terça-feira, 3 de maio de 2016

O Evangelho da Mudança - Efésios 2.1-3

Estamos vivendo tempos em que se prega nas comunidades de fé um evangelho mesclado com os valores mundanos. Vemos se cumprir fielmente os que os escritores neo-testamentários como o apóstolo Paulo havia predito pelo Espírito Santo em que muitos "desviarão os ouvidos da verdade" (2 Tm 4.4). De igual modo o apóstolo Pedro: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (2 Pe 2.1). Se levarmos em conta o pensamento de muitos ensinadores de hoje em dia, porque Pedro não "profetizou palavras de vitória" no lugar de dizer: "HAVERÁ também falsos doutores"? Porque vemos registrada a verdade em que muitos perderiam a sensibilidade ao Espírito Santo não obedecendo a Sã Doutrina. O que estes apóstolos e muitos outros escritores falaram era a VERDADE, que surgiria falsos ensinadores negando a eficácia do Evangelho apresentando "atalhos", ou seja, meios fáceis de levar a Cristo sem arrependimento, renúncia de pecado, obediência à Palavra de Deus e santidade de vida. 
O Evangelho de Cristo enfatiza mudança radical. A prova disso é quando Paulo usa os termos "noutro tempo" (Ef 2.2), indicando diferença de estado contrastando a vida passada SEM Deus e a vida presente COM Deus. "Noutro tempo" vivíamos sem Deus, escravizados pelo pecado, com os entendimentos obscurecidos para não ver "a Luz do Evangelho da glória de Cristo" (2 Co 4.4). Agora, com os olhos abertos (At 26.18), vivendo intensamente a vida no Espírito, mortos para o pecado e vivos para o Senhor que nos amou e nos resgatou. O Apóstolo Paulo prossegue: "Noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo" (Ef 2.2). "Curso", "ritmo", "desenrolar". Muitos querem servir a Deus ainda de acordo com os embalos desta vida, sem desapegar dos seus atrativos, aos olhos de Deus, levianos e que não acrescenta nada à nossa fé com Deus. É impossível servir a Deus com fidelidade tendo o nosso coração ligado ao mundo que não ama a Deus e aborrece a Sua Palavra. Infelizmente, a mensagem do "não tem nada a ver" tem predominado nossas Igrejas agradando aos ouvidos de muitos, mas desagradando ao Espírito Santo da verdade (Jo 14.17; 16.13). 
Não para por aí. Ainda o apóstolo prossegue dizendo: "... nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne" (Ef 2.3). Duas palavras aqui merecem a nossa atenção: "Antes" e "andávamos". O primeiro termo é uma referência ao tempo passado, ao nosso passado de ignorância, distante de Deus. Mas quando foi isso? A resposta é: ANTES! O segundo termo aponta para as nossas atitudes afloradas pelos desejos da nossa carne, nocivos à nós mesmos, pois nos encaminhava para a perdição. Quem diz servir a Deus com os desejos carnais ativos, as paixões antigas ainda presentes em seu dia-a-dia precisa passar pela verdadeira conversão a Cristo. O tal ainda não nasceu de novo. Vejamos o que a Escritura nos diz: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do nosso entendimento" (Rm 12.2). De acordo com os grandes intérpretes da Bíblia, o verbo "transformai-vos" está na voz passiva e por voz passiva entende-se o sujeito recebendo a ação a ser realizada. Literalmente, podemos ler: "Deixai-vos ser transformados". Quem diz servir a Deus com atitudes incondizentes com a Sua vontade é sinal de que não recebeu em sua vida a ação transformadora e santificadora do Espírito Santo. O Evangelho de Cristo é o Evangelho de mudança! É o poder de Deus "para salvação" (Rm 1.16). Quantos ainda não salvos dentro da Casa de Deus! O mundo ainda fala mais alto dentro dos seus corações! 
Os tempos são modernos, mas a Palavra de Deus é tão operante em nossos dias como foi no passado. É a Palavra de Deus e não dos homens. É a Palavra Eterna e não passageira. É a Palavra viva (Hb 4.12) e não morta; é eficaz e não falível (Is 55.10,11; Hb 4.12). Ou servimos a Deus com nossas vidas inteiramente entregue a Ele ou O rejeitamos e abraçamos o mundo com suas iniquidades que abominam a Deus e despreza a Sua santidade e Sua justiça.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Hoje veio salvação

A história de Zaqueu e o seu encontro com o Senhor Jesus revela a importância da salvação em Cristo oferecida a todos os homens (Tt 2.11). É com razão que o escritor da Carta aos Hebreus a chama de "tão grande salvação" (Hb 2.3). E por ser grande, deve ser apontada ao pecador como como dádiva de Deus e prova do Seu irrefutável e indizível amor (Jo 3.16). 
Vejamos o que a Escritura nos diz. Zaqueu procurava VER quem era Jesus (Lc 19.3). Certamente ele já tinha ouvido falar sobre o Messias, que viria redimir a Israel e por ser ele israelita também tinha essa esperança (ver Lc 2.38). Ele desejava conhecer de perto aquEle de quem tanto lhe falavam. A maior personalidade da História alvoroçou naquele coração a necessidade de um encontro pessoal. A simplicidade daquele Homem tocou o mais íntimo do ser, pois ali estava a Palavra Viva e personificada de Deus que penetrou-Lhe o mais íntimo da sua alma (ver Hb 4.12). Será este o anseio de muitos pecadores ao entrarem em nossas Igrejas? Será esta a necessidade latente que assola seus mórbidos corações em busca da salvação que só Cristo pode oferecer? 
O Senhor Jesus, tendo entrado em casa de Zaqueu, vendo a disposição com que este homem resolveu dar aos pobres metade dos seus bens e restituir quadruplicado aquele a quem havia defraudado (Lc 19.8), fez que o Divino Mestre dissesse: "Hoje veio a salvação a esta casa" (Lc 19.9). Quando chegou? A resposta é: "HOJE". O Hoje é o tempo presente. A realidade vivida. A experiência a desenrolar. O fato desencadeado. O Hoje é uma realidade diferente do ontem. O Hoje é a oportunidade concebida. "Durante o tempo que se chama Hoje" (Hb 3.13), "agora" (2 Co 6.2). Ou seja, a salvação em Cristo é revelada como dádiva indispensável a ponto de considerarmos extrema tolice o homem rejeitá-la. 
Vejamos a mensagem de Jesus: "Hoje veio a salvação a esta casa". Não foi um carro zero km na garagem, não foi um dinheiro "gordo" na conta bancária, não foi uma bela casa, foi a salvação! A salvação que só em Cristo o homem pode encontrá-la (Jo 14.6; 1 Tm 2.5)! É raro em nossos dias mensagens como estas! Porque não fazem os crentes pularem, não enriquecem as agendas de convites e não fazem o pregador ficar "na boca do povo", isto é, afamado, elogiado e bem conceituado. Mas, em nossos dias, mais do que nunca, se carece de mensagens assim: que faça o pecador confrontar-se com sua realidade pecaminosa, olhando para o Calvário aonde o Filho de Deus, "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus" (Hb 7.26), se entregou por nós sendo a propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 2.2). Isto sim é uma mensagem bibliocêntrica e Cristocêntrica! Vai de encontro com a necessidade do pecador, apelando-o para que venha a Cristo, o Salvador, o Redentor, o Filho de Deus e o Mestre por Excelência. 
Nossa oração é para que se resgate nos púlpitos de nossas Igrejas  mensagens de salvação, um compromisso genuíno com o Evangelho de Cristo. Deus vos abençoe.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Entendendo a oração-modelo ensinada por Jesus Cristo

Em Mateus 6.9-13 temos a famosa, conhecidíssima e preciosíssima oração ensinada por nosso Senhor Jesus Cristo, a qual , não se esgota em fornecer lições valiosas para o povo de Deus, inclusive para aqueles que desejam uma vida de amplas experiências com o Eterno. Paira no meio evangélico um conceito erradíssimo sobre oração, um mau entendido exacerbado sobre esta ferramenta de valor de que tanto nos fala as Escrituras Sagradas. Começando pelo fato de que a oração é elucidada com muita propriedade nas Páginas Sagradas (Mt 7.7,8; Rm 12.12; 1 Ts 5.17; Jd 20,21), é lamentável como muitos se portem com negligência em relação a oração. Aprendamos com o Mestre Jesus.  

O Divino Mestre começa a oração usando a expressão "Pai nosso". O Criador de todas as coisas, o Deus Todo-Poderoso, o Eterno, o Altíssimo, o grande Jeová, o "Deus dos espíritos de toda carne" (Nm 16.22) aparece aqui como "Pai". Com isso, Jesus nos ensina que a oração deve ser vista como um relacionamento nosso com o Deus vivo, o Qual se mostra como o Pai compassivo, pronto para atender a nossa petição. No Antigo Testamento, esse mesmo Pai assim diz: "clama a mim" (Jr 33.3), no Novo Testamento, nos dirigimos a Ele chamando-lhe "Pai", correspondendo-Lhe numa forma de um relacionamento vívido e eficaz entre um filho e o Pai celestial. 

Em seguida, vem a frase "Que estás nos céus". A oração é o homem reconhecendo sua insignificância em vista da sublimidade e majestade de Deus. Também a frase expressa uma fé viva em Deus. Por exemplo, quando Daniel disse: "Mas há um Deus nos céus..." (Dn 2.28), expressava sua fé no Senhor Deus. Nunca fomos ao céu da habitação de Deus, mas sabemos que há um grande Deus assentado no Seu trono e baseado nesta fé viva é que nos achegamos a Ele (Hb 11.6). Ao lermos "santificado seja o teu nome", Jesus nos ensina a demonstrar um reverente temor ao Pai, visto que o nome, no contexto bíblico expressa a natureza e o caráter da pessoa. em Deuteronômio 12.5 lemos que Deus escolheria um lugar para ali pôr "o Seu Nome", isto é, Ele estaria presente, portanto, aquela casa seria chamada pelo Seu Nome. "Santificado seja o teu Nome" é a expressão do cristão que reverencia a santidade de Deus não somente com palavras mas principalmente através de uma vida resignada. 

"Venha o Teu Reino". Os grandes eruditos da Bíblia viram nesta frase um vislumbre escatológico. É a oração de alguém inconformado com a injustiça, a corrupção e todo o tipo de mazela que permeia o reino dos homens, desejando ardente e esperançosamente que o Senhor Deus intervenha com o Seu Reino Justo. "Seja feita a Tua vontade" é um detalhe que todo cristão deve observar. Muitos acham que oração é imprensar Deus "na parede" e forçá-Lo a dar o que pedimos. Alguns até oram da seguinte forma: Senhor, se Tu cumprires com a Tua parte, eu cumpro com a minha. Um grande absurdo. Oração não é negócio, não é barganha e nem tampouco acordo comercial; como já foi dito, é um relacionamento vívido com o Pai Eterno. E como o filho nunca está acima do pai, assim nós nunca podemos estar acima do nosso Deus, visto que o que intentou fazer isto foi lançado dos céus abaixo: Satanás (Is 14.12-14)! Aqui, não é o homem pedindo para fazer a sua vontade, mas, ele apela para vontade de Deus! 

"Tanto na terra como no céu". Nesta frase, a terra é mencionada primeiro do que o céu, indicando uma premência, uma latente necessidade de que a vontade de Deus seja feita entre os homens que O ignoram  e rejeitam-No na sua loucura (ver Sl 14.1). Aqui, o humano entra na esfera divina para conhecê-la experimentalmente. 

"O pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Depois de um devocional com Deus, é que vem a necessidade diária apresentada a Ele, sendo-Lhe dirigida uma clara petição: "dá-nos". AquEle que disse: "Nem só de pão viverá o homem" (Mt 4.4; ver Dt 8.3), coloca em segundo plano a valorização das nossas necessidades do dia-a-dia. Uma oração isenta de vaidade e de individualismo. Ao lermos "Perdoa-nos as nossas dívidas", percebemos o quanto que a nossa oração deve estar conformada à vontade de Deus, 1) a oração inclui a essência do perdão partindo do princípio de que devemos ter a inclinação de perdoar assim como desejamos ter o perdão divino. 2) "Assim como nós perdoamos" reflete a ação humana em liberar perdão ao endividado tal como Deus liberou sobre nós o Seu perdão, "havendo riscado a cédula que era contra nós" (Cl 2.14), ou seja, extirpou a dívida que tínhamos por causa do pecado através do sangue de Seu Filho Jesus Cristo. Aleluia! 

"E não nos induzas à tentação". O perigo de sermos apanhados em nossas fraquezas em uma tentação é algo que todos nós devemos ter em  mente (1 Co 10.12; Tg 1.14). Observemos que não temos nesta oração nenhum pedido individualista, que gira em torno dos nossos interesses egoístas e não da glorificação a Deus, pelo contrário, temos aqui o cristão reconhecendo sua insuficiência recorrendo àquEle que "pode socorrer aos que são tentados" (Hb 2.18; 4.15,16). "Mas livra-nos do mal" é a oração suplicando proteção de tudo o que pode macular, comprometer, denegrir a imagem de Cristo em nós. Também uma referência a perigos aos quais estamos vulneráveis, pedindo,  por isso, para que Ele nos guarde. Há em nós uma tendência de inclinarmos ao mal, de cair no mal em decorrência de nossas ações precipitadas, por esta causa, pedimos: "livra-nos"! 

"Porque Teu é o Reino, e o poder e a glória para sempre amém". O pronome possessivo "Teu" revela a singularidade do nosso Deus em relação a qualquer outro ser que possa existir. Reinos se levantam e se abatem, reduzindo-se ao pó, mas o cristão, quando diz: "Teu é o Reino", tributa a Deus a soberania, a grandeza e a excelência em tudo. "E o poder" mostra que Deus é quem sustém todas as coisas e de todas as coisas tem o controle (Dt 32.39; ver Jó 12.13-25; Sl 75.6,7). "E a glória" revela que Ele é verdadeiramente digno. Aquilo que só a Ele pertence não é conferido a mais ninguém. Temos aqui a singularidade e a incomparabilidade de Deus. A oração começa e termina enaltecendo a Deus em Sua grandeza, sendo visto como o Deus eterno e eternamente Deus (Ex 3.13,14). 

Alguém já disse que a oração é o veículo que nos leva a Deus. Olhando para este modelo de oração deixado por nosso Senhor Jesus Cristo façamos uma análise: será que nossas orações seguem este padrão bíblico? Muitas vezes não alcançamos resposta do que pedimos pelo fato de nossas orações não estarem de acordo com os ditames bíblicos. Percebemos nesta oração-modelo que oração não é fazer a vontade do homem no Céu e sim a vontade de Deus na terra. Sob esse prisma é que teremos uma vida de oração eficaz abundando em grandes experiências para glória de Deus e para aumento da nossa fé.

sábado, 29 de agosto de 2015

ACHEI A DAVI (POESIA)

“Enche o teu vaso e vem!”
Disse o Senhor a Samuel;
Pois neste tempo a mim convém
Ungir um Rei em Israel

A Saul eu rejeitei,
Não usando de compaixão,
Por mim mesmo eu jurei:
Eleger pra mim um rei
Conforme o meu coração

O profeta, obediente,
À voz do Deus Jeová,
Seguiu caminho À frente,
Sabendo em seu consciente
Que era Deus a lhe mostrar

Seguindo a ordem do Senhor
Desceu a casa de Jessé;
Pois o seu Deus havia dito:
“Unge a quem eu te disser”.

“Não me agrado da aparência,
Que, ao próprio homem, é enganador;
Ele vê o que está a frente,
Mas eu contemplo o interior”.

Contagiante alegria
Preencheu aquela casa;
Um rei dali sairia
No trono se assentaria
Tendo de Deus a graça.

Mas não era Eliabe,
Nem tampouco Abinadabe
E muito menos a Samá,
Nem os outros que estavam lá.

“Acabaram-se os mancebos?”
O profeta indagou;
Mais restava o mais jovem,
O escolhido do Senhor

“Ainda falta o menor”,
Disse o seu velho pai;
Eis que apascenta ovelhas,
O que tanto lhe apraz

O profeta, insistente,
Pediu para que o chamasse;
Pois esperava paciente
Que o rapaz se achegasse

E naquela humilde casa
O novo Rei foi consagrado;
Para alguns, má presunção;
Para o profeta, convicção:
Que o Senhor lhe havia mandado

Os homens loucos presumem
Movido pela insensatez,
Pela extrema imprudência
E demasiada altivez

Mas Deus escolhe os Seus,
A quem deseja ele honrar;
Em excelsa majestade,
Absoluta vontade
Conforme bem Lhe agradar



 Por Clenio Daniel Parente Mendes

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Homens de Deus à serviço do diabo

Uma grande realidade inconteste em nossos dias, nas igrejas, aonde o evangelho, que é o poder de Deus para salvação do pecador (Rm 1.16,17) é que homens que perdem o temor de Deus vivem descaradamente na contramão do que a bíblia ensina. Pregam a palavra de Deus com veemência, porém, vivem em negligência. Demonstram fervor e o que possuem é a falta de temor. Existem lugares onde a salvação de almas virou novidade, tamanha que é descrença no Evangelho, pois, quando deveria haver compromisso com o ensino das Escrituras Sagradas através da pregação e, primeiramente, do testemunho de vida, agem levianamente percorrendo o caminho da profanação, zombando insensatamente da santidade do Todo-Poderoso.


Não existe mais a verdadeira transparência cristã, pois, a dupla personalidade permeou  o coração de muitos que acham que genuína fé em Cristo pode estar mesclada com a iniquidade e com isso tentam fazer uma junção de pecado e santidade. É a mesma coisa que colocar remendo de pano novo em vestido velho, sabendo que maior vai ser a rotura (Mt 9.14). A fé bíblica tem sido banalizada, pois, visto que a fé em Cristo evoca obediência (Rm 1.5; Hb 11.8), muitos pensam que a vida cristã consiste apenas em desfrutar das bençãos de Deus, mas, na verdade, ela vai além disso. A Escritura Sagrada fala da obediência da fé (Rm 1.5), da justiça que é segundo a fé (Hb 11.7), termos que nos levam a entender que viver pela fé é honrar a Deus e sua santidade num mundo desviado de seu padrão de justiça ( ver Rm 1.18).


Porém, no lugar da honra, permeia a desonra, querendo muitos normalizar o conceito de cristão vivendo nos ditames deste mundo cheio de filosofias vãs. A Bíblia Sagrada fala claramente da diferença entre os que são de Deus e os que são do mundo (2 Co 6.14-7.1; ver Gl 5.24; Tg 4.4). Porém, o que era pra ser diferença é uma verdadeira confusão!


Eles são potencialmente líderes, mostram competência, vocação, compromisso, aparência de lealdade e de piedade, verdadeiramente chamados por Deus. No entanto, no decorrer da trajetória, acharam que a relativização da fé seria o melhor caminho; mentem, roubam, enganam, agem fraudulentamente, cometem loucuras em nome da fé do povo de Deus e acham que isso é perfeitamente normal. Expõem ao povo de Deus poderosas mensagens bíblicas, porém, o que pregam dentro das igrejas é o oposto do que vivem lá fora. Uma vida acarretada de vícios, obreiros da Seara do Mestre se deixando levarem pelo dinheirismo (Ec 5.10; 1 Tm 6.10), envolvidos em casos extraconjugais com uma ou várias amantes; adúlteros, fornicadores, mercenários, pinguços, cheios de toda a iniquidade que, infelizmente, surpreendem e impolgam as massas com mensagens pra lá de tremendas. De nada adianta pregar a verdade e não viver a verdade!


É bem verdade que tudo isto está previsto pela Bíblia que aconteça (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1). E estamos vivendo este tempo vaticinado pela Bíblia. Ainda a Escritura Sagrada diz que o diabo se transforma em anjo de luz (1 Co 11.14). o que, outrora, era um anjo de luz cheio de sabedoria e formosura (Ez 28.12-17), tornou-se adversário, acusador de nossos irmãos e astuto enganador. Eram homens fervorosos, vigilantes doutrinadores do povo de Deus, piedosos no ensino e prática da Sã Doutrina, agora, corruptos, vivendo apenas na aparência de cristão. Tomemos cuidado: aparência nem sempre é essência e  nem transparência!


É lamentável como a sociedade está aos poucos desacreditando no perfil da Igreja de Cristo nos dias atuais. Muitos dentro da casa de Deus estão querendo abalar a coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15), praticando o que é condenável ao ensino das Escrituras. Não sejamos radicais, são homens de Deus, porém, tributam louvor a Satanás com suas obras blasfemas que afrontam ao Deus vivo e entristecem ao Espírito Santo, pois, conheceram a verdade libertadora e transformadora do evangelho e agora negam em seu modo de viver a sua eficácia desviando muita gente de olhar para o Redentor vivo e ressurreto, Jesus Cristo, o Salvador da humanidade.

Meus irmãos, é tempo de olhar para Jesus (Hb 12.2), a Sua vinda para arrebatar a igreja é uma grande realidade. Será o maior fenômeno da História. Oh! Como dói saber que muitos cristãos perderam essa sensibilidade espiritual e com isso perderam a alegria da salvação. Sejamos vigilantes, pois, o Justo Juiz já está as portas!

domingo, 9 de agosto de 2015

Citações no meio evangélico que não estão na Bíblia

A Bíblia diz, a Bíblia diz, a Bíblia diz, mas o que realmente a Bíblia diz? Muitos perderam o cuidado com o fato de falar coisas que julgam eles que se encontra nas Escrituras, mas, não está lá. Que grande erro! Esse é um dos meios de tirarmos uma séria conclusão do grau de desleixo da parte de muitos irmãos na fé em não examinar criteriosa e cuidadosamente a Palavra de Deus como deveria. Falta um manuseio de forma correta. O pior de tudo é saber como tem pregadores e pastores de Igrejas que caem nessa. Até quando as coisas continuarão assim? Não é aberração dizer que tem crentes que pensam que o ditado "Deus ajuda a quem cedo madruga" está na Bíblia Sagrada. Por outro lado, o relato do grande peixe tragando a Jonas, para muitos crentes, não aparece nas Escrituras. Diante disso, lembramos das palavras do Senhor Jesus: "Errais não conhecendo as Escrituras" (Mt 22.29). Vamos a alguns exemplos: 

O cair é do homem e o levantar é de Deus 

A Escritura não diz isso. As referências que reprovam esse chavão são: "Porque sete vezes cairá o justo e se levantará" (Pv 24.16); "Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei" (Mq 7.8); diante da penúria em que se encontrava o filho pródigo, tomou a decisão: "Levantar-me-ei" (Lc 15.18). A força com que os verbos são enfatizados denotam a ação e responsabilidade humanas sendo a graça divina um subsídio ímpar (ver 2 Co 12.9). 

A Palavra de Deus se renova a cada manhã 

Também esta assertiva não tem fundamento bíblico. "Renovar" traz o significado de "revitalizar o que estar envelhecendo" e isso não se aplica a Palavra de Deus, uma vez que ela é eterna (Sl 119.89). Nós somos quem necessitamos de renovo sob a luz da Palavra e a livre ação do Espírito Santo para prosseguirmos em nossa vida relacional com Deus. 

Deus quer qualidade e não quantidade 

Esta frase pode encontrar ressonância no contexto da contribuição, visto que "Deus ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7). No contexto da evangelização, esta frase tem sido usada como desculpa esfarrapada para NÃO cumprir o "IDE" do Senhor Jesus (Mt 28.19; Mc 16.15). Não devemos ser omissos, deixando de lado a ordenança do Senhor de levar a boa-nova aos não alcançados. É tarefa nossa, é tarefa da Igreja. 

Quem tem promessa não morre 

Esta é outra aberração grotesca que foge ao que ensina  a Escritura Sagrada. É necessário obediência e aperfeiçoarmos a santificação no temor de Deus (2 Co 7.1) para a realização das Suas promessas em nossas vidas. Uma vez que Deus "permanece" fiel (2 Tm 2.13), devemos também permanecer na fidelidade com Deus, pois, doutra forma, naufragaremos na fé, podendo levar-nos a morte, até mesmo física. 

A mulher não pode pregar 

A passagem utilizada para isso é 1 Timóteo 2.11: "A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição". Aqui fala da mulher que não extrapola os limites dos matrimônio, mas que reconhece a sua posição bem como a de seu marido. O versículo 12 reforça esta ideia. Uma mulher obediente a Deus no tocante aos princípios bíblicos do matrimônio certamente será vaso de honra não somente nos deveres domésticos mas também na vocação divina (Ver Gl 3.28), visto que a promessa do derramamento do Espírito Santo é "sobre toda a carne" (Jl 2.28), isto é, homem e mulher. 

O Espírito de Deus é sujeito aos profetas 

Como o Espírito de Deus, Criador (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30) pode sujeitar-se a criatura, sendo Ele Deus (At 5.3,4)? A Escritura fala dos "espíritos dos profetas" (1 Co 14.32), ou seja, o espírito humano. Ninguém pode sujeitar a si o Espírito de Deus haja vista que Ele é Senhor (2 Co 3.16-18), e nós, Seus servos. 

Estes são alguns chavões que ouvimos por aí. Talvez você conheça um caso parecido e tenha achado estranho. Que o Espírito Santo desperte em nossos corações um desejo latente pelo conhecimento da Sua Palavra!

A possibilidade de perder a salvação

Muitas pessoas dentro da Casa de Deus ainda se assustam ou não querem aceitar como homens ou mesmo mulheres que vivem uma vida depravada nem se assemelham a vida fervorosa no Espírito que viviam antes quando serviam a Deus. Teve experiências com Deus aos olhos de muitos, invejáveis. Hoje, é grande o espanto quando vemos o quadro dessas pessoas, agora, afastadas da presença de Deus, algumas vivendo de maneira blasfema do Evangelho como se nunca tivesse experimentado gloriosa transformação antes. 
Mas, o que a Bíblia diz sobre isso? Pessoas que eram cheias do Espírito Santo e dos Seus ricos dons vivem agora num verdadeiro desdém àquilo que professavam na vida de outrora. Muitos, não aceitam isso; outros, colocam sua própria fé em questão; já outros, partem do extremo, desacreditando na veracidade da Palavra de Deus e com isso, tornam-se incrédulas em tudo e com tudo, adotando um senso crítico em demasia. 

A Palavra de Deus é enfática quanto a isso. Ao tempo que ela contém promessas que apontam como condição precípua a obediência, também encontramos sérias advertências, tanto uma como a outra dirigidas ao cristão, de modo que ele permaneça na posição de salvo em Cristo. O Apóstolo Paulo diz: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia" (1 Co 10.12). Esta passagem bíblica, além de comprovar a possibilidade de perder a salvação em Cristo, reprova a doutrina da predestinação fatalista, pois, "estar em pé" evoca o sentido de "permanecer de pé" e para tal permanência é necessário seguirmos os requisitos bíblicos para que a nossa salvação seja progressiva. Pelo que vemos, isso envolve compromisso do homem para viver em consonância com o que ensina a Escritura Sagrada. Do contrário, o tal cristão corre o risco de cair na perdição. 

O escritor da carta aos Hebreus assim nos diz: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel para se apartar do Deus vivo" (Hb 3.12). A possibilidade desta terrível perca de salvação pode acarretar a todos nós quando o escritor sagrado diz "se apartar do Deus vivo", termo que dá conotação para a apostasia. A este fator estamos todos vulneráveis, cabendo a nós a admoestação bíblica: "olhai, vigiai, e orai" (Mc 13.33). As cinco horas de oração por dia não significa que "jamais" nos afastaremos da presença de Deus e de sua comunhão. Orar no monte todos os dias, da meia-noite até o dia amanhecer  ou coisa do tipo não é sinal de "nunca" perderemos a salvação. A referência bíblica de Hebreus 3.7-19 mostra a forma cuidadosa como o escritor se dirige aos cristãos a fim de que previnam seus corações da incredulidade, da negligência, sabendo que isto pode levar à ruína espiritual. O mesmo alerta continua válido nos dias atuais: SEJAMOS VIGILANTES!

Atentemos para o que disse o apóstolo Paulo: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé" (2 Tm 4.7). Leiamos o que ele disse: "guardei a fé". Guardar para que não se perca, guardar para que ninguém roube. Guardar a fé traz a ideia de preservar a sua relação com Deus visto que sem ela não podemos agradá-Lo (Hb 11.6), outrossim, "tudo o que não é de fé é pecado" (Rm 14.23). Para não desvanecermos, nem tampouco nos afastarmos de Deus e de Sua comunhão, é necessário "guardar" a fé. É por ela que andamos segundo a vontade de Deus (2 Co 5.7). Que isso é verdade está comprovado nas palavras do escritor da Carta aos Hebreus: "Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hb 10.38). Se não houvesse possibilidade de perder a salvação, para que necessidade dessas admoestações? Inúmeras referências bíblicas comprovam a possibilidade de sairmos da presença de Deus, e, consequentemente, perder a vida eterna. No Salmo 91, por exemplo, Deus promete livramento dos laços do diabo aos que O amam encarecidamente (Sl 91.14). Ora, livramento é para quem estar sujeito a cair numa armadilha; mais uma vez temos provada a necessidade de nos apegarmos a Deus a fim de que Ele nos guarde, segundo o salmista ainda diz: "Eles te sustentarão nas suas mãos... " (Sl 91.12). Sustentar para não cairmos, sustentar para não resvalarmos o nosso pé da posição de crente salvo "em Cristo". Mesmo desfrutando de uma vida espiritual com Deus, a nossa natureza humana ainda é tendenciosa a pecar até que chegue o dia em que receberemos e alcançaremos "a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).

Portanto, fica a referência bíblica para todo o povo de Deus: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (Hb 4.16)