terça-feira, 13 de setembro de 2016

A História De Um Povo Redimido

Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela – Mateus 16.18 



A história da Igreja é a mais bela de todas as outras que se possa ouvir. Não há nada que se possa igualar à trajetória do povo de Deus na face da terra. Com razão disse o salmista: “o caminho de Deus é perfeito...” (Sl 18.30). Caminhos são muito mais que vias de acesso, são o assinalar dos propósitos de Alguém que sabe exatamente o que faz com toda a isenção de erros, de falhas, pois, tudo encaminha para uma exclusiva finalidade.
É admirável como a promessa do Senhor Jesus se cumpre literalmente desde o momento inaugural da Igreja até os nossos dias. Vejamos passo a passo. A maior de todas as promessas, a maior de todas as instituições (a Igreja), o maior de todos os homens (o Senhor Jesus), o maior de todos os combates e o maior antagonista de todos os tempos. Com clareza o Senhor disse: “... e as portas do inferno não prevalecerão...”. A fúria dos Césares da grande Roma não era nada comparada as hostes infernais que se insurgiria contra os eleitos do Altíssimo. Reis, imperadores e poderosos desta terra não eram senão instrumentos do Maligno no afã de estagnar a marcha da Igreja que prosseguia “para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).

Não há combate maior do que este! Da mesma forma como nunca houve nem tampouco haverá tão grande prova de amor como a do nosso Deus, que nos amou “de tal maneira” (Jo 3.16). Quem pode explicar isso? Quem pode entender tamanho amor? Por acaso foi em vão que o apóstolo chamou isso de “mistério da piedade” (1 Tm 3.16)? Por “mistério” entende-se tudo aquilo que é inconcebível à razão humana, aquilo que sobrepassa os limites do conhecimento humano; não, não foi em vão: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade...”. É grande, inexplicável, imensurável e incomensurável. A história pujante da Igreja do Senhor Jesus gira em torno da sublimidade da Sua missão redentora, do Seu sacrifício inexaurível. Um dia, no passado imemoriável, aquEle que sonda todas as coisas e conhece o fim desde o princípio previu a queda do homem, o que de fato, aconteceu (Gn 3). É de se pensar que com isso, o diabo tenha “passado a perna” em Deus, vencendo-O. O homem pecou. E agora? Acontece que somente Deus possui o atributo da onisciência, tudo sabe, tudo conhece e nada escapa ao Seu saber e se assim não fosse, então poderíamos dizer “um ponto para o Diabo, zero para Deus”. Porém, o diabo nunca saiu do “zero”, e o Deus vivo, verdadeiro e onisciente sempre vencendo, mostrando a eficácia dos Seus propósitos.

O Santo Cordeiro de Deus “que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8; ver Hb 9.26), no eterno desígnio de Deus, vindo na “plenitude dos tempos” (Gl 4.4), deu a Sua vida por nós. De tal maneira Ele a Si mesmo se esvaziou (Fp 2.6), de tal maneira Ele agradou ao Pai (ver Jo 8.29) e de tal maneira Se entregou por nós. Esta é a razão porque a Igreja jamais deve pensar em retroceder. A história da Igreja é, antes de tudo, a história de seu Redentor e Salvador. Uma história de renúncia, uma história de sofrimento, de sangue derramado, porém, uma história promitente, pois faz o homem redimido olhar para a Eternidade mesmo estando, por um pouco de tempo, aquém de seus valores.
Muitos são os relatos dos Césares que tentaram persuadir nossos primitivos irmãos a abandonarem a fé no seu Senhor. A fraqueza destes homens é que eles tentaram de modos rudes, os mais crudelíssimos possíveis. Nossos irmãos, ao invés de temerem a fúria dos imperadores, tão maldosos e tão vorazes, temeram, antes ao Rei manso e humilde, Jesus Cristo. Geralmente, os grandes heróis, para provar que são heróis, tiram a vida a outros. Jesus, para provar o Seu heroísmo singular, morreu por nós. Muitos entram na briga pra bater, Jesus entrou na briga para sofrer em nosso lugar. Como negar o Cordeiro Santo que morreu por nós? Inúmeras foram as perseguições, intensos os sofrimentos impostos aos primitivos cristãos. O mais interessante de tudo é que eles não temiam nem mesmo um poderoso exército, pois, se “as portas do inferno” não prevaleceria contra a Igreja de Cristo, não era um exército de homens falíveis que iria prevalecer contra ela. Para nós se aplica o mesmo caso, se “as portas do inferno” continuam não prevalecendo contra a Igreja do Senhor Jesus, logo, não é a mídia televisionada, radiodifusora e informatizada, não é o sistema corrupto de homens impiedosos e inescrupulosos e nem outras coisas mais que fará a Igreja eleita sucumbir em meio ao caos. “O caminho de Deus é perfeito...” (Sl 18.30) e é neste caminho que Deus conduz a Sua Igreja. No caminho dos homens, certamente ela fracassaria. O caminho dos homens leva à morte (ver Pv 14.12; 16.25), o caminho de Deus conduz à vida.

A história começa na eternidade, quando Deus projeta em Sua presciência enviar o Seu Filho ao mundo (Jo 1.29; 3.16,17; At 2.23); da mesma forma, continuará na eternidade, com a Igreja salva, vitoriosa sobre as tribulações e os labores da vida. Fomos chamados para vislumbrar os valores eternos, portanto, nos atenhamos a eles (Rm 8.18; 2 Co 4.17,18). 

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