santos, seja fora dela convidando os pecadores para que aceitem o convite da graça. Mesmo que muitos não queiram entender, nem aceitar, isso nunca foi e nem será motivo para que a verdade do evangelho seja banida dos púlpitos das igrejas.
Quem já analisou passo-a-passo as mensagens contidas aqui, percebeu que fazemos o uso frequente da palavra “atitude”. Esta palavra tem um forte significado. Tudo deve partir dela. Deus tomou atitude de salvar o pecador enviando Seu Filho Jesus para ser crucificado (Jo 3.16), Jesus tomou atitude de dar Sua vida pelas almas perdidas sofrendo por amor de todas elas, o Espírito Santo tomou atitude de estar com a Igreja na terra consolando-a, amparando-a, santificando-a e preparando-a para o retorno do Rei. Agora, só resta o homem fazer a sua parte voltando-se “ao Pastor e Bispo das nossas almas” (1 Pe 2.25).
Existem muitos tipos de atitudes que podemos tomar na vida com o intuito de agradar ao Senhor; porém, existe uma que se sobrepuja a todas as outras: aquela que é a mais difícil de ser tomada. Por quê? Porque tudo o que é fácil não apresenta regras e nem exigências ao passo que o dificultoso envolve sacrifício e renúncia, verdade esta que nem todos procuram se harmonizar com ela. Não seria sacrifício nenhum Abraão tomar seu filho Ismael e levá-lo ao monte para oferecer a Deus em holocausto. Conforme o dito popular, Deus agiu diretamente “na ferida”: “Toma agora o teu filho, o teu único filho Isaque, a quem amas” (Gn 22.2). Faríamos coisa semelhante a esta caso o Senhor nos ordenasse? Por que a expressão “único filho” se eram dois os filhos de Abraão? Isto nos dá a entender que o velho patriarca demonstraria maior preferência, carinho e afeto por Isaque; motivo pelo qual o Senhor o levou à prova.
Há muitos optando pelo caminho fácil, “não é preciso deixar nem abandonar absolutamente nada, servir a Deus é o que importa”, é o que dizem e até pregam por aí. “Servir” siginifica prontidãopara obedecer ao seu Senhor; Jesus nos disse que devemos negar a nós mesmo se quisermos seguí-Lo; no entanto, o que queremos é serví-Lo do nosso próprio jeito, nada de renunciar pecado e nem repudiar os paradigmas da vida antiga. Se é assim então do que o apóstolo Paulo estava falando quando disse que devemos andar em novidade de vida (Rm 6.4)? Quando escreveu aos crentes em Corinto que somos novas criaturas (2 Co 5.17)? E que significado possui estas palavras : “e os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24)? Há algo errado, aliás, há muita coisa errada no seio da igreja, nas pregações supostamente fundamentadas nas Escrituras Sagradas. Precisamos voltar aos primórdios da Palavra de Deus!
É bem difícil renunciar aquilo que tanto amamos em nossa vida; porém, se estamos certo que que isso nos levará à perdição e que o Senhor tem preparado o melhor para nós, então, com sacrifício, renunciemos! Deus está cansado de coisa barata; Ele se agrada de sacrifício vivo! Sim, algo de valor, que nos exija comprometimento total com a Sua Palavra. É difícil mas eu consigo, é difícil mas eu sou capaz de ralizar pois confio no Deus que me ajuda em todo o tempo, porque bem sei que o impossível só Ele pode fazer.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

As quatro coisas impossíveis para Deus

Gênesis 18.14 "Haveria alguma coisa difícil ao Senhor?..."

Cremos firmemente que não há nada impossível para o Senhor. Ele criou os céus, a terra, o mar e tudo o que neles existem; sim, com a palavra da Sua boca, o imaterial se materializou diante dEle: "Porque falou, e tudo se fez; mandou e logo tudo apareceu" (Sl 33.9). A criação de todo o universo nos faz entender a grandeza do Criador em realizar coisas cujo pensamento humano nunca irá entender nem compreender tamanho significado de tudo o que está ao nosso redor. Com isso, ficamos convencidos de que o Senhor faz coisas extraordinárias (Jó 5.9) e não há nada que Ele não possa fazer porque todo o poder está em Suas mãos.
Por outro lado, encontramos na mesma Bíblia provas autênticas de quatro coisas impossíveis para Deus. Não se trata de heresia ou de uma deturpação doutrinária, mas, de argumentos fundamentados nas Escrituras Sagradas e que não fogem à luz da sã doutrina.


1) É impossível que Deus minta (Hb 6.18) - É impossível que proceda da parte do Senhor alguma palavra mentirosa, pois, com Ele está a verdade. Este é um fator que dá formosura a grandeza, soberania e santidade do Todo-Poderoso: verdade. NEle não há injustiça, nem mentira alguma ou coisa do gênero está relacionada a santíssima pessoa do Deus vivo (Nm 23.19); o apóstolo Paulo escreveu aos romanos dizendo: "Sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso" (Rm 3.4). Com isso, entendemos a impossibilidade de Deus mentir em Suas palavras.

2) É impossível que Deus peque: "Porque Tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal" (Sl 5.4)- Deus não Se compactua com o pecado. Tirando o Seu povo do Egito, o Senhor Se revelou aos filhos de Israel admoestando-os a serem santos tal como Ele é (Lv 11.44,45; 19.2; 20.26). Deus é santo; não tem acordo algum com tudo o que se constitui pecado ou está relacionado a ele. Oxalá se todo aquele que se julga cristão reconhecesse esta verdade despojando-se de toda a imundícia do pecado santificando a sua vida ao Senhor! Acha que por Deus amar o pecador consentirá naquilo que ele faz. Deus ama os seres humanos e não as obras tortuosas que os mesmos praticam; é impossível que Deus peque. Sendo Ele santo, sejamos nós também (Rm 6.12,12; 1Pe 1.15,16).

3)É impossível que Deus mude: "Porque eu, o Senhor, não mudo..." (Ml 3.6) - Imutabilidade é um dos atributos do Senhor Deus. NEle "não há mudança nem sombra de variação" (Tg 1.17). Deus é imutável em Sua forma de Ser, em Seus atributos e em Seus príncipios. A Sua Palavra permanece para sempre ( (Sl 119.89; Is 40.6-8; Mt 24.35; 1 Pe 1.24,25). A Palavra de Deus é eterna e não sofre mudança porque o Deus da Palavra também é eterno e imutável.

4) É impossível Deus cometer alguma falha - A Escritura Sagrada está repleta de exemplos que ratificam o esxposto acima. Não houve tempo algum na história em que o Senhor deixasse de cumprir com Sua Palavra. Disse o Senhor ao Seu servo Abraão que dele faria uma grande nação (Gn 12.2; 13.14-16; 15.4-6); e o Deus de promessa cumpriu a palavra que tinha dito ao Seu amigo. Foi ele pai de nações segundo a carne - Judeus e Árabes, sua descendência - e pai de multidão de nações segundo o espírito: "Sabei pois que os que são da fé são filhos de Abraão" (Gl 3.7). Deus é tremendamente fiel!!! "Diria Ele e não o faria? Ou falaria Ele e não o confirmaria?" (Nm 23.19).

Como servos deste Deus infalível e poderosíssimo, estejamos cada vez mais firmados nEle, Rocha inabalável, gozo indizível, consolo incomparável, amor inexplicável, perdão imensurável, realidade incontestável!

domingo, 25 de julho de 2010

Uma vida de compromisso

Josué 1.2 "Levanta-te pois agora, passa este jordão..."


Por que existo? Por que vim a este mundo? Perguntas que fazemos para nós mesmos procurando achar na nossa própria consciência uma resposta plausível para tais indagações. Se pra tudo tem um motivo justo, uma razão convincente, logo, nossa existência não é debalde e sim plano do Criador no afã de Se relacionar com a criatura racional mostrando-lhe Sua glória e poder.
Quantas pessoas vencidas pelo conformismo da vida, entregues à mesmice por se verem diante de tantas reveses a ponto de acharem que nasceram exclusivamente para isto: sofere o pessimismo lançando-se nas garras do que chamamos fracasso. Quem nunca encarou uma triste realidade na trajetória da vida? Pensando ser incapaz de superar tal situação? Na verdade, somos capazes, todos nós somos capazes.
Josué se encontrava assim. Moisés havia falecido. E agora? Quem conduziria o povo até à terra prometida? Desesperançoso, sorumbático, aflito, desacreditando no próprio potencial que Deus lhe havia dado. Moisés teve o seu tempo. Agora, chegara o de Josué; a sua vez de fazer a diferença, tornando-se um dos grandes ícones nos anais da história de Israel. E por haver chegado a sua hora, Deus o desperta dizendo: "levanta-te". Esse "levantar" não está relacionado à postura física de Josué; pelo contrário, fala de disposição, atitude e dedicação, enfim, pronto a sair do seu ponto de partida tendo em vista a promessa do Senhor. O termo em destaque nos leva a entender que o Senhor cobrou atitude do Seu servo pois garantiu prosperar o seu caminho e que estaria com ele (Js 1.7-9). Pertence a Deus o cumprir da Sua Palavra; convém a nós nos levantarmos diante dEle comprometendo nossa vida a obedecê-Lo em tudo! Atitude é a fé em suas evidências. É hora de levantarmos daonde estamos! E aquEle que é poderoso para cumprir o que diz já está à nossa frente (Nm 23.19; Hb 6.18)!
Quantos são os que nunca saíram do lugar! Como se tudo o que almejam fosse cair do Céu! "Deus vai fazer tudo por mim" é o que dizem. Jesus nos ensinou não somente a orar ("pedi e dar-se-vos-a"), mas, a agir ("buscai e encontareis") e a persistir ("batei a abrir-se-vos-a" - Mt 7.7). Não devemos generalizar as coisas; esse "tudo" possui um significado específico. Relaciona-se àquilo que vai além da possibilidade humana. Façamos o que está ao nosso alcance, pois, o que, de fato, não pudermos certamente Deus o fará por nós.
Das milhares de promessas que encontramos nas páginas da Bíblia, vemos uma que depende inteira e exclusivamente da atitude do homem: a promessa da salvação. As demais, o próprio Deus é quem determina o tempo do cumprimento delas. Ao longo dos séculos, o Senhor manteve a Sua Palavra com Abraão e com a sua posteridade dizendo que os levaria a uma terra muitíssimo boa. Finalmente, o tempo do cumprimento desta promessa havia chegado. Deus disse a Josué: "Levanta-te pois agora... " (Js 1.2). O tempo da espera havia chegado ao fim. Era já a hora do mais novo líder de Israel dar seus primeiros passos levando a nação eleita à terra da promissão. É hora de passar o Jordão! Sair do lado do conformismo, do lado do pessimismo, das constantes murmurações para o lado da fé inabalável e da obediência incondicional à Palavra de Deus.
Se não houver compromisso genuíno de nossa parte para com Deus, nosso cristianismo será nulo e sem nenhum fruto. Entretanto, se buscarmos diligentemente uma vida de acordo com os preceitos de Deus, então, o Senhor Se agradará de nós fazendo que Sua prometidas bençãos nos alcance (Dt 28.2). Sendo assim, levantemo-nos agora e passemos o jordão!

sábado, 26 de junho de 2010

Astro sim! Popstar não!

Mateus 5.14 "Vós sois a luz do mundo..."
Filipenses 2.15 "Para que sejais irreprensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo."


É tempo de vigilância! Se pudéssemos ver, com certeza contemplaríamos o Senhor da Igreja dando o brado de alerta a fim de que o Seu povo esteja apercebido dos péssimos fatores que vem acarretando as comunidades de fé. Podemos citar a apostasia, o acúmulo de doutrinas falsas, entre outros; homens presunçosos que distorcem a verdade do Evangelho trazendo aos ouvidos de muitos ensinos esposados com este mundo pecaminoso. Percebendo todas estas coisas, cabe acrescentar o que diz a Escritura: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem é sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda" (Ap 22.11).
Um outro fator evidente nas Igrejas Evangélicas é o testemunho de muitas pessoas que, ao subirem na vida, parecem se esquecerem de como não eram nada aos olhos da sociedade e de como o Senhor usou de misericórdia levantando-os do "pó" exaltando até diante daqueles que os injuriavam desacreditando no seu sucesso. No começo, reconhecem que que são a Luz neste mundo tenebroso e que replandecem como astros de Deus nesta terra em que vivemos. Porém, quando se tornam referência no meio evangélico, parece ignorarem o fato de que tudo o que temos é o Senhor quem dá e que tem poder para tirar. Deixam de serem astros para serem popstar's!
Quando somos luz, conforme o Senhor disse, estamos motrando ao mundo que a mudança de vida ocorrida em nós é uma demonstração da existência real do Criador e do Seu poder de transformar a vida do homem. Em outras palavras, tão certo como Deus é uma pura realidade, Ele é capaz de endireitar a vereda tortuosa do homem assim como tem feito a nós. E por isso o Senhor nos tem feito ícones na intuição de glorificar o Seu nome por intermédio de nossa vida transformada (Rm 6.4). Astros de Deus neste mundo envolto em trevas! É o que exatamente somos! Todavia, encontramos homens e mulheres que procuram se promover diante de multidões usando o dom que Deus lhe concede; e as coisa vão de mal a pior. Culto virou show, adorador virou cantor e pregador virou apresentador, exaltando mais a si mesmo do que aquEle que disse na Sua Palavra: "a minha glória pois não darei a outrem" (Is 42.8). Logo, o que vemos não é um genuíno testemunho de vida e sim um exibicionismo exagerado de talentos!
Quando José foi posto por Faraó como Governador de toda a terra do Egito, perante os olhos de todos os que ali estavam Faraó o exaltou dizendo: "tu estarás sobre toda a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu" (Gn 41.40). Apesar da tão grande autoridade e do elevado cargo confiado àquele jovem hebreu, diz a Bíblia que o rei da nação egípcia "o fez assentar no segundo carro que tinha" (Gn 41.43). Por quê? Porque o primeiro carro era do rei. Podemos obter toda a popularidade possível, todo o prestígio dos que nos admiram, mas, o primeiro carro é do Rei!!! A glória maior é dEle! Ele é a razão e o centro de tudo (Rm 11.36). Somos a luz do mundo porque aquEle que é a Luz inextinguível habita dentro do nosso ser! Somos astros resplandecentes porque o Senhor nos tirou do garimpo do pecado fazendo-nos reluzir com o óleo da Sua graça e com o poder da Sua Palavra.
Segundo a Escritura, tudo o que pedirmos a Deus em oração, Ele nos concederá (Jo 14.13), tudo. Porém a glória não! Pertence somente a Ele! Unicamente a Ele! Bem-aventurados são os que reconhecem isto. Lembremo-nos: astros sim! Popstar jamais!

A importância de se calar, a prudência no ouvir e a sabedoria no falar

rEclesiastes 3.7 "... tempo de estar calado, e tempo de falar..."
Mateus 12.37 "Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado"


Quando o Senhor Jesus exortou os Seus díscípulos à vigilância (Mt 26.41) é certo afirmar que tal admoestação se aplica em todos os sentidos da vida cristã. E um deles é o uso refreado da língua. Se todos nós fôssemos prudentes quanto ao uso deste pequeno orgão, não haveria tanto desentendimento, escândalo e intriga no meio do povo de Deus. Enquanto as almas, lá fora, nos bares, nos prostíbulos, nas drogas, vão se perdendo, nós, servos do Deus Altíssimo, nos envolvemos inutilmnte com "picuinhas" que redundam em nada a não ser para gerar confusão, ódio e tantas outras coisas que faz a Igreja caminhar em sentido retrógrado, quando deveria progredir na unidade da fé, na obediência da Palavra e na evangelização dos perdidos.
Vigiamos em muitas coisas em determinadas circunstâncias; no entanto, quando o assunto é vigiar nas palavras, titubeamos intensamente sem que nós venhamos perceber. Com muita sabedoria o escritor do livro de Eclesiastes ressaltou: "tempo de estar calado"; como discernir esse tempo na nossa vida? A própria necessidade, gerada pelas vicissitudes da vida, nos fará saber. Se Sansão soubesse viver esse tempo, certamente subsistiria diante dos seus inimigos, mormente diante de Dalila, a qual, usou de astúcia para descobrir em que consistia sua grande força. Entretanto, sem escrúpulo algum, o "pequeno sol", no abrir de sua boca, cedeu-se aos desejos de uma mulher declarando-lhe o segredo. Sem que ele mesmo o quisesse, assinalou o seu próprio fracasso: por ele querer o que o Senhor não lhe deu (Dalila) perdeu aquilo que o Senhor lhe deu (sua grande força)!
É tão fácil expor a outros nossas razões e opiniões, expressar nossos sentimentos e exigirmos que as pessoas nos ouçam. E nós? Que atitude será a nossa se alguém pedir a nossa atenção? Seremos prudentes ao ouví-lo? Podemos ir mais longe: quando pessoas proferem palavras ofensivas nada agradáveis aos nossos ouvidos. Quando dizem a nós o que não desejamos ouvir, qual a nossa reação? Foi o grande erro de Israel: por não ter dado ouvidos aos preceitos do Deus de seus pais, sofreu duramente o castigo do Todo-Poderoso. Não obstante, ainda assim o Senhor recobrava isto do Seu povo: "Ouve-me, povo meu, e eu te admoestarei. Ah! Israel se me ouvisses!" (Sl 81.8). Às vezes esquecemos que umas das grandes virtudes do cristianismo é a prudência no ouvir. Somos cristãos em muitas coisas, menos nisso! Fazemos grandes coisas e nos esquecemos das mínimas, aparentemente insignificantes mas que nos levam a grandes resultados. Prontidão para ouvir (Tg 1.19), fator que deve ser essencial na vida cristã.
"Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia" (Tg 3.5) é a comparação usada por Tiago com o intuito de falar acerca do tropeço na palavra. O descuido na palavra pode se tornar pecado e até prejudicial à nossa vida espiritual com Deus e ao nosso bom convívio que temos com quem está ao nosso redor. Com palavras abençoamos, amaldiçoamos, bendizemos, maldizemos, incentivamos, desanimamos, motivamos, desmotivamos, enfim, tudo de bom ou de ruim pode proceder da boca do homem. Por uma palavra dita descuidadosamente, ferimos nosso irmão na fé; quantos que vivem afastados dos caminhos do Senhor por nossa culpa! Sim, por causa de palavras ferinas proferidas sem nenhum objetivo e sem nenhum propósito. Jesus disse: "Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo" (Mt 12.36). Sejamos vigilantes e sábios a fim de que não venhamos ferir a índole e a boa fé de muitos que percorrem o mesmo caminho creêm na mesma Bíblia e adoram ao mesmo Deus. Em suma: só tem competência pra falar quem possui a humildade de saber ouvir evitando que, por suas próprias palavras, não caiam na perdição (Mt 12.37).
Há quem pense que o tropeçar nas mínimas coisas não traz consequência nenhuma. Quão enganados estão os que pensam desta forma!!! Convém que venhamos crescer na fé e adquirir maturidade espiritual mediante as Escrituras; para que sejamos vencedores em tudo por Jesus Cristo, nosso Senhor.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma entrega sem reservas

Salmos 37.5 "Entrega o teu caminho ao Senhor..."

Estamos vivendo tempos em que, se Deus não tiver misericórdia, a autêntica pregação do Evangelho desaparecerá dos púlpitos das nossas igrejas e o povo desejará ouvir algo que lhe agrade e que não condene suas práticas pecaminosas. Na verdade, isto já está acontecendo. A situação espiritual de muitos crentes se torna cada vez mais degradante. Como água entrando num barco aumentando o risco de um perigoso náufrago é a iniquidade entrando na igreja fazendo-a submergir aos poucos. Que o Senhor tenha compaixão do Seu povo! Ouvimos muitas pregações alusivas ao versículo exposto acima. Pregam muito nas palavras "confia nEle, e Ele tudo fará" e praticamente nada do que diz: "Entrega o teu caminho ao Senhor"; este, portanto, é o cerne da nossa meditação.
Nossas orações parecem até egoístas sempre que nos inclinamos a tal prática com determinados objetivos. Mais petição do que adoração! Mais clamor do que gratidão! Sendo assim, o que Deus espera mais recebe menos! É fácil se lembrar dos direitos. E dos deveres? É fácil se lembrar da promessa ("E Ele tudo fará") e da santa exigência que Ele faz a nós ("Entrega o teu caminho ao Senhor")? Entregar o nosso caminho ao Senhor não é somente colocarmos um mundaréu de problemas diante do altar de Deus e pronto. É muito mais do que isto. Quando falamos em "caminho" estamos aludindo a um "percurso pelo qual andamos". Seu significado é ainda mais profundo quando o Salmista Davi diz: "Entrega o teu caminho..."; De acordo, entregar o nosso caminho ao Senhor:

1) É realçar a soberania divina acima dos nossos interesses - Somente um cristão com um coração de servo demonstrará tamanha disposição. É tolice de muitos que, por jejuarem e orarem bastante e lerem muito a Bíblia, acham que Deus tem a obrigação de conceder tudo o que Lhe pedem em oração. Se consideram capazes de exigir do Senhor alguma coisa. Que meninice! Deus é soberano em Suas decisões, não faz nada por obrigação e sim por opção. Faz o que quer, quando quer e na hora que quer; e quem é o homem para questioná-Lo (Dn 4.35)? Soberano como Ele é, não deve coisa alguma a ninguém (Jó 41.11; Rm 11.35). Entregar o nosso caminho ao Senhor é deixar que vontade dEle impere em nossas vidas e em nossos planos.

2) É deixar Ele direcionar os nossos passos - exitem momentos na vida em que nos cansamos de tentar da nossa própria maneira. Desejamos vencer na vida por meio de nossos próprios métodos e, no entanto, somente frustrações. Aplicamos nossos esforços físicos e intelectuais, entretanto, só fracasso. Todas estas coisas visam contribuir para o nosso desânimo. Entregar o nosso caminho ao Senhor é deixar Ele assumir o volante da vida. É pedir que Ele ocupe o primeiro lugar em todas as áreas do nosso ser; é viver na certeza de que Ele está na direção e no controle de tudo; é submeter-se ao Seu senhorio deixando-nos, por Ele, sermos conduzidos para onde bem parecer aos Seus olhos. Entreguemos a Deus o nosso caminho!
Deus está à procura de cristãos com o coração de um verdadeiro servo! Pronto a serví-Lo em esperar algo em troca; que estabeleçaa vontade soberana do Deus Altíssimo como o ônus da sua vida. Enfim, que se entregue àquEle cujos pensamentos são mais altos que os nossos pensamentos e Seus caminhos mais elevados que os nossos caminhos. Uma entrega sem reservas!

A Igreja impoluta e a Igreja opulenta

É importante observarmos nos evangelhos as palavras de Jesus no que respeita à Sua Igreja, sofrimentos, perseguições que ela sofreria bem como a vulnerabilidade de muitos ao pecado. O Senhor Jesus falou da porta estreita e também da larga (Mt 7.13,14), falou dos que edificam a casa sobre a rocha (Mt 7.25) e sobre a areia (Mt 7.26), da parábola do trigo e do joio (Mt 13.24-30), outrossim, falou do reino de glória que aguardam os justos bem como da condenação eterna destinada aos injustos (Mt 24.31-46); enfim, Jesus falou de duas igrejas: a impoluta e a opulenta.
A Igreja impoluta é aquela que agrada a Deus. Ela não aceita o pecado a nada relativo a ele; antes, se ocupa na Palavra de Deus no afã de obedecê-Lo irrestritamente. Ela é qual barco em auto-mar: o barco está nas águas, mas, as águas não estão no barco. Assim é a igreja que agrada ao seu amado, ela está no mundo, mas, o mundo não está nela. Ela anda neste mundo e não segundo as sua vãs filosofias, pois ela conserva "as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tm 6.3). Por isso, Cristo a considera impoluta, porque ela é vigilante e se guarda das fortes poluições de iniquidade e de mundanismo que podem afetar a sua estrutura espiritual. A igreja impoluta é santa, anda na retidão, é fervorosa na oração, é perseverante na tribulação e cheia de boas obras; repudia o mundo de pecados, mas, evangeliza o mundo das almas perdidas. Deus possa preservá-la sempre assim!
A Igreja opulenta é aquela que aborrece a Deus. Os cristãos em Laodicéia são este exemplo. Acerca destes, Jesus falou: "Vomitar-te-ei da minha boca" (Ap3.16). A Igreja opulenta é soberba, presunçosa e jactanciosa. Desprovida de fervor espiritual, considera-se autodependente: "De nada tenho falta" (Ap 3.17), não sabendo que sua ruína está prestes a vir. A tal igreja a que nos referimos prioriza seus interesses desdenhando a vontade de Deus. Se acha rica e poderosa sendo que, aos olhos do Senhor, é pobre, falida e desnutrida espiritualmente. É exatamente o que vemos hoje: igrejas cujos líderes eclesiásticos perderam o bom senso cristão e seus membros não possuem mais um compromisso sério com Cristo e com Sua Palavra. Pessoas que se preocupam com tudo o que está à sua volta, consigo mesmo e com seus afazeres e deixando as coisas de Deus em último plano.
De qual dessas igrejas fazemos parte? Da impoluta ou da opulenta? Da que vai contemplar Cristo subindo aos céus ou da que vai ver o Anticristo ficando na grande tribulação? Da que é piedosa como Simeão (Lc 2.25) ou traidora como Judas (Mt 26.14-26)? Ainda é tempo de decisão! Sim, de recorrer ao Senhor pedindo-Lhe misericórdia, poder e graça! Portanto, sejamos impolutos! E nunca opulentos!

Dinheiro: Um ótimo servo, um péssimo senhor

1 Timóteo 6.10 "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males..."


É de se estranhar que o apóstolo Paulo empregasse a palavra "amor" relacionando-a com o dinheiro. Entretanto, é louvável o seu significado. Sua realidade é abrangente. Ao nosso redor podemos encontrar pessoas que colocam o dinheiro como a razão de tudo. Obcecados, encegueirados e até "doentes", se esquecem que a vida, o maior patrimônio que Deus deu a nós, é muito mais que aquilo que o dinheiro nos proporciona. Valorizam tudo na vida, menos a própria vida.
O dinheiro e a sua hegemonia no coração do ser humano, este e a sua busca pelo seu próprio bem-estar aplicando seus propósitos e suas idéias no uso demasiado de seus valores financeiros. É normal esta triste realidade no cotidiano, o que é anormal é a maneira como o homem se deixa ser levado pela extrema loucura de enaltecer o financeirismo acima da própria vida. Logo, saúde, bem-estar da família e com a família caem no esquecimento. Quantas pessoas envenenadas por esse louco desejo? Em nome da própria loucura acredita alcançar a paz e a felicidade acumulando para si dinheiro em demasia. E, no entanto, nada como esperava! A falta de paz e a infelicidade ainda ocupam a alma do homem, ainda insatisfeito com o que vê e com o que sente!
Escravizado pelo dinheiro, Judas externou a sua infidelidade traindo o seu Mestre entregando-O às autoridades judaicas (Mt 26.14-16). Possuído pela vã confiança, Simão, o mágico, patenteou seu sentimento anticristão oferecendo dinheiro aos apóstolos Pedro e João, pois, cuidava que receberia o dom do Espírito Santo por meio de dinheiro (At 8.19-24); por que não mencionar o exemplo de Ananias e Safira, os quais, movidos pela ganância, mentiram para o ungido do Senhor tomando para si todo o dinheiro que adquiriram da venda (At 5. 1-11). E tantos outros casos que nos serve de aviso a fim que, com toda a prudência e vigilância, evitemos cair neste horrendo laço de satanás.
O apóstolo Paulo nos adverte do perigo de amar o dinheiro; possivelmente ele tinha conhecimento das sábias palavras do rei Salomão: "O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro..." (Ec 5.10). Como é lamentável que muitos homens coloquem-no como "deus" sobre sua vida e sobre o que tem! Por mais que obtenham bens, sempre será um escravo da infelicidade e ainda continuará com um enorme vácuo no seu coração não crendo na realidade majestosa e infinita da presença de Deus, a Qual, completa a nossa vida preenchendo vazio que o dinheiro nunca poderá preencher.
Que o dinheiro seja sempre servo e nunca senhor, dominado e nunca dominador, pois, enquanto muitos se perdem vivendo o oposto dessas coisas, vigiemos olhando por nós para não cairmos e olhando para Jesus (Hb 12.2), de Quem recebemos força para estarmos sempre diante dEle.

domingo, 6 de junho de 2010

Avivamento à Luz da Bíblia

Tendo em vista a falta de manuseio da Palavra de Deus e a má interpretação dos seus ensinos, é notório que muitas comunidades cristãs possuam uma definição incorreta do que é avivamento. É lamentável que muitos pastores, por falta de um alicerce doutrinário bastante construtivo e embasado nas Escrituras, ensinem de forma errada em que consiste um poderoso avivamento da parte de Deus no solo improdutivo dos corações, necessitados da ardente graça divinal. Há quem interprete avivamento como sendo o falar em línguas, pular ou coisa do gênero. Isto são evidências da presença do Espírito Santo no meio dos que Lhe adoram. Avivamento é muito mais do que isto.
Ser pentecostal, às vezes, nem sempre quer dizer uma pessoa avivada. Uma coisa é sentir a presença de Deus, outra é viver a presença dEle em todo o tempo. Afinal de contas, quando falamos nesta palavra nos referimos a uma mudança permanente que ocorre na vida do ser humano, e não a uma sensação de alegria que só dura alguns momentos. E é exatamente o que vemos: dentro da igreja, uma extrema expressão de santidade e de fervor, fora dela, a mesmice parece tomar de conta. Que me perdoem os que se julgam crentes avivados ou até pregadores "avivalistas", mas, a Igreja Evangélica no Brasil ainda não experimentou um poderoso avivamento como nos tempos de Charles Grandson Finney, Charles Hadon Spurgeon, Jhonatan Goforth, Dwight Liman Moody, entre outros. Os pregadores que ouvimos parecem até oradores profissionais, e suas mensagens floreadas de palavras bonitas sendo que a unção está passando bem longe! Se avivamento é questão de vida transformada, então, é disso que necessitamos! Mais do que nunca!
Segundo a Bíblia o avivamento é marcado por três grandes manifestações na vida do ser humano:

1) Convicção de pecado: E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: que faremos, varões irmãos? (At 2.37) - Ouvindo a fervorosa pregação apóstolica, sentiram seus ouvintes profundo pesar de seus pecados ("compungiram-se") prontificando suas vidas ao Cristo ressurreto. Notemos que Pedro nem fez o apelo à salvação como é comum hoje, pelo contrário, os judeus que tiveram a iniciativa própria de se interessarem pela salvação e pelo Salvador.

2) Profundo despertamento espiritual: ... e no duodécimo ano começou a purificar a Judá e a Jerusalém, dos altos, e dos bosques, e das imagens de escultura e de fundição (2 Cr 34.3) - Este versículo refere-se ao Rei Josias. Neste trecho bíblico entendemos que despertamento espiritual é a convicção de pecado na prática. Mas que convicção, uma ação! Ao ver a penúria espiritual em que se encontrava a nação eleita, Josias se sente movido a tomar medidas drásticas a fim de amenizar essa situação. Podemos resumir o exposto nas sábias palavras de Salomão: O que encobre as suas trangressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13).

3) Desejo ardente de buscar a Deus: ... começou a buscar o Deus de Davi, seu pai... ( 2 Cr 34.3) - Tomando novamente o Rei Josias como exemplo, podemos perceber o significado real da palavra "começou". O despertamento que ganhou terreno no coração deste pidedoso rei motivou-o a buscar o Deus de seus pais. O verbo "começou" nos faz entender que Josias comprometeu a sua vida a obedecer ao Eterno vivendo de forma alinhada com os Seus propósitos. Buscar a Deus é mais do que a prática da oração; é dispôr sua vida a agradá-Lo com suas atitudes e com suas maneiras: Bendize, ó minha alma ao Senhor, e TUDO O QUE HÁ EM MIM bendiga o Seu santo nome (Sl 103.1).

A Igreja de Cristo no Brasil necessita desse avivamento. Mas do que uma alegria momentânea, uma transformação constante! Mais do que barulhos que não resultam em nada, uma evidência de piedade, temor e abnegação para com Deus diante dos homens. A chama do avivamento para incendiar o mundo é preciso, primeiro, se apoderar da igreja, porque ela é o megafone de Deus para este mundo surdo pelo pecado.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A Igreja que deixa Deus com fome

Marcos 11.13 "E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa e chegando a ela, não achou senão folhas... "

Antes de se aprofundar no tema supracitado, convém que falemos um pouco sobre a palavra "propósito"; o dicionário define a mesma como "intenção, intento". Podemos definir também como "a capacidade de intencionar algo tendo em vista a execução do mesmo e o resultado esperado". Qualquer coisa feita com êxito é resultado dos nossos propósitos manifestos em nossas ações. Se isto sucede na área secular de forma tão eficinete e eficaz certo é que na vida cristã não seja diferente.
Saindo de Betânia com Seus discípulos, Jesus avista ao longe uma árvore e logo conclui que era uma figueira. Percebendo à longa distância a beleza de suas folhagens, era de se achar que eram abundantes os seus frutos. A dita figueira, embelezada pelos seus ramos bem folheados, dava uma forte impressão aos que a viam. Cheia de folhas, mas não de frutos! Semelhante à esta árvore são muitos em nossas igrejas nos dias atuais. Possuem somente a aparência de cristão (Folhagens), porém, não tem conduta (Fruto); olhamos para essas pessoas pelo lado de fora achando serem cristãos pelo lado de dentro tal qual Jesus olhou para a figueira cheia de folhas achando ser carregada de frutos! Nunca haverá uma mudança exterior se primeiro não ocorrer no nosso interior. A verdadeira virtude deve sobressair de dentro para fora, nunca ao contrário (Sl 119.11; 2 Co 7.1; Ef 6.6; 1 Ts 5.23).
Vendo de longe a árvore bem folheada o Mestre julgou que pela tal aparência produzia frutos abundantemente. De longe a aparência, de perto a realidade! De longe a aparência de profissão de fé, de perto a verdadeira identidade de quem faz tal profissão. O Senhor Jesus procura na Sua Igreja, a "lavoura de Deus" (1 Co 3.9), frutos de obediência, de sinceridade, de justiça e de fidelidade, entretanto, damos a Ele, muitas das vezes, os amargosos frutos da hipocrisia, da desobediência, da murmuração e por aí vai. Eis a igreja que deixa Deus com fome! Não produz frutos apetecíveis ao seu Senhor, antes, é qual árvore infrutífera que ocupa a terra inutilmente (Lc 13.6-9). Deus não se agrada de aparência, e sim de uma verdadeira conduta condizente com a Sua Palavra.
Se a verdade existe para ser dita, em alto e bom som, então é isso que deve ser feito. Que o Todo-Poderoso tenha misericórida de nós, e nos ensine a cada dia que o evangelho é questão de caráter transformado e não de falatórios inúteis de pessoas de dizem ser alguma coisa e são completamente despojados da essência cristã. A beleza da árvore não está nas folhas, mas sim nos frutos! Agradável é a vista do Senhor o praticar (Tg 1.22) e não a falsa aparência. Ou servimos a Deus com propósito firme ou então de nada adiantará nossa frequente ida à igreja ou coisa parecida. É necessário produzir fruto, é necessário viver com propósito diante daquEle que honra o compromisso dos que fazem a Sua vontade mediante a Sua Palavra.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Aprendendo com a Jumenta de Balaão

Números 22.23 Viu pois a jumenta o anjo do Senhor que estava no caminho com a sua espada desembainhada na mão, pelo que desviou-se a jumenta do caminho e foi-se pelo campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho.

É louvável quando lemos a Palavra de Deus aonde encontramos homens e mulheres que, num ato de piedade, serviram ao Senhor Deus com inteireza de coração andando em todos os Seus caminhos. O Livro de Hebreus capítulo 11 é nada mais que uma galeria desses grandes exemplos de abnegação, obediência e persistência nos propósitos divinos. Entretanto, é coisa normal tirar lições de vida uma jumenta torturada pelo seu dono? Por que essa escolha tão esdrúxula? Analisemos, portanto, as Escrituras Sagradas.
1) A jumenta viu o anjo: Viu pois a jumenta o anjo do Senhor... - Se Balaão era profeta do Deus vivo, "o homem de olhos abertos... que vê a visão do Todo-Poderoso" (Nm 24.3, 4, 15, 16), porque Deus não concedeu a visão para ele? Não teria ele facilmente obedecido? Por que a jumenta viu ao invés do profeta? Entre muitas razões citaremos uma: os olhos de Balaão se inclinaram para o ouro e a prata que Balaque, Rei de Moabe, lhe tinha prometido. A visão do profeta estava corrompida. Contemplava somente as regalias prometida pelo ímpio rei dos moabitas. Pode o Senhor revelar-Se a alguém cujos olhos estão voltados para as coisa deste mundo entenebrecido pelo pecado? Mas, a jumenta viu! E o que fazia era orientada no que estava diante dos seus olhos! Enquanto muitos, à semelhança deste profeta, anelam os prazeres terrenos, há muitos como aquela jumenta, contemplando a visão gloriosa,, majestosa, inexplicável e incomparável da presençado Deus Altíssimo: olhando para Jesus... (Hb 12.2).
Este episódio também nos alerta para o fato de que nunca se deve julgar a ninguém pela aparência. Balaão espancou a sua jumenta não entendendo que ela estava contemplando tamanha visão. Quantas pessoas que nós "espancamos" com palavras julgando-as pela aparência dizendo serem frias raquíticas e sem alento. Mas, Deus é quem conhece os corações! Por fora, demonstrando o que, ora, frisamos, mas, por dentro, fervoroso, cheio de vigor e de dinamismo espiritual!
2) A jumenta obedeceu a visão: ... pelo que desviou-se a jumenta do caminho, e foi-se pelo campo... - O anjo não lhe disse palavra alguma, porém, a presença dele à sua frente era o suficiente para entender que ela não deveria andar pelo "caminho de Balaão", o caminho da ganância, do desejo exacerbado pelos bens terrenos. Quantas vezes que Deus fala conosco e nós não Lhe obedecemos?! A jumenta, sem ouvir uma palavra, entendera o significado da visão e prontamente obedeceu! Preclaro leitor, não te pareça estranhas estas palavras, mas: parece que a jumenta estava mais "convertida" do que o profeta! E mais "crente" do que muitos de nós hoje em dia!
3) A jumenta persistiu em obedecer a visão: Vendo pois a jumenta o anjo do Senhor, apertou-se contra a parede e apertou contra a parede o pé de Balaão; pelo que tornou a espancá-la (Nm 22.25) - Não obstante a maneira tão severa com que era tratada pelo seu dono, ainda assim permaneceu em obediência àquela visão. Se a vida cristã consistisse em buscar hoje e receber amanhã seriam muitos os que serviriam a Deus! Nossas Igrejas estariam mais cheias a ponto de não conter mais o número de fiéis! Infelizmente nem todos entendem a razão de sermos provados (Jo 16.33; At 14.22; Tg 1.12; 1 Pe 4.12-14). Nem tampouco reconhecem que tudo é no tempo determinado por Deus (Ec 3.1)! Sejamos persistentes mesmo que o "Balaão" dos nosso dias nos "torture" com açoites de calúnia, de inveja, de afronta, porém, não percamos a "visão do anjo"! Sejamos perseverantes!
4) Deus fez bem ao profeta por amor da jumenta: ... se ela não se desviara de diante de mim, na verdade que eu agora te tivera matado, e a ela deixaria com vida (Nm 22.33) - Se o anjo do Senhor, por ordem dEste, poupou a vida do profeta por causa da obediência de uma jumenta, que fará o Senhor àqueles que lavam as sua vestiduras espirituais no sangue do Cordeiro e que andam no temor do Senhor e na obediência da Sua Palavra?
No passado, segundo a Escritura, vemos Balaão batendo com ira na jumenta; hoje, é ela que está batendo em nós! Ensinando lições preciosas para a vida cristã, a fim de adquirirmos visão do Céu, obediência e persistência diante daquEle que vê todas as coisas (Pv 15.3; Hb 4.13)

Cristo, a Rocha ferida pelos homens

Êxodo 17.6 Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel

Vamos relatar sobre um episódio bíblico, o qual, mesmo tendo ocorrio há milênios atrás, sua realidade contextual ainda repercute nos nossos dias. O Livro de Êxodo capítulo 17 descreve a má conduta dos israelitas ao chegarem no deserto de Sim murmurando contra Deus e contra o Seu ungido por não haverem encontrado água. Vamos viajar um pouco neste acontecimento atentando para as lições que podemos auferir da mesma.
A murmuração do povo hebreu parecia ter inquietado a Moisés; isto nos faz entender quão turbada estava alma deste primeiro legislador de Israel, vendo que contendiam contra ele e contra o Senhor (Êx 17.2,3). Diante de tal situação, o varão mais manso que havia sobre a terra (Nm 12.3) se sente constrangido a clamar a Deus (Êx 17.4) pedindo-Lhe orientação. Oh! como o Eterno Se agrada daqueles cujo coração é inclinado a entender a Sua vontade (Ef 5.17)!
A ordem que Deus concede em resposta ao seu clamor era de ferir a rocha com a vara que tinha na sua mão. E Moisés tocou a rocha com o seu bordão, e um fluído de águas saiu dela! abeberando a toda a congregação de israelitas bem como os seus animais (Nm 20.11). Partindo deste contexto, Crsito é a tipologia da rocha, Moisés, a representação da comunidade judaica e os filhos de Israel, simbologia da humanidade alienada de Deus, caótica e sofredora. A Escritura nos mostra o povo israelita "murmurando" contra o Senhor anelando imediatamente por água. Tal qual é esta geração; sem entendimento, insulta o seu Criador pedindo sem sabedoria que sua sede de justiça, paz e alegria sejam saciadas.
Num profundo acesso de ira que, indubitavelmente, se fez notório diante dos descendentes de Abraão, Moisés, tendo em mãos o seu cajado, fere a rocha por duas vezes (Nm 20.11). Sim, por duas vezes ela foi ferida! Mostrando que de duas maneiras os judeus feriram o Messias: coma vara da incredulidade (Jo 8.45) e da rejeição (Jo 1.11; 15.18,25). Muitos são os que ferem a Rocha Eleita e Preciosa, Jesus Cristo, refutando-O, não crendo que Ele seja o verdadeiro Salvador do mundo. Não obstante, Ele ainda Se mostra compassivo mesmo para com aqueles que Lhe menosprezam: ... o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37).
A rocha ferida deu ocasião ao fluído de águas que satisfez a todos quantos estavam sedentos. Tal qual foi o sofrimento vicário de Cristo: em Sua morte nos trouxe vida, em Seu pesar nos deu descanso, em Seu opróbrio nos trouxe honra, em Sua dor nos deu consolo e em Seu castigo nos proporcionou a verdadeira paz! DEle emana a água salutar que jorra no deserto da vida fazendo florescer a alegria e a paz interior.
Está escrito na Palavra de Deus: A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina (Sl 118.22). Não rejeitemos a Rocha Eleita! Porque ela é garantia de salvação e do constante triunfo da Igreja na espinhosa jornada da vida.

Os Três Altares da Bíblia

Uma análise minuciosa das Escrituras Sagradas atinente as virtudes da vida cristã leva-nos a entender que agradar a Deus requer prontidão de coração. É notório que os santos do passado, vivenciando esta verdade, logo puderam compreender a excelência de estar no centro da vontade diretiva de Deus. É muito comum no meio evangélico ouvirmos os crentes dizerem: "tem que ter vida no altar"; na interpretação de muitos, significa vida transformada, consagrada e inclinada aos propósitos do Todo-Poderoso. Verdade é que esta interpretação tem seu pleno fundamento bíblico. Sendo assim, vamos edificar um altar ao nosso Deus?
A Bíblia Sagrada, poderosa, genuína, pura, incontestável e infalível, fala de três tipos de altares. Vamos conhecê-los?
1) Altar de Terra - Fala da Humilhação: Um altar de terra me farás... (Êx 20.24). Deus estava dizendo ao Seu povo Israel que aceitaria as ofertas apresentadas sobre um altar de terra. Por que terra fala da humilhação? Porque é dela que o homem foi formado: E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra... (Gn 2.7). Uma outra definição que a Palavra de Deus nos dá a respeito de terra é "porção seca": E chamou Deus à porção seca Terra... (Gn 1.10). Fazer um altar de terra significa reconhecer a realidade da natureza humana e sua brevidade. É reconhecer a grandeza do Eterno em contraste com a frivolidade da vida humana. Façamos para Deus o altar da humilhação, pois, o Senhor Se agrada de todo aquele que se humilha perante Ele (Lc 18.14; 1 Pe 5.6).
Se humilhar diante do Senhor é reconhecer a nossa semelhança à porção seca, todavia, chamada terra. Quando assim fazemos, então, aquEle que é a fonte da água viva (Jo 7.37,38) faz jorrar em nós a Sua graça, bondade e misericórdia, mesmo que não sejamos merecedores de Seu ato benéfico.
2) Altar de Madeira - Fala da Transformação: Farás também o altar de madeira de cetim... (Êx 27.1). A madeira de cetim (ou acácia) era proveniente das árvores desérticas, arbustos, de aspecto desprezível. Entretanto, Deus ordenou ao Seu servo Moisés que se fizesse, para Ele, um altar feito desta madeira. Quem diria que da acácia, tão envilecida, fosse edificado um altar onde se deitasse ofertas ao Deus de Israel? Construir um altar de madeira é crer piamente no poder transformador daquEle que ainda tira do deserto desprezível do pecado homens e mulheres convertendo-os em instrumentos de valor dentro da Sua Casa. Lembremo-nos, pois, que Jesus é o Carpinteiro por Excelência! Ele corta, modela, apruma e ajusta deixando o pecador de acordo com os Seus desígnios.
3) Altar de pedras - Fala das provações: E Elias tomou doze pedras... e com aquelas pedras edificou o altar em o nome do Senhor... (1 Rs 18.31,32). Na estrada da vida não encontramos somente espinhos, mas também pedras - para o teste da nossa persistência, bem como aquelas que os nossos aborrecedores lançam contra nós - para o teste da nossa fé. Não existe pedra que não machuque. Quando investidas, são para causar dores, afligir o corpo e prejudicar a integridade física do ser humano. Tens a tua alma turbada? Qual a pedra que te causa dores? A da Inveja? Da Calúnia? Da Palavra difamatória? Seja qual for a pedra que te lançarem, não as devolva! Tome-as! Junte-as! E com elas edifica um altar em o nome do Senhor, teu Deus, que sonda "os rins e o coração" (Sl 7.9; 26.2; Jr 20.12; Ap 2.23). Construir um altar de pedras é transformar as lutas em oportunidades para estar mais próximo de Deus crendo que Ele te será por Auxílio e Rochedo nas horas mais precisas.
O Deus da Igreja é o Deus dos Altares! O Deus que recebe ofertas de adoração dos Seus eleitos. Que Se agrada dos que O louvam por aquilo que Ele é e faz. Que Se compraz naqueles que O servem com singeleza de coração mesmo nos momentos mais escabrosos da vida. Vamos fazer uma altar para Deus?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Por que as Igrejas encontram-se vazias do poder de Deus?

Para responder a esta pergunta basta voltarmos, um pouco, aos tempos da Igreja Primitiva, no Livro de Atos. Quem anela profundamente uma vida consagrada a Deus, através deste livro, saberá o que o Senhor requer de todo o que Lhe serve para viver de tal modo. Como viviam os nossos primeiros irmãos na fé? O que faziam? Como eram os cultos que estes fervorosos cristãos prestavam ao Eterno?

É Lucas quem escreve: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" (At 2.42). Era esta a condição em que se encontrava a Igreja da era apostólica. Nada podia obstruir esse povo; perseguição alguma os impedia de falar ousadamente do Nome de Jesus; sinais e prodígios eram as evidências de uma pregação genuína; amor ao próximo, comunhão entre os irmãos eram as marcas que davam identidade a essa primeira comunidade cristã perante os concidadãos de sua época. Entre estas e outras boas qualidades que condecoravam a Igreja Primitiva podemos notar a razão do crescimento ininterrupto deste poderoso exército de Deus na terra. Em Atos dos Apóstolos, Lucas, pelo Espírito Santo, descreve as características da igreja segundo o ideal de Cristo; e todo o que deseja enquadrar-se neste perfil basta somente seguir os rastros espirituais que esse povo deixou para nós.

Mas, nos tempos hodiernos, vemos o oposto do que era no passado. Em vez de santidade, pecado; em vez de fervor, frieza; em vez de testemunhos, tristimunhos; em vez de amor, desamor; em vez de união, desunião e assim por diante... tudo parece ter mudado. Igreja tem virado empresa, crente tem virado cliente, pastorado tem virado profissão, sacerdócio tem virado negócio, VERBO tem virado verba e muitos perguntam: Por que as Igrejas encontram-se vazias do poder de Deus? Aonde está a poderosa manifestação do Espírito Santo? Por que esta escassez de milagres? Por que não apregoam mais a Palavra do Senhor com seriedade e coerência? Por que os pregadores se transformaram em animadores de auditórios? Preocupados mais com a desenvoltura da oratória do que com a glorificação do nome de Jesus? A culpa está em Deus? Na verdade, nós é quem somos os verdadeiros claudicantes.

São várias as razões para a Igreja de Cristo desta era pós-moderna viver nesta decadência espiritual:



1) Falta de fé - Os crentes tem se tornado, um tanto, irreverentes por não demonstrarem fé na ação poderosa de Deus no meio dos Seus. Consideram isso "coisa do passado", não válidas para o tempo presente. A mesma Bíblia que afirma: "Sem fé é impossívem agradar a Deus" (Hb 11.6 RA), também diz: "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente" (Hb 13.8).



2)Falta de santidade - Muitos interpretam esta palavra definindo-a como "fanatismo", "santarrice", "excesso de religiosidade"; isso se deve ao fato destes muitos não manusearem a Palavra do Senhor corretamente. A palavra santo significa "separado", mostrando que o cristão deve viver exclusivamente para Deus, alienado da corrupção deste mundo. Quantas Igrejas anelando serem cheias de poder, contudo, adotam ensinos aparentemente bíblicos, porém mesclados com teorias mundanas; professando a fé em Cristo, mas, amando o que há no mundo (1 Jo 2.15). Sem santidade de vida nunca haverá a poderosa atuação daquEle que disse na Sua Palavra: Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.16).

3) Falta de interesse pelas coisas de Deus - A falta de interesse no tocante ao serviço do Mestre é uma das razões da igreja está fria, caótica, quase que degenerada, sem unção divina. Como pode o Senhor ter prazer em Se manifestar na Sua igreja se esta não tem prazer em agradá-Lo?

4) Falta de compromisso com a Palavra de Deus - Este é um caso muito sério. Se não andarmos em plena conformidade com as Escrituras Sagradas, de nada adiantará tanta oração e jejum sendo que a maior destas ferramentas está sendo desdenhada. Não estamos refutando o valor da oração e sim enfatizando a futilidade de uma vida de oração sem o manejar da Santa Palavra. Quantos que se dizem "cheios" de poder, porém, vazios da Palavra! O apóstolo Pedro admoesta claramente: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo" (2 Pe 3.18).

5) Falta de amor entre os irmãos - É impossível Deus operar em uma igreja cujos membros vivam se degladiando um com o outro! Proceder assim é se esquecer de uma das grandes evidências do Cristianismo: "Oh! Quão bom e quãu suave é que os irmãos vivam em união" (Sl 133.1). Se a Santíssima Trindade é unida não havendo sombra alguma de desentendimento, da mesma forma deve ser o povo de Deus imitando o verdadeiro modelo de união precedido da verdadeira caridade que deve existir dentro de nós.

Para quem crê que Deus ainda opera como no passado, para que ainda crê no exercício e atualidade dos dons espirituais, desejando ver essa proezas acontecerem em nossos dias, a regra é: obedecer, em tudo, ao Senhor dos exércitos na praticidade da Sua Palavra, pedindo-Lhe que a glória da segunda casa seja maior do que a da primeira (Ag 2.9).

sexta-feira, 30 de abril de 2010

As três evidências do novo nascimento

E ele, deixando tudo, levantou-se e O seguiu (Lc 5.28)

É gratificante sabermos que, em nosso país, o número de evangélicos cresça desenfreadamente. Porém, é lamentável saber que uma boa parte destes não sejam cristãos como as Escrituras nos ensinam. Escândalos e mais escândalos, pecados e mais pecados, fatores que tentam mutilar a identidade da Igreja de Cristo ante a sociedade moderna e desviada de Deus. Pastores que, ao perderem o temor de Deus, distorcem a Sua Palavra, enganando os fiéis, ludibriando-os com palavras lisonjeiras apresentando aos seus ouvintes um "evangelho fácil".

É hora de mudarmos isso partindo do pressuposto bíblico que todo aquele que não nascer da água e do Espírito não pode ver o Reino de Deus (Jo 3.3-5). Escolhendo a Abraão e fazendo-lhe promessas, mostrou-lhe o Senhor que atitude ele deveria tomar: "Sai-te da tua terra..." (Gn 12.1). Não obstante o referido acima, vamos tomar como exemplo Mateus - ou Levi, conforme registrado em Lucas - ele é um dos grandes ícones no que respeita a obra da regeneração na vida do ser humano. Nele encontramos as três preciosas manifestações do novo nascimento:1) Renúncia ("deixando tudo"), 2) Convicção ("Levantou-se") e 3) Compromisso verdadeiro ("e O seguiu").

O Senhor se agrada de todo o que se achega a ele na atitude decisiva de renunciar tudo o que for preciso para viver em comunhão com o Senhor: "... se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo..." (Mc 8.34). Há quem pense que o primeiro dos inimigos a quem devemos resistir para seguir a Cristo é Satanás, o tentador. Ledo engano! O primeiro dos inimigos é o nosso próprio eu: negue-se a si mesmo". Ora, vaso pra ser cheio é preciso estar vazio. Desta forma, quem deseja ser cheio de DEUS deve-se esvaziar do EU, prepotente e presunçoso. Como fez Levi, é preciso deixar "tudo"; tudo o que é embaraçoso, tudo o que pende para a vaidade, para a depravação, para o egoísmo', para a maldade, enfim, nos despojar de toda a espécie de pecado a fim de que sobre e dentro de nós habite a soberana presença de Deus, qual tesouros em vasos de barro( 2 Co 4.7).

A segunda atitude tomada por esse futuro apóstolo ao ouvir o Mestre dizer-lhe: "Segue-me" (Lc 5.27) chama-se convicção. Na convicção com que Abel apresentou uma excelente oferta ao Crisdor (Gn 4.4; Hb 11.4), com que Abraão, ouvindo a voz do Deus desconhecido, obedeceu-O saindo sem saber para onde ia (Gn 12.1-7; Hb 11.8), com que Moisés, por intermédio d' uma divina revelação, guiou a nação eleita pelo deserto no espaço de quarenta anos, na convicção com que Elias enfrentou quatrocentos e cinquenta profetas de Baal mostrando que Javé é o unico e verdadeiro Deus na instrumentalidade do fogo que incendiou o altar (1 Rs 18.31-39), com que o filho pródigo, cônscio da penúria em que se encontrava, decidiu voltar ao lar paternal (Lc 15.16-25), é nessa mesma atitude que devemos nos "levantarmos" diante dEle declarando-nos prontos para serví-Lo.

Mateus não somente deixou tudo para trás, tampouco levantou-se daonde estava, além disso, ele SEGUIU o Mestre! Ele se comprometeu em ser um servo leal e submisso a Cristo; já não era mais o cobrador desonesto de outrora; a terna voz do Divino Mestre, soando em seus ouvidos e alarmando no interior da sua alma, o transformou de coletor de impostos em coletor de almas para o Reino de Deus!

Que essa poderosa transformação ocorra na vida de muitos que se julgam cristãos e não são, se intitulam servo, portando-se como se não tivesse um Senhor, se achando filhos, porém desobedientes ao Pai Eterno. Sim, que essa transformação possa urgir na vida de muitos que estão dentro da Casa de Deus, fazendo-os voltar aos primórdios da vida Cristã elucidados na Escrituras Sagradas!

Os descedentes de Judas Iscariotes - Mt 26.48

Analisando minuciosamente a história da Igreja, desde os seus alvores, perceberemos que, entre muitos fiéis e conservadores de uma santa piedade, sempre houve aqueles que não amam a Palavra de Deus. Sempre houve o joio no meio do trigo! O bode no meio das ovelhas! A Bíblia Sagrada, ao falar dos grandes ícones de Deus na terra, exemplos de devoção, fé, obediência e persistência, também menciona péssimos exemplos de pessoas, dos quais, podemos exaurir preciosas lições para a vida cristã. Agora, vamos aprender com Judas Iscariotes.

Mateus descreve a condição espiritual deste apóstolo em poucas palavras: "E o que O traía..." (Mt 26.48). O verbo "traía" encontra-se no pretérito perfeito. Significa que Judas traiu o Senhor não somente na hora em que ele O beijou; pelo contrário, esse ato já hávia dominado seu coração. Também não foi traidor desde o começo do seu ministério apostólico, pois, João, corrobora essa afirmação da seguinte forma: "... Judas Iscariotes... o que HAVIA de traí-Lo..." (Jo 12.4). Judas Iscariotes morreu, mas os seus descedentes espirituais ainda estão por aí, providos das mesmas qualidades que ele tivera ao vender o seu Senhor. Segundo as Escrituras, ele era:

1)Infiel: Então, um dos seus discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais dos sacerdotes, e disse: que me quereis dar, e eu vô-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E, desde então, buscava oportunidade para O entregar (Mt 26.14-16) - Judas desonrou o seu compromisso como servo menosprezando o seu Senhor; como obreiro, negociando o Dono da Obra e como apóstolo traindo aquEle que lhe fez a vocação. A falta de um fervoroso e constante compromisso com a Palavra constitui-se infidelidade ao Eterno; e o Senhor não Se agrada de quem é infiel para com Ele.

2)Ladrão: Vendo que Maria ungiu os pés de Jesus com unguento (Jo 12.3), externou Judas a sua insatisfação: por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava (Jo 12.5,6) - A insensibilidade de Judas no que tange ao bem social tinha sua evidência no interesse exagerado pelo dinheiro (1 Tm 6.10). Seus descedentes também se manifestam desta forma. Não caiamos, porém, neste mau exemplo; mais do que nunca devemos nos portar com vigilância a fim de não sermos apanhados neste laço diabólico.

3)Hipócrita: Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair. Então os discípulos olhavam uns para os outros, SEM SABER DE QUEM ELE FALAVA" (Jo 13.21,22) - Em momento algum, os apóstolos puderam notar a dupla personalidade de Judas. Camuflado na hipocrisia, fez com que nenhum dos onze percebessem a sua real identidade. Porventura não são muitos os que procedem desta forma em nossos dias? Falsos, demonstrando temor do Senhor, mas não passa de um pervertido na Casa do Deus vivo! Deus tenha misericórdia dos tais!!!

Se quisermos, de fato, galgar as bem-aventuranças, devemos, então, guardar a Palavra de Deus (Sl 119.11), andar em "novidade de vida" (Rm 6.4) e fazer parte da geração que busca a face do Deus de Jacó (Sl 24.6). Traidores do Mestre jamais!!!