Há quem pense que a oração seja a base de um testemunho genuíno. Esta mensagem não existiria se eu não observasse, nestes 11 anos que sirvo ao meu Senhor, homens que, camuflados na aparência, escondem de muitos a realidade da sua vida cotidiana, contraditória aos ditames da Palavra de Deus. Vi e ainda vejo pregadores e cantores que são capazes de arrebatar multidões com seu dom extraordinário; oram, jejuam, se consagram pensando os tais que por fazerem estas coisas Deus irá tolerá sua crença mesquinha acompanhada de práticas absurdas que entristecem ao Espírito de Deus. Não é bem assim como muitos pensam.
Como um autêntico estudioso das Escrituras Sagradas, reconheço muito bem a importância da oração na vida cristã, porém, a grande maioria dos nossos companheiros na fé precisa entender que o testemunho de vida é superior a prática da oração; visto que orar é mandamento bíblico (1 Ts 5.17), obedecer também deve fazer parte do vocabulário cristão (1 Sm 15.22). Oremos, busquemos a face do Senhor, entretanto, não nos esqueçamos da responsabilidade de nos harmonizar com os preceitos da Palavra do Deus Eterno, porque isto é bom e agradável diante dEle.
Vejo ao meu redor excelentes pregadores, os quais, no uso de uma oratória eloquente e recheada de uma profunda sabedoria, conquistam a atenção, admiração e o prestígio dos seus ouvintes. Todavia, nunca pensaram estes no modo de vida que eles levam dentro da sua casa. Na igreja, excelente obreiro, na sua casa, péssimo pai de família!!! Às vezes perguntamos para nós mesmos e para Deus por que almas não são salvas em nossas igrejas como antigamente e a resposta é a falta de sensibilidade no que diz respeito ao fato de viver de forma correta diante de Deus.
Olhando para estas coisas recordo-me da parabóla da figueira infrutífera, a qual, certo homem a plantou na sua vinha; porém, indignou-se por não achar nela fruto algum (Lc 13.6-9). À semelhança dessa figueira são muitos; não tem virtude, antes, procedem de forma escandalosa ao Evangelho envergonhando o santo nome de Jesus Cristo. A dupla personalidade virou epidemia nas comunidades de fé, ainda mais da parte desses que, do púlpito das igrejas, clamam contra o pecado, porém, nunca o aborreceram em seu coração. Logo a verdadeira profissão de fé se tornou escassa ao passo que a falsa aparência, evidência do excesso de religiosidade, ganhou terreno levando-nos a uma cnclusão: já não se faz mais crentes como antigamente!
Por isso, em razão da hipocrisia, da fé fingida, da aversão à Palavra de Deus e da falta de compromisso com o Eterno só tenho a dizer: é inútil orar... quando não obedecemos... quando o nosso padrão de moral não condiz com as Escrituras Sagradas... e quando não nos comprometemos em andar na direção de Deus! De nada adiantará tanta oração se não O seguirmos com toda a prontidão de espírito.
Irmão, ao ler parece ate que spurgeon é que andou falando isso por ai rs.
ResponderExcluiré fato e parece ser repugnante quando estamos diante de um Deus tao maravilhoso pra conosco. Mas eu não consigo bater nesses caras que assim procedem. Se alguma mudança há que precisa ocorrer, que seja por amor e somente por ele. Lembre-se pastor, existem o s falsos, existem os verdadeiros, e no meio deles existem... os que aprenderam a ser falsos querendo nao ser, e os que nao querem aprender a ser verdadeiros.