Há dois séculos atrás permeiou por essa terra um homem chamado Jorge Muller, conhecido como "o apóstolo da fé"; homem de extrema confiança em Deus, que não fitava seu olhar nas dificulades senão no Todo-Poderoso. Comunhão com Deus para ele era sinônimo de vida vitoriosa em meio as escabrosidades do dia-a-dia.
Ocorreu um certa vez, desse homem de Deus atender a um convite para pregar a Palavra do Senhor em Toronto, Canadá. E como naquele tempo os navios eram embarcação a vela, demorava semanas ou até meses para chegar ao local de destino. E, neste tipo de embarcação estava Muller já de prontidão para atender o convite que lhe fora feito. No sábado daquela mesma semana em que ele havia embarcado precisava estar no Canadá. Como?
Pois grande era a neblina; a viagem demoraria meses. E importava muito para Jorge Muller estar em Toronto sem falha. Mas, vale a pena salientar aqui que, apesar de tudo, esse fervoroso homem de Deus manteve a sua fé inabalável; estava crendo que chegaria lá custe o que custasse!
Logo, Muller chegou ao comandante do Navio (que também era crente) e disse:
- Senhor Comandante, preciso estar em Toronto, no Canadá neste sábado sem falta.
- Impossível! Exclamou o Comandante.
- Pois bem, disse Muller, já que por esse navio não dá, o meu Deus providenciará um outro jeito de chegar lá.
- Como dizes isso? Não vês essa neblina? Indagou o Comandante.
- O senhor está olhando para a neblina, mas os meus olhos estão voltados para o meu Deus, o Qual, governa todas as circunstâncias da minha vida.
E prosseguiu Muller dizendo:
- Vamos orar senhor Comandante para que o Senhor retire esta neblina, eu preciso estar aonde eu devo estar!
Admirado com isso, o Comandante pensou consigo mesmo: De qual setor de doidos escapou este?
E, ainda admirado, ficou olhando aquele piedoso homem procurar um lugar para se ajoelhar e ali orar ao Deus do Céu. E quando se ajoelhou fez uma oração muito simples, como de uma criança que tem mais ou menos oito ou nove anos; orou assim:
- Deus, preciso estar em Toronto, no Canadá, sem falta, creio que seja a Tua vontade; retira esta neblina dentro de cinco minutos.
Vendo isso, o Comandante queria se ajoelhar para orar também, contudo, Muller se levantou e pôs a sua mão no ombro dele, dizendo:
- Não adianta mais o senhor orar nisso; primeiro, o senhor não crê que Deus vai fazer, segundo, eu creio que o meu Deus já fez! Levanta, senhor Comandante e abra cortina e verá que a neblina já desapareceu.
Curioso, ele se levantou para ver, e, grande foi o espanto quando abriu a cortina e a neblina já se havia desaparecido. E Jorge Muller estava sábado pregando no Canadá.
Muitas vezes, nos portamos como este homem, olhando para a neblina da vida, deixando de confiar no Deus do impossível. Sejamos confiantes em Deus não importa a crise a enfrentarmos, as dificulades, seja o que for. Jesus ainda está dizendo: "A minha graça te basta" (2 Coríntios 12..9); com essa tão grande riqueza chamada graça de Deus, venceremos, triunfaremos, prevaleceremos, pois, "maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4).
Há muitos aspectos a se destacar nesta história.
ResponderExcluir1º Orar como criança, não é pelo muito falar, mais pela sinceridade na oração.
2º A confiança, ou você acredita ou não acredita, o talvés retira de nós a unção da graça de Deus.
3º Qual é a neblina que nos impede, se este homem de Deus recebeu a sua graça é certo que receberemos a nossa quando tivermos a mesma fé.