O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância (Jo 10.10)
Ficamos surpreendidos ao depararmos com a velocidade da luz, do percurso da corrente elétrica atravessando um fio condutor ou mesmo de outros fenômenos cujas peculiaridades nos causam admiração, às vezes, ao extremo. Nos admiramos com a velocidade de uma notícia veiculada pelas redes sociais, onde, um fato alarmante, ocorrido do outro lado do planeta, chega até nós com tanta facilidade em caráter repercussivo. Muitas vezes, não reparamos como o mal se acerca de nós, no começo, se avizinhando na doçura do mel, e no final, na amargura do fel, ou seja, estrategicamente destrutivo. O mal, em certos aspectos, é atrativo, aparentemente bom, mas, essencialmente maléfico; dois grandes versículos, entre muitos outros, acentuam esta verdade, sendo o primeiro o que está escrito na primeira carta aos Tessalonicenses: "Abstende-vos de toda aparência do mal" (1 Ts 5.22), ou seja, sua aparência pode mostrar ser bom, benéfico, mas, sua essência, é nocivo e um agravo ao ser humano em todos os seus aspectos. Segundo, o escritor sagrado da carta aos Hebreus assim nos diz: "... deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia..." (Hb 12.1). Veja bem: TÃO DE PERTO. Não está longe, para nos acharmos seguros em nós mesmos, na vantagem de que nunca cairemos, mas, TÃO DE PERTO, para encontrarmos segurança naquEle que, sendo, tentado, pode nos socorrer na hora da tentação e da aflição (Hb 2.18; 4.15).
João, o apóstolo amado, registra as palavras do Senhor Jesus, dizendo que o ladrão não vem senão a "roubar". Primeiramente, roubar, depois, matar e, finalmente, destruir. Essa tríplice ação do Diabo mostra sua astúcia em destruir os homens, afastando-os cada vez mais do Criador. Por astúcia entendemos como "habilidade em enganar", "Esperteza inclinada para a maldade", lembrando o passarinheiro que, com inteligência, arma sua arapulca, seu laço, para deter nelas a sua vítima. A desvantagem do mal é que ele não é crescente, mas, decrescente, conforme descreve o profeta Isaías acerca da queda do querubim ungido: "E tu dizias no teu coração, Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (Is 14.13-15). O grande mentor do mal e o primeiro pecador da história, o Diabo, propôs no seu coração "subir", porém, foi levado ao mais "profundo do abismo", ou seja, desceu em razão de sua soberba. O mal é decrescente, quem usa dele para tentar subir desce ao mais baixo escalão da miserabilidade humana. Fica o alerta bíblico: "Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem" (Rm 12.9).
Disse Jesus: "O ladrão não vem senão a roubar...". Ele estava no Éden, roubou do primeiro casal a convicção da Palavra de Deus, distorcendo-a (Gn 2.16,17; 3.1-6), digamos, tentando mudar a verdade de Deus em mentira, levando o primeiro casal ao pecado contra Deus. Este roubo culminou na morte do primeiro casal em caráter: espiritual, ou seja, separados de Deus; e moral, isto é, separados da vida de Deus, da justiça e da santidade (Ef 4.24), gerando um efeito destrutivo.Que a maldade percorre um ritmo acelerado isso está comprovado em várias passagens das Escrituras: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra..." (Gn 6.5); "... e encheu-se a terra de violência" (Gn 6.11). Do mesmo modo como a violência encheu o coração do que, outrora, era anjo de luz, na eternidade passada (Ez 28.16), agora, permeia o mundo habitável dos homens, numa velocidade sem precedentes.
Isso se reflete na sociedade? Assustadoramente sim. Com proporções maiores que no passado, pois, ela não se soma, nem se subtrai, mas SE MULTIPLICA (Mt 24.12). Quando olhamos para o que se passa na Televisão, concluímos que a degradação moral é uma constante nos dias atuais. A bondade passa a ser uma mera roupagem, um disfarce, uma camuflagem que procura esconder a maldade penetrada no mais íntimo do coração do homem. A suposta luta defensiva dos valores morais e justos é uma forma de não transparecer o egoísmo desenfreado, a loucura humana embasada na exaltação do "eu", e muitas outras coisas calamitosas que traz ao mundo sem Deus, insegurança e assombro e à Igreja do Senhor Jesus um grande alerta da realidade do pecado, percorrendo velozmente o mundo do coração dos homens e um estímulo à evangelização deste mundo desviado de Deus, arraigados na mentira, na contradição e distantes da Verdade do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Senhoras e senhores, este é o mal que percorre uma velocidade assombrosa! Que induz e conduz a humanidade na avenida do pecado, uma estrada sem sinalização, escura, aterrorizante, e só a Igreja pode freá-los com a pregação do genuíno Evangelho de Cristo e o poder do Espírito, pois ela não apenas mostra a Luz, ela é a LUZ (Mt 5.14; Fp 2.15). Aleluia!
forte em ! verdade
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