segunda-feira, 29 de março de 2010

A importância de amar a Deus - Mt 22.37

Quando falamos do verbo "amar", estamos dirigindo nossa atenção para algo fundamental na vida de qualquer ser humano. Porém, quando o assunto é amar a Deus, somos levados a um grande estreito, nós e nossa prórpia consciência. Estamos nos relacionando a uma grande essência da vida cristã, priorizada por todo aquele que, verdadeiramente, nasceu de novo (Jo 3.3-5).
Sendo interrogado por um doutor da lei no tocante ao grande mandamento, Jesus sabiamente lhe responde: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mt 22.37). Ora, o Senhor disse não somente que devemos amar a Deus, além disto, Ele enfatizou a maneira de amá-Lo e serví-Lo; um compromisso firmado não com palavras (Mt 7.21, mas, com uma pura sinceridade (Ef 6.24).

1)Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração... - Segundo nos ensina a Escritura Sagrada, o coração é o centro diretor da vontade humana (Pv 4.23). A Bíblia fala do coração que se recusa a obedecer ao Eterno (Êx 8.15), outrossim, fala do coração disposto a guardar a Palavra de Deus (Sl 119.11). Logo, amar a Deus de todo o coração é estabelecer a Sua Soberania como o cerne de nossas vidas, enaltecendo-O com nossa forma de obedecê-Lo.

2)Amarás o Senhor teu Deus... de toda a tua alma... - Segundo a Bíblia, a alma é a "sede da personalidade humana", " a faculdade dos nossos sentimentos". Ao falar em personalidade, referimo-nos àquilo "que determina a individualidade de uma pessoa", caráter ou qualidade do que é pessoal"; sendo assim, amar a Deus de toda a nossa alma é harmonizar nossas qualidades e nossos sentimentos com os princípios cristãos elucidados na Santa Palavra do Senhor. É tornar a nossa conduta compatível com a absoluta vontade do Senhor, todavia, expostas nas Escrituras Sagradas.

3)Amarás o Senhor teu Deus... de todo o teu pensamento - Tanto Marcos como Lucas usam o termo "entendimento" (Mc 12.30; Lc 10.27). Tanto uma como a outra redundam em um significado só: Juízo ou raciocínio. Isto é, consciência voltada exclusivamente para servir a Ele e temê-Lo evitando a prática de tudo o que não estiver de acordo com a sã doutrina.

Diante do exposto, o amor a Deus traz como consequência o amor ao próximo ( 1 Jo 4.20). O amor genuíno é o distintivo de todo aquele que é cristão. É aonde está alicerçado todo o edifício doutrinário do Cristianismo. É o dom supremo (1 Co 13). É o elemento que adoça as nossas atitudes tornando-as agradáveis e aprazíveis diante de Deus. Foi por amor que Deus enviou Seu Filho ao mundo para morrer por nós (Jo 3.16; Rm 5.8). Foi por amor que o Senhor Jesus sofreu as torturas de Seus algozes (Jo 19.1-3) e as dores cruciantes no Calvário ( Sl 22.16,17; Jo 19.17,18; Fp 2.5-11). E é por amor dEle que devemos abandonar as coisas perniciosas deste mundo para estarmos diligente e constantemente na Sua Presença.
Congressos, Simpósios e tantos outros eventos são realizados em nossas igrejas para tratarem de tantas coisas, e a verdadeira caridade, o amor através das obras, sendo deixada de lado. É hora de voltarmos aos princípios da vida cristã, erradicando tudo aquilo que visa deturpar a essência do verdadeiro Cristianismo em nossas vidas.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Salvação no tempo que se chama Hoje

Meditando com atenção na Bíblia Sagrada, certo pastor estava preparando um sermão baseada na passagem bíblica que diz: "Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação: eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2 Co 6.2). Sem poder resistir, caiu em um profundo sono. E sonhou sendo levado em espírito até ao inferno, especificamente a um lugar onde os demônios, chefes de principados; e estavam todos estes assentados em volta de uma mesa, de formato oval. Ali, deliberavam entre si sobre que tipo de estratégia usaria para impedir o homem de aproximar-se de Deus.
Levantou-se o chefe de todos aqueles referidos demônios indagando com muita indignação: "Que faremos para destruir as almas dos homens?" Então, levantou-se um dentre eles dizendo: "Eu sei de um plano: irei à Terra e colocarei no coração dos homens que não existe Céu e nem inferno e que a Bíblia não passa de um conto de fadas!" Ouvindo isso e olhando uns para os outros, disseram: "Não, este plano não é bom!" Logo, manifestou-se-lhe o segundo falando-lhes: "Também tenho um plano: direi aos homens que não existe Deus e nem Jesus e que não há salvação para eles!" A mesma resposta deram a ele assim como foi ao primeiro.
Cessando este segundo de falar, levantou-se da mesa o terceiro, soberbo, e, com um enorme ar de prepotência, disse: "Eu já sei o que vou fazer: irei à Terra e direi que, de fato, existe Céu e também o inferno, direi que a Bíblia é a Palavra de Deus, direi que existe Jesus Cristo e que Ele é o Salvador, porém, colocarei no coração dos homens: hoje não, deixa para amanhã.
Foi exatamente esse demônio que enviaram!!!
É comum nos cultos de nossas igrejas quando, ao finalizar a pregação da Palavra do Senhor e dando início ao apelo, pessoas digam esta frase a que nos referimos acima. Pessoas que se acham "despreparadas" para aceitarem o convite da graça. A Escritura Sagrada nos faz saber que Jesus veio chamar "os pecadores ao arrependimento" (Mt 9.13). Outrossim, a mesma nos dá a entender que o Senhor deseja ardentemente a salvação do pecador: "... não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepepender-se" (2 Pe 3.9).
Na carta aos Romanos o apóstolo Paulo diz: "Porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé" (Rm 13.11b). Quantos que precisam estarem conscientes dessa verdade!!! Quantos entrelaçados neste mundo embaraçoso e dissoluto!!! Quantos recusando o convite da graça sendo que ela é extensiva a todos (Tt 2.11).
Verdade é que muitos "deixam para amanhã o que podem fazer hoje", contudo, não podemos cessar de anunciar a mensagem do Evangelho "durante o tempo que se chama hoje" (Hb 3.13), "a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.2). Usando da genuína fé, digamos: "Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido" (At 4.20). O diabo tem seus artifícios para ludibriar a humanidade a fim de que esta não se achegue a Deus; contudo, Temos a Palavra de Deus e o poder do Espírito Santo para convencer o pecador da sua miserabilidade humana e da imensidão da graça de Deus a repousar sobre a sua vida, todavia, se ele se entregar ao Salvador das nossas almas. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça, no tempo que se chama Hoje!!!

sábado, 6 de março de 2010

Alguém pra sofrer comigo

É indiscutivelmente bíblico quando pensamos que, nas horas adversas, Deus sempre Se manifesta como alguém poderoso para nos ajudar seja qual for a situação que passarmos. Ao revés, também é incontestável quando nossos pensamentos são turbados ao nos contemplarmos diante das intempéries da vida, fazendo-nos, muitas das vezes, acreditar que a Presença Consoladora do Todo-Poderoso não esteja mais conosco. Todavia, sabemos que não é assim. Somos exortados, através das Escrituras, a conservar o ânimo mesmo em tempos de aflição ( Jo 16.33), na certeza de que venceremos, porque, um dia, alguém venceu antes de nós.
É maravilhoso lermos o Evangelho que escreveu João; é de se observar, mui especificamente no capítulo 2, o milagre da água feita vinho, uma grande verdade que o Senhor transmite a nós, Seus servos. Foi celebrado um casamento, para o qual, Jesus foi convidado junto com seus discípulos; percebendo que algo de tão precioso faltava na festa, Maria, possívelmente querendo mostrar seu orgulho de ser mãe do Salvador, expôs-Lhe a situação: “Não tem vinho” (Jo 2.3), ao que lhe respondeu o Senhor: “Mulher, que tenho eu contigo?...” (Jo 2.4). O vinho era algo essencial naquela festa, visto que, na Bíblia, o vinho é apresentado como símbolo da alegria (Ec 10.19); logo, que significado teria aquela festa sem algo de extrema importância para eles? Aqui, lemos o Divino Mestre diante de uma circunstância. Paulo exalta a bendita Pessoa de Cristo como a “imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15), sim, aquEle que “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17). Esse mesmo Cristo, a Quem o apóstolo Paulo O personifica dessa forma, é quem conhece as dores da alma, quando feridas são geradas pelas aflições da vida. Passamos por reveses a ponto de sufocar nossos objetivos, calar a voz da nossa convicção, e minguar a nossa fé em Jesus Cristo; e pensamos que Ele não está nos vendo, mas, a Palavra de Deus nos assegura que não é exatamente assim. O vinho da alegria está faltando em nossa vida para nos fazer recuperar o sorriso outra vez, porém, tudo está diante dEle, tudo Ele vê, tudo Ele sabe, tudo se sucede perante Seus olhos (Pv 15.3; Hb 4.13), e é conhecedor da angústia que assola o nosso coração.
Uma outra passagem bíblica muito marcante em João é o capítulo 6; entrando os discípulos no barco para ir em direção a Cafarnaum, assoprava um grande vento, causando nos discípulos grande temor. Então, viram que Jesus estava andando sobre o mar para ir ao encontro dos Seus primeiros seguidores, O evangelista não diz que Jesus repreendeu o mar, mas dá-nos a entender que pelo meio do mar Ele estava andando. Vemos aqui o Senhor dos senhores passando pelo meio da circunstância. Nos terríveis mares das incertezas, pelos quais, nosso barco está sujeito a quebrar, não é diferente. Às vezes Deus não nos isenta de grandes provações, contudo, nos dá graça para triunfarmos sobre as mesmas. Ele nunca nos deixa só, pelo contrário, podemos contemplá-Lo pela fé no meio de nossas vicissitudes, de nossos devaneios, vindo ao nosso encontro para nos dá a certeza da Sua presença.
O mais marcante de tudo é exatamente a crucificação do Salvador; por que não dizer desde o momento em que, agonizantemente, orava no Getsêmani até as horas cruciantes pendurado no madeiro contemplando a extrema incredulidade de seus conterrâneos segundo a carne. São notórias as palavras do apóstolo amado: “Deus amou o mundo...” (Jo 3.16), e por Ele amar o mundo confiou a Seu Filho amado a árdua missão de viver em Si o glorioso e inefável plano da redenção. Nas ruas de Jerusalém estar um homem a andar. Algo mui pesado levando em suas costas (Jo 19.17), sim, a cruz. Mas, somente a cruz? Não carregava sobre Si algo mais além? Sim, as nossas iniqüidades, as nossas dores, “o castigo que nos traz a paz” (Is 53.3-7). Mais pesado que a cruz: nossos pecados! Mais agonizante que as dores dos cravos e dos espinhos: a dor de ser menosprezado! Mais inesperado que as horríveis torturas de seus algozes: a traição de um dentre seus amigos! Quem passaria por isto? Aqui, o Senhor Jesus não viu a circunstância, nem passou pelo meio dela; pelo contrário, Ele viveu esse sofrimento, Ele sentiu em sua alma; e para vergonha do adversário de nossas almas e alegria da nossa salvação triunfou sobre tudo isto libertando-nos da condenação eterna, para a qual, estávamos destinados.
Em momentos que passamos por um profundo vale, atravessamos um grande deserto e enfrentamos revoltosas tempestades da vida, a solidão é qual um manto grosso que tenta nos envolver. Nossos amigos só podem nos aconselhar, nos encorajar com belas palavras de estímulo, porém, não passam pelos problemas que nós passamos. Incompreensão parece preencher as lacunas vazias de nossas vidas. Mas, Jesus passou pelo que passamos, sentiu o que, às vezes, sentimos e, por isso, Se apresenta como o Verdadeiro, Incomparável e Único Amigo que pode nos ajudar em tudo e manifestar a Sua destra consoladora e fortalecedora sobre nós.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Que buscais? Jo 1.38

Em um mundo como este em que vivemos, cheio de vícios e pecados, servir a Deus com sinceridade tem se tornado um grande desafio para quem, verdadeiramente, renuncia a si mesmo para seguir, diligentemente, a Cristo. Muitos estão em busca de seus objetivos; traçando seus próprios planos, visando seus próprios interesses, porém, se esquecendo do propósito maior: buscar a Deus enquanto se pode achar (Is 55.6).
A descendência de Abraão, nos áureos tempos da manifestação do Verbo Vivo, mesmo vivendo em comunidade, divergiam-se no tocante ao advento do Messias. Uns aguardavam a vinda de um Messias político, que viria para reformar a nação e ainda favorecer somente os nobres. Outros esperavam que Ele viesse redimir a Israel de suas iniquidades. Entre esses tais estavam os dois discípulos de João Batista (André e certamente João, o filho de Zebedeu), os quais, ouvindo sobre o "Cordeiro de Deus" (Jo 1.29,36), "seguiram a Jesus" (Jo 1.37). Na Sua trajetória, Jesus percebe que dois varões O seguem, e, voltando-se para eles, pergunta-lhes: "Que buscais?" (Jo 1.38). O Divino Mestre não perguntou a quem estavam buscando e sim sobre o que estavam buscando. Em outras palavras, o Senhor estava querendo dizer: "O que exatamente querem da vida de vocês?", " Tem certeza do que estão procurando?", "aquilo que procuram significam muito pra vocês?".
Que buscais? É a indagação daquEle que nos amou primeiro, derramando Seu sangue em favor de nós. Que buscais? O que Jesus significa para mim? O que significa ser crente para mim? Que buscais? É o maior propósito do meu coração servir, com amor, ao Senhor? Com sua voz troveja Deus ao longo dos séculos dizendo aos homens: que buscais? Qual é o teu propósito para comigo?
Em tempos que o amor de muitos está se esfriando (Mt 24.12), o Bondoso Salvador ainda insiste em perguntar: Que buscais? O que, realmente, você quer da sua vida?
Estejamos certos acerca de nossas perspectivas no que tange ao Rei Eterno servindo-O incondicionalmente; como Abel, oferecendo ao Senhor as nossas primícias, como Abraão colocando o nosso Isaque no Altar e como Davi, ofertando ao seu Deus algo que tenha valor, porquanto, são dessas coisas que o Senhor Se agrada.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Orando sem cessar

Conta-se uma lenda de que, na, Região Central da África(Incerto o País), havia um jovem africano, crente, servo de Deus, porém, não gostava muito de congregar tampouco dava importância a oração. Contudo, seu maior anelo era morar nas fronteiras de Moçambique, do que não tinha condições para tal. Mas, Tomado por esse grande desejo, resolveu percorrer as Matas Africanas, o que assim fez. Não hesitou, tendo arrumado suas coisas para as levarem consigo, partiu. E isso já no crepúsculo da tarde até o sol se pôr e não haver claridade para ele então discernir o caminho.
Tendo já chegado a noite, aquele jovem tão incauto, achava-se ofegante, não obstante a escuridão da noite, ele deparou-se com um animal, que, logo, concluira que era um leão. Imediatamente esse jovem se ajoelhou e orou como nunca havia orado em toda a sua vida de cristão. Curioso, abriu um de seus olhos e viu que o leão também estava de joelhos com suas patas dianteiras juntas uma na outra, orando.
Logo, o rapaz ficou corajoso e, apontando o dedo para aquele animal corpulento dizendo: "muito bem seu leão!!! Fico feliz em saber que o senhor também é crente!!! Ao que o leão lhe respondeu: "Não sou crente coisa alguma, a verdade é que eu costumo fazer as minhas orações antes das refeições!!!"
O resultado, todo mundo sabe...
À semelhança desse personagem, muitos procuram a Deus somente em momentos de crises e de adversidades, quando ele pode gozar de boas relações com o seu Criador mesmo quando tudo possa caminhar bem. É notório que muitos, dentro da casa de Deus, vivam a mesma condição que esse jovem africano, lembrando-se do Senhor apenas na hora do aperto e dEle se esquecendo nos bons momentos da vida, o qual Ele nos proporciona. Na sua primeira carta aos Tessalonicensses, Paulo diz: "Orai sem cessar". É preciso buscar a Deus, é tempo de buscar a Deus; de servi-Lo não importando os montes ou os vales da vida, pelos quais, importa que devamos passar.
O crente ora para ter comunhão com Deus, ele ora porque necessita de Deus, ele ora porque não é nada sem Deus e nem pode vencer sem a presença de Deus. Oração a todo o instante. Não estamos falando de fanatismo, nem tampouco de excesso de religiosidade, pelo contrário, estamos falando do que profetizou Isaías: "Buscai ao Senhor enquanto Se pode achar..." (Is 55.6).
Caro Leitor, esta é a verdade bíblica que deve ser praticada por todo o que se julga filho de Deus. Oremos, oremos, oremos!!! Necessitamos, necessitamos, necessitamos!!! Sim, de estar constantemente "ante o trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar graça para sermos ajudados em tempo oportuno" (Hb 4.16).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma Liderança de Sucesso

Quando o assunto é liderança, à luz das Escrituras Sagradas, entendemos que o termo em destaque repercute desde os alvores da criação. Ao criar o homem, o Senhor lhe diz as seguintes palavras: “Dominai a terra” (Gn 1.28). Vemos o Criador impondo a criatura racional a capacidade de liderar, chefiar, enfim, usar da autoridade por Ele conferida.
Daí por diante, o termo “líder” ecoa por toda a Bíblia Sagrada, quer seja no Velho ou no Novo Testamento.
Por se tratar de liderança cristã, a Bíblia nos dá exemplo de liderança e de um líder, tendo como base princípios que vão reger determinada tarefa em todos os seus aspectos. Ninguém assume tal dever se não tiver convicção; ela é a chave das atitudes positivas e a mola propulsora dos bons êxitos. A falta de convicção leva-nos ao desânimo, as incertezas e, consequentemente, ao fracasso.
Vendo que o Senhor lhe tinha dito que livrasse o Seu povo dos seus inimigos, Gideão recorre ao Senhor pedindo-Lhe uma prova se verdadeiramente Ele o escolhera para livrar a Israel dos seus opressores. A prova era: um velo de lã na eira; se nesta não houvesse orvalho senão apenas no velo de lã, logo concluiria que o Senhor o havia chamado para aquele determinado fim. “E assim sucedeu” (Jz 6.38), pois o Senhor fez cair em evidência o que o Seu servo tinha pedido. Isso motivou Gideão a ter plena convicção no chamado de Deus na sua vida, obedecendo fielmente ao Senhor dos Exércitos.
O perfil biográfico de Neemias é um reflexo das verdadeiras modalidades de um líder cristão face às atitudes que lhe são peculiares. Através desse exemplar servo de Deus, aprenderemos as características que destacam um autêntico líder cristão:
1) Neemias demostrava interesse pela situação – Ao chegar seus conterrâneos, Neemias indaga os mesmos acerca da situação de Jerusalém (Ne 1.2). Não foram seus irmãos que logo lhe informaram da tão grande penúria em que se encontravam os filhos de Israel, mas, Neemias, é quem faz uso da palavra procurando saber a condição da cidade de seus pais. O interesse precede o compromisso. Nenhum líder desinteressado pela causa se comprometerá em cumpri-lá adequadamente; cabe ao líder cristão, o interesse, a dedicação naquilo que está posto ao seu alcance fazer. Cabe, neste contexto, o trecho bíblico que diz: “Tudo quanto te vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças... “ (Ec 9.10).
2) Neemias demonstrava sensibilidade pela situação – “E sucedeu que,ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei-me por alguns dias...” (Ne 1.4a). A sensibilidade é irmã gêmea da compreensão. Foi o que levou esse destemido servo de Deus a derramar lágrimas por algo que para ele muito significava. Se não demonstrarmos sensibilidade cristã naquilo que compromete a nossa função de líder cristão, seremos líderes apenas de título e nunca pelas suas evidências. É notório em nossos dias líderes cristão à mercê do ridículo em virtude da sua inflexibilidade e frieza de espírito.
3) Neemias demonstrava espiritualidade pela situação – “... e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus” (Ne 1.4b). Em meio a tantas preocupações, Neemias se lança ao uso de duas grandes ferramentas espirituais: jejum e oração; se o líder cristão se mostrar negligente a essa coisas sempre será vencido pelo desespero, pelas incertezas, em decorrência dos muitos problemas que surgem. Líder que é verdadeiramente cristão é líder que sabe interceder e usa de abnegação nas funções que lhe são conferidas. De nada adiantará o lado moral se não houver o espiritual. Liderança cristã de sucesso é aquela que está sob orientação divina, se a isto o líder se aplicar.
4) Neemias demonstrava compassividade pela situação – (Ne 1.6). O termo compassividade se compatibiliza com esta condição; na sua oração intercessória, ele não denuncia somente os pecados do povo (“eles pecaram”), pelo contrário, ele se inclui na sua própria oração colocando-se na mesma condição que eles: “... pecamos contra ti” (Ne 1.6), “... nos corrompemos contra ti, e não guardamos os teus mandamentos...” (Ne 1.7). Esta é uma das grandes manifestações do verdadeiro cristianismo: o de não apontar os erros de outrem senão reconhecer primeiramente os seus. Há quem use o “eu” para motivo de vanglória, porém, Neemias é o tipo do eu cristão: “Também eu e a casa de meu pai pecamos” (Ne 1.6).
Neste presente contexto analisado, destaca-se a sinceridade de Neemias consigo mesmo e com seu próximo, tudo contribuindo em favor de socorrer seus irmãos que estavam carecendo de auxílio humano e espiritual.
Liderança cristã é responsabilidade, compromisso, questão de prudência e acima de tudo temor a Deus pedindo sabedoria e graça em todos os seus procedimentos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Aprendendo a confiar em Deus

Há dois séculos atrás permeiou por essa terra um homem chamado Jorge Muller, conhecido como "o apóstolo da fé"; homem de extrema confiança em Deus, que não fitava seu olhar nas dificulades senão no Todo-Poderoso. Comunhão com Deus para ele era sinônimo de vida vitoriosa em meio as escabrosidades do dia-a-dia.
Ocorreu um certa vez, desse homem de Deus atender a um convite para pregar a Palavra do Senhor em Toronto, Canadá. E como naquele tempo os navios eram embarcação a vela, demorava semanas ou até meses para chegar ao local de destino. E, neste tipo de embarcação estava Muller já de prontidão para atender o convite que lhe fora feito. No sábado daquela mesma semana em que ele havia embarcado precisava estar no Canadá. Como?
Pois grande era a neblina; a viagem demoraria meses. E importava muito para Jorge Muller estar em Toronto sem falha. Mas, vale a pena salientar aqui que, apesar de tudo, esse fervoroso homem de Deus manteve a sua fé inabalável; estava crendo que chegaria lá custe o que custasse!
Logo, Muller chegou ao comandante do Navio (que também era crente) e disse:
- Senhor Comandante, preciso estar em Toronto, no Canadá neste sábado sem falta.
- Impossível! Exclamou o Comandante.
- Pois bem, disse Muller, já que por esse navio não dá, o meu Deus providenciará um outro jeito de chegar lá.
- Como dizes isso? Não vês essa neblina? Indagou o Comandante.
- O senhor está olhando para a neblina, mas os meus olhos estão voltados para o meu Deus, o Qual, governa todas as circunstâncias da minha vida.
E prosseguiu Muller dizendo:
- Vamos orar senhor Comandante para que o Senhor retire esta neblina, eu preciso estar aonde eu devo estar!
Admirado com isso, o Comandante pensou consigo mesmo: De qual setor de doidos escapou este?
E, ainda admirado, ficou olhando aquele piedoso homem procurar um lugar para se ajoelhar e ali orar ao Deus do Céu. E quando se ajoelhou fez uma oração muito simples, como de uma criança que tem mais ou menos oito ou nove anos; orou assim:
- Deus, preciso estar em Toronto, no Canadá, sem falta, creio que seja a Tua vontade; retira esta neblina dentro de cinco minutos.
Vendo isso, o Comandante queria se ajoelhar para orar também, contudo, Muller se levantou e pôs a sua mão no ombro dele, dizendo:
- Não adianta mais o senhor orar nisso; primeiro, o senhor não crê que Deus vai fazer, segundo, eu creio que o meu Deus já fez! Levanta, senhor Comandante e abra cortina e verá que a neblina já desapareceu.
Curioso, ele se levantou para ver, e, grande foi o espanto quando abriu a cortina e a neblina já se havia desaparecido. E Jorge Muller estava sábado pregando no Canadá.
Muitas vezes, nos portamos como este homem, olhando para a neblina da vida, deixando de confiar no Deus do impossível. Sejamos confiantes em Deus não importa a crise a enfrentarmos, as dificulades, seja o que for. Jesus ainda está dizendo: "A minha graça te basta" (2 Coríntios 12..9); com essa tão grande riqueza chamada graça de Deus, venceremos, triunfaremos, prevaleceremos, pois, "maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4).