Dois homens, que não se conheciam, estavam viajando de
avião, com destino a uma mesma cidade, em poltronas contíguas.
Lá pelas tantas começaram a conversar. Após as preliminares
usuais, um deles perguntou:
- Está indo à serviço ou à passeio, meu amigo?
- Nem um coisa nem outra. É uma
"bronca" antiga.
- "Bronca"?
- Sim, tive uns probleminhas com a lei, no passado... mas não dá nada, não!
- "Bronca"?
- Sim, tive uns probleminhas com a lei, no passado... mas não dá nada, não!
- O que você fez contra a lei?
- Homicídio.
- Vai à julgamento?
- Sim, mas estou tranqüilo.
- Legítima defesa?
- O meu advogado vai alegar isso, mas, na verdade, não
foi bem isso não. Mas, tudo vai acabar, bem. Afinal, faz tanto tempo que isso
aconteceu que o caso já está quase prescrevendo!
- Desculpe-me dizer, mas estou te achando tranqüilo demais. Se fosse comigo,
acho que eu estaria morrendo de medo.
- Que nada... Estou tranquilo porque a
maioria destes casos acaba em "pizza".
- Não é bem assim, tem muita gente atrás das grades.
- É gente pobre; neste país
só vai preso quem é pobre, o que não é o meu caso.
- Não é bem assim, meu amigo, as coisas estão mudando, tem muito rico preso
também.
- Deve ser rico burro. Basta ter bons advogados.
- Não é bem assim, meu amigo, até quem tem bons advogados pode acabar na
cadeia.
- Meus advogados são espertos. Se a coisa complicar, eles "compram"
o juiz. Todo juiz tem seu preço.
- Será, meu amigo? Tem juíz que não se corrompe...
- Não esquenta, não! Vou sair
daquele tribunal pela porta da frente, de cabeça erguida.
Neste ponto a conversa foi interrompida pela voz do
comandante da aeronave, pedindo que todos apertassem o cinto, para a
aterrizagem.
Já no saguão do aeroporto, como geralmente acontece nestas
situações, ele se despediram e desejaram sorte um para o outro, imaginado que
nunca mais iriam se ver, mas o destino tinha uma surpresa para eles, pois, logo
no dia seguinte, eles se encontraram novamente, lá no tribunal.
Um, na condição de réu.
O outro, na condição de juiz.
"Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado" - Mateus 12.37
O outro, na condição de juiz.
"Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado" - Mateus 12.37
Fonte: www.jorgianecarvalho.blogspot.com
Meeeeeeuuuu Deeeeuuuusss. E agora? Não sei lidar com isso. O que aconteceu depois? Ansiosa pela continuação da história. 😍
ResponderExcluirNossa 🙀👏👏👏👏
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