quarta-feira, 28 de junho de 2017

Jesus sabe o dia da Sua Volta?

"Porém, daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai" (Mt 24.36).

Desde os áureos anos da História da Igreja, ou, porque não dizer durante o Ministério terreno do Senhor Jesus, muitos tem procurando questionar a Sua deidade, Sua Filiação, Sua "origem", emfim, buscado meios, aparatos históricos, mitológicos, "teológicos" no afã de descartar a divindade de Cristo, rebaixando-O a um mortal, um simples homem de bem, um profeta, mas, nunca aceitando-O como um Ser Divino, integrante da Santíssima Trindade. Usam de muitas referências bíblicas para tentar provar esta falaciosa tese, suplantada pelas Escrituras, a poderosa e infalível Palavra de Deus. 


A passagem bíblica mencionada (Mt 24.36), é uma das muitas usadas pelos unitarianos para tentar defender a não-divindade de Cristo, portanto, um ser como os demais homens. O problema dos unitarianos é exatamente limitar a veracidade das Escrituras Sagradas, usando versículos que PARECEM apoiar suas hipóteses desconcertantes. Porém, vemos comprovado nas Escrituras, em todo o Seu escopo teológico que Jesus Cristo é o Filho de Deus, portanto, de natureza igual ao Pai. Uma das muitas passagens usadas por eles para tentar comprovar seu paradoxal argumento é 1 Timóteo 2.5, que diz: "Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem". A razão da palavra "homem", relacionada a Cristo, simplesmente dá uma ênfase de Sua humanidade, de Sua encarnação e de Sua auto-humilhação, ou seja, o Mediador entre Deus e os homens é tão Divino quanto o Pai, porém, alguém que, ao humanizar-Se, conheceu as limitações da natureza, sua propensão à queda, ao pecado, e, sendo Ele conhecedor desta realidade humana, é que pode agir como intercessor, mediando-nos entre nós e o Pai. Acerca disso, claramente falou o escritor da Carta aos Hebreus: "Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados" (Hb 2.18; 4.15). O apóstolo Paulo, reconhece a Divindade de Cristo, ao afirmar: "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus" (Fp 2.5,6). Algumas verdades devem ser notadas aqui: 


§ "que, sendo em forma de Deus". O termo "sendo", no original, indica existência, existir. Neste caso, seguido pelo dativo de pessoa, indica existência no tempo presente no sentido mais enfático do termo. Vemos atestada aqui a auto-existência do Filho de Deus, sempre presente assim como o Pai. Ainda a Escritura diz que Jesus Cristo "é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13.8). Tanto Ele é eterno como é eternamente. Esta derivação "eternamente" reforça ainda mais a divindade do Senhor Jesus, pois, como a eternidade é algo além do tempo, assim o Filho de Deus, Eterno e Eternamente Deus, sobrepuja ao tempo e à mortalidade, pois, é Deus verdadeiro e verdadeiramente Deus! Aleluia! 

§ "que, sendo em forma de Deus". O termo "forma", no original, possui um indicativo de "natureza", provando que o Senhor Jesus é da mesma natureza que o Pai. Até na Sua humilhação revela-se uma história de triunfo, pois, enquanto o diabo queria subir, ser igual a Deus e tomar a Sua glória (Is 14.12-14), Jesus desceu, Se fez semelhante aos homens, despojando-Se de Sua glória (Jo 17.5; Fp 2.6-8). O diabo trilhou o caminho do orgulho e da exaltação, cujo destino foi a ruína (Pv 16.18). Jesus trilhou o caminho do sofrimento e da humilhação, cujo destino foi triunfo, glorificação e salvação dos pecadores.

Outro ponto intrigante: Jesus sabe quando voltará? Muitos pregadores, até mesmo pentecostais, afirmam contundentemente que Jesus não sabe o próprio dia da Sua volta. A base para tal afirmação é esta: “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho do Homem, mas unicamente meu Pai” (Mt 24.36). Uma análise deste versículo dentro dos critérios da Hermenêutica e, acima de tudo, sob a luz do Espírito Santo, nos fará entender que a premissa divulgada pelos pregadores pentecostais (NÃO TODOS), estar em pleno descompasso com o ensino geral das Escrituras, portanto, não merece confiabilidade.
Veremos com base nas Escrituras Sagradas, pelo menos, 6 razões porque o Filho de Deus sabe o Dia da Sua Volta: 

1. A missão de Jesus era revelar o Pai aos homens (Jo 1.18; 17.4). Com isso, Ele a Si mesmo se esvaziou (Fp 2.7 ARA). Ao dizer que somente o Pai sabia o Dia em que o Filho do Homem há de vir, estava esvaziando a Si mesmo e glorificando o Pai perante os homens; 

2.O Senhor Jesus Se esvaziou de tal maneira que ocultou Sua glória aos olhos dos homens: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Ele mesmo disse: “... com aquela glória que tinha contigo...”. O verbo no tempo passado expressa a humilde condição do Filho de Deus em ocultar a Sua glória aos homens;

3.A doutrina bíblica do que chamamos “esvaziamento” explica que, mesmo humilhando-Se para fazer a vontade do Pai, sendo feito “menor do que os anjos” (Sl 8.4,5; Hb 2.6-9), isso não significa que Ele tenha perdido a Sua Deidade. Ele mesmo disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30; 17.21). Ele Se fez homem sem nunca deixar de ser Deus;

4.Afirmar que o Senhor Jesus NÃO SABE o dia da Sua vinda é descartar o conceito bíblico da Divindade do Senhor Jesus Cristo. Sempre que necessário, o Filho de Deus mostrou os Seus atributos que comprovavam Sua divindade sendo igual ao Pai em essência. Jesus conheceu os pensamentos dos escribas que arrazoavam nos seus corações quando o Mestre perdoou os pecados dum paralítico (Mt 9.2-4). Conheceu a malícia dos que Lhe interrogaram acerca do tributo (Mt 22.18); Conhecia o que havia no ser humano (Jo 2.25). Por que não saberia Ele o dia da Sua volta?

5.Não sabemos o “Dia e hora” (Mt 24.36) da vinda do Senhor Jesus. Entretanto, Ele deixou claro os sinais que antecederiam a Sua vinda para arrebatar a Igreja eleita, para ficarmos apercebidos acerca deste grande Dia. Se o Filho de Deus previu os acontecimentos futuros no tocante ao arrebatamento dos santos e à grande tribulação, certamente Ele sabe o “Dia e hora” em que voltará à terra;

6.É extrema tolice marcar uma possível data assinalando-a como o dia da vinda do Senhor Jesus. Ele especificou uma série de sinais que denunciaria que realmente Ele viria para arrebatar o Seu povo (Mt 24; Lc 21.5-36). É inútil marcar uma data para a vinda do Filho do Homem; no entanto, é útil que vivamos em vigilância (Mc 13.33), estando atentos aos acontecimentos que dão realce ao retorno iminente do Rei da glória. Se nós temos ciência dos acontecimentos que evidenciam que Jesus um dia voltará, então Ele muito mais sabe perfeitamente o dia em que Ele voltará. 

É lamentável como uma onda de ensinamentos torpes, contrários à Sã Doutrina, tem infestado muitas comunidades de fé, outrora, conservadoras da Palavra genuína de Deus. Precisamos conhecer o Deus a quem servimos e desfrutar de um relacionamento vívido e fervoroso com Ele. Precisamos conhecer quem é aquEle que deu a Sua vida por nós, resgatando-nos com Seu sangue precioso. Jesus em breve voltará, esperança esta de todos os redimidos no Seu precioso sangue! Aleluia!


segunda-feira, 1 de maio de 2017

A Maldade em ritmo acelerado

O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância (Jo 10.10) 

Ficamos surpreendidos ao depararmos com a velocidade da luz, do percurso da corrente elétrica atravessando um fio condutor ou mesmo de outros fenômenos cujas peculiaridades nos causam admiração, às vezes, ao extremo. Nos admiramos com a velocidade de uma notícia veiculada pelas redes sociais, onde, um fato alarmante, ocorrido do outro lado do planeta, chega até nós com tanta facilidade em caráter repercussivo. Muitas vezes, não reparamos como o mal se acerca de nós, no começo, se avizinhando na doçura do mel, e no final, na amargura do fel, ou seja, estrategicamente destrutivo. O mal, em certos aspectos, é atrativo, aparentemente bom, mas, essencialmente maléfico; dois grandes versículos, entre muitos outros, acentuam esta verdade, sendo o primeiro o que está escrito na primeira carta aos Tessalonicenses: "Abstende-vos de toda aparência do mal" (1 Ts 5.22), ou seja, sua aparência pode mostrar ser bom, benéfico, mas, sua essência, é nocivo e um agravo ao ser humano em todos os seus aspectos. Segundo, o escritor sagrado da carta aos Hebreus assim nos diz: "... deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia..." (Hb 12.1). Veja bem: TÃO DE PERTO. Não está longe, para nos acharmos seguros em nós mesmos, na vantagem de que nunca cairemos, mas, TÃO DE PERTO, para encontrarmos segurança naquEle que, sendo, tentado, pode nos socorrer na hora da tentação e da aflição (Hb 2.18; 4.15). 


João, o apóstolo amado, registra as palavras do Senhor Jesus, dizendo que o ladrão não vem senão a "roubar". Primeiramente, roubar, depois, matar e, finalmente, destruir. Essa tríplice ação do Diabo mostra sua astúcia em destruir os homens, afastando-os cada vez mais do Criador. Por astúcia entendemos como "habilidade em enganar", "Esperteza inclinada para a maldade", lembrando o passarinheiro que, com inteligência, arma sua arapulca, seu laço, para deter nelas a sua vítima. A desvantagem do mal é que ele não é crescente, mas, decrescente, conforme descreve o profeta Isaías acerca da queda do querubim ungido: "E tu dizias no teu coração, Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (Is 14.13-15). O grande mentor do mal e o primeiro pecador da história, o Diabo, propôs no seu coração "subir", porém, foi levado ao mais "profundo do abismo", ou seja, desceu em razão de sua soberba. O mal é decrescente, quem usa dele para tentar subir desce ao mais baixo escalão da miserabilidade humana. Fica o alerta bíblico: "Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem" (Rm 12.9). 


Disse Jesus: "O ladrão não vem senão a roubar...". Ele estava no Éden, roubou do primeiro casal a convicção da Palavra de Deus, distorcendo-a (Gn 2.16,17; 3.1-6), digamos, tentando mudar a verdade de Deus em mentira, levando o primeiro casal ao pecado contra Deus. Este roubo culminou na morte do primeiro casal em caráter: espiritual, ou seja, separados de Deus; e moral, isto é, separados da vida de Deus, da justiça e da santidade (Ef 4.24), gerando um efeito destrutivo.Que a maldade percorre um ritmo acelerado isso está comprovado em várias passagens das Escrituras: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra..." (Gn 6.5); "... e encheu-se a terra de violência" (Gn 6.11). Do mesmo modo como a violência encheu o coração do que, outrora, era anjo de luz, na eternidade passada (Ez 28.16), agora, permeia o mundo habitável dos homens, numa velocidade sem precedentes. 


Isso se reflete na sociedade? Assustadoramente sim. Com proporções maiores que no passado, pois, ela não se soma, nem se subtrai, mas SE MULTIPLICA (Mt 24.12). Quando olhamos para o que se passa na Televisão, concluímos que a degradação moral é uma constante nos dias atuais. A bondade passa a ser uma mera roupagem, um disfarce, uma camuflagem que procura esconder a maldade penetrada no mais íntimo do coração do homem. A suposta luta defensiva dos valores morais e justos é uma forma de não transparecer o egoísmo desenfreado, a loucura humana embasada na exaltação do "eu", e muitas outras coisas calamitosas que traz ao mundo sem Deus, insegurança e assombro e à Igreja do Senhor Jesus um grande alerta da realidade do pecado, percorrendo velozmente o mundo do coração dos homens e um estímulo à evangelização deste mundo desviado de Deus, arraigados na mentira, na contradição e distantes da Verdade do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 


Senhoras e senhores, este é o mal que percorre uma velocidade assombrosa! Que induz e conduz a humanidade na avenida do pecado, uma estrada sem sinalização, escura, aterrorizante, e só a Igreja pode freá-los com a pregação do genuíno Evangelho de Cristo e o poder do Espírito, pois ela não apenas mostra a Luz, ela é a LUZ (Mt 5.14; Fp 2.15). Aleluia!