sábado, 19 de novembro de 2016

10 RAZÕES PORQUE DEVO OBEDECER AO MEU PASTOR - HB 13.17

Muitos professos da fé em Cristo perecem pela falta de conhecimento (Os 4.6; ver Is 5.13). Não congregam, não dizimam, não contribuem com nada em favor do Reino de Deus porque, na verdade, não amam ao Deus do Reino. E o pior de tudo é que acham que podem se prevalecer em assuntos concernentes a Obra de Deus e, na verdade, não passam de incompetentes desvairados, desprovidos de virtudes preceituadas pelas Escrituras Sagradas, a inspirada e infalível Palavra de Deus.
Não raro, acham também que não devem obedecer às autoridades eclesiásticas, os pastores, chamados por Deus e convencionados pela Igreja, e fazem o que querem da sua vida, achando que, com isso, estão agradando a Deus. Mas, observando o princípio lógico e, sobretudo, a Sagrada Escritura, veremos as razões porque devemos obedecer aos nossos pastores.
1.     Toda instituição, todo comércio ou qualquer outro tipo de entidade necessita de uma liderança debaixo de cuja batuta se rege todo o andamento da instituição estabelecida. A própria lógica exige o princípio da boa ordem, especificamente em caráter hierárquico. O mesmo caso se aplica à Igreja. O que é um rebanho sem pastor? Como se conduzirá?
2.     Biblicamente falando, Jesus Cristo é o “Sumo Pastor” das ovelhas (1 Pe 5.4). Deduzimos desta passagem que Jesus Cristo é o “Pastor Chefe”, ou seja, o Pastor em escala maior, debaixo de cuja autoridade estamos. Desta forma, quem diz não obedecer ao pastor local de uma Igreja, ainda não teve um relacionamento com o “Sumo Pastor” de toda a Igreja e não O conhece. Ainda vive na ignorância e não conhece a Verdade do Evangelho. Alguém que diz que não precisa de pastor para obedecê-lo, estar se desfazendo da Pessoa e Obra do Senhor Jesus Cristo, o Pastor por Excelência.
3.     O escritor sagrado da carta aos Hebreus diz claramente: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles...” (Hb 13.17). Analisando o caso por etapa, concluímos que em Hebreus capítulo 13 temos uma série de recomendações deixada pelo hagiógrafo. A maneira incisiva e prática com que escreve estas recomandações revela: a) a preocupação do escritor com os irmãos hebreus: “Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação...”; b) provavelmente pelo fato dele estar prevendo o seu martírio: “... porque abreviadamente vos escrevi” (Hb 13.22). Logo, Hebreus 13.17, consoante a obediência aos nossos pastores, se trata de uma recomendação;
4.     O termo “obedecei”, no original, significa “seguir”, com o sentido de “dar ouvidos” (ver At 5.36). Outrossim, ela abarca a ideia de “persuasão”, na voz passiva, deixar ser persuadido. Também com o significado “confiar”, “sentir-se assegurado”  (Rm 2.19; 2 Co 2.3). Em outras palavras, devemos “obedecer confiantemente” aos nossos pastores, pois, do mesmo modo como o Senhor da Igreja confiou a eles este encargo, devemos obedecer aos mesmos como fiéis ministros da Casa do Senhor;
5.     O pronome possessivo “vossos” dá mais ênfase ao assunto supra analisado. Quem são os pastores? São aqueles q ue cumprem as palavras do Apóstolo Paulo: “... mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus (2 Co 8.5). “depois a nós” dá sentido a palavra “vossos” em Hebreus 13.17, pois, se são “nossos pastores”, são nossos porque foram dados por Deus, cabendo a nós obedecê-los como quem obedece diretamente ao Senhor;
6.     O termo “pastores”, no original, aparece com a ideia de “liderar”, “comandar”, “ordenar”, “ir à frente”, “mostrar o caminho”. O termo é usado para referenciar pessoas que exercem um dado grau de influência e de autoridade (ver Lc 22.26; At 15.22). Ainda o termo é aplicado a Cristo como o Messias, explicando o cumprimento da profecia de Miquéias 5.2 (Mt 2.6). Devemos obedecer aos  nossos pastores porque Deus os elegeu para exercer autoridade sobre o Seu povo. Deus os ordenou para “comandar”, “ordenar”, “tomar a frente”, “conduzir” com autoridade por Ele mesmo outorgada;
7.     “... e sujeitai-vos a eles...”. No original, sujeitar tem o sentido de “render”, “ceder”, “submeter”. Isto implica reconhecimento da autoridade conferida a alguém. Render-se a Deus significa reconhecer Sua grandeza, soberania, Sua infinita e excelsa majestade. Render-se aos nossos pastores significa reconhecer o seu dever de zelar do rebanho, o seu chamado da parte de Deus de supervisionar, cuidar e alimentar o rebanho de Cristo com a Palavra da Verdade, a Sã Doutrina;
8.     O mesmo apóstolo Pedro que disse: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29), também escreveu em sua carta: “Sujeitai-vos, pois, a toda ordenança humana por amor do Senhor; quer ao rei como superior; quer aos governantes, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem” (1 Pe 2.13,14). Veja bem: “a toda ordenação HUMANA”. Os ignorantes, “metidos a sabedores” deveriam conhecer esta verdade bíblica. Devemos obedecermos e sujeitarmos a toda ordenação humana, pois, esta foi constituída pela ordenação DIVINA. Se não obedeço a ordenação da terra, como obedecer a ordenação dos Céus?
9.     Deus é o primeiro e maior exemplo nas Escrituras acerca do respeito às autoridades. Aquele que tem o poder para dar e para tirar, para constituir e para destituir deixou patente nas Páginas Sagradas este grande exemplo. Quando o Senhor ordenou a Moisés que tirasse aos filhos de Israel do Egito, o enviou dizendo: “Vai, ajunta os anciãos de Israel, e dize-lhes...” (Êx 3.16). Os “anciãos”, aqui, não são somente os varões de avançada idade, mas também de posição privilegiada entre o povo hebreu, mostrando certa influência no meio deles. Logo, a boa nova de libertação da escravidão, antes de ser dirigida a toda a nação hebreia, seria primeiramente endereçada aos “anciãos” do povo. O Deus vivo, verdadeiramente Deus, um exemplo de respeito às autoridades. E nós? Estamos seguindo este exemplo?
10.   Interrogado pelos fariseus acerca do tributo pago a César, prontamente o Filho de Deus, a Sabedoria Personificada do Altíssimo, lhes responde: “Daí, pois, a César, o que é de César e a Deus, o que é de Deus” (Mt 22.21). Quem era César? Um homem impiedoso, desprovido de temor a Deus e investido de crueldade e insanidade moral. Contudo, o Divino Mestre não olha para a figura do César, mas, para a autoridade, da qual, ele estava investido. Se Deus, que tem o poder para dar e tirar, que estar acima de tudo e de todos, é o maior exemplo de respeito às autoridades, quanto mais nós que estamos debaixo dela, não devemos nós obedecê-los também?


Para encerrar: nunca colocamos pretexto para obedecer aos nossos patrões no nosso local de trabalho. Às vezes é um reclamão, com a boca cheia de palavrões e um zombador de primeira categoria. Sem olhar para isso, o obedecemos. Mas, colocamos tanto pretexto para obedecer os nossos pastores que pregam a verdade, nos exorta e nos corrige para o nosso bem. Devemos sempre nos lembrar que a Igreja é formada de seres humanos e não de anjos. Somos todos rodeados de fraquezas. Quem conhece as Escrituras, sabe se conduzir prudentemente, reconhecendo o princípio da obediência às autoridades delegadas por Deus.

2 comentários:

  1. Quero parabenizar a Clenio Daniel, pela excelente postagem.
    Reconheço e respeito a posição, Bíblica e expositiva, com que o autor teve o cuidado de lidar.
    Mas, sei também, neste presente seculo, uma certa dificuldade para depositar toda nossa confiança nos pastores, E isto se deve as enchorradas de mau testemunhos que muitos estão dando,.... Existe muita exploração, aproveitadores da fé, engação e etc, por parte de muitos pastores.
    Acredito que nunca na historia o nome de pastor, foi tão desacreditado.
    Mas gostei tanto da postagem, que com vossa permição estarei compartilhando.

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    1. Fique à vontade, meu companheiro, fique à vontade. O importante é que a verdade seja dita, para honra e glória do Senhor Jesus Cristo. Conte com minha parceria! Juntos, em prol do Reino de Deus!

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