quarta-feira, 15 de junho de 2011

Boa Fama ou Boa Índole?

Não existe riqueza maior comparada a uma conduta ilibada na Palavra de Deus. Quando paramos para refletir nisto, concluímos que a preservação do nosso caráter é algo de grande valor e deve ser perseguida a todo o instante. Se o homem escreve a sua própria história, logo, ele faz o seu próprio nome. Mais importante que a boa fama é a boa índole.


Jesus nos deu exemplo dessas coisas. Ele próprio havia dito que não recebia glória de homens (Jo 5.41), porque bem sabia dos efeitos negativos que a fama podia trazer; tendo ciência de que Sua fama corria por toda a Judéia e adjacências (Mt 4.24; Lc 5.15), Ele se retirava para os desertos e ali orava (Lc 5.16). O Evangelista Marcos nos dá um relato interessante acerca de Jesus; a multidão ficava entusiasmada com Seus ensinos atinentes ao Reino de Deus, com a autoridade de Suas palavras a ponto de querer ouví-Lo incessantemente. Entretanto, quando falamos em MULTIDÃO, referimo-nos a fama, popularidade, prestígio e outros sinônimos aplicáveis; sabendo que mais valioso do que isso são as almas, Jesus, deixando a multidão (Mc 4.36), chegou à outra margem do mar, à província dos gadarenos (Mc 5.1). Notem bem que em Marcos 4.36 diz: "Eles", mas, quem são? Os discípulos. Contudo, como era Jesus quem tinha ordenado a eles que passassem para a outra margem (Mc 4.35), os apóstolos foram, porém, levando consigo o seu Mestre (Mc 4.36). Enfim, Ele deixou a multidão a fim de evangelizar apenas uma pessoa, o que assim fez (Mc 5.1-19).


Com isso, o Senhor da Igreja nos ensina a não ponderar o nosso coração na fama, no olhar da multidão, pois, doutra forma, estaremos nos desvirtuando do santo propósito de glorificar a Deus na expansão do Seu Reino; outrossim, quem preza pela fama, não priva pelo seu próprio caráter (o significado da palavra "índole") nem zela pela imagem de servo(a) de Deus. A nossa maior ignorância é traduzir boa fama como sinônimo de boa índole, o que é um grave erro. Quem muito se atrela a fama se esquece da importância do bom testemunho; tudo o que procura é a atenção da platéia, elogios, aplausos, assovios e admirações. Quem preza pela boa índole faz exatamente o contrário: procura atrair a atenção de Deus para si, valoriza seu testemunho de vida e sempre elogia as virtudes de outrem ao invés de procurar elogios para si, porque tudo o que faz, o faz para a glória de Deus (1 Co 10.31).


Por que o Senhor desfez os desígnios dos que edificavam a torre de Babel? Porque desejaram ardentemente a fama ("Façamo-nos um nome" - Gn 11.4), fama esta que lhes corrompeu a alma, fazendo-os contrariar a ordem de Deus (Gn 11.4; ver Gn 1.28; 9.7). João Batista é um forte exemplo de boa índole; sendo informado de que a multidão ia após Jesus, podia ceder seu coração à inveja, mas, sabendo ele que era nada mais que uma voz clamando no deserto (Jo 1.23) e reconhecedor da majestade e do senhorio de Cristo (Jo 1.27), disse com ânimo: É necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30). Será que alguém ambicioso por fama diria isso de outra pessoa? Na escola da fama, os amigos são vistos como rivais e não como pessoas dignas de sucesso, capazes de nos proporcionar ajuda.


Que possamos nos matricular na escola da boa índole, aonde o Professor Jesus Cristo nos ensina a simplicidade e a primar pelo sucesso de nossos irmãos (Fp 21.-9).


Deus vos abençoe!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O maior milagre que pode acontecer

É incrível como muitas pessoas se atrelam a uma tese absurda que "igreja aonde não acontece milagres é igreja morta e desprovida da unção e do poder do Espírito". É bem verdade que existem denominações nestas condições que assinalamos, porém, não deixa de ser absurdo o que até muitos pastores dizem sobre isso; "se não houver milagres, sinais e maravilhas, é porque essa igreja é raquitíca na fé e não possui comunhão com Deus", é o que afirmam com intenção de se promover sobre as demais igrejas evangélicas. Converte esses pastores, Jesus!
Ainda creio piamente que o maior milagre que podemos ver é uma pessoa sair pela porta de uma igreja impactada e transformada pela genuína Palavra de Deus! Entretanto, o povo ficou mal acostumado com isso; procuram igrejas que oram por milagres e refutam aquelas que se preocupam em alimentar as almas com o precioso ensino das Escrituras. Não sou contra milagres, pois, isto é uma verdade bíblica; creio no Jesus que purificou um leproso (Mt 8.1-4), que curou um criado de um Centurião (Mt 8.5-13), também efetuou a cura de um paralítico da mesma aldeia (Mt 9.1-8), dentre tantos feitos que poderia expor aqui, mas, vale salientar que esse Jesus que operou milagres também disse aos Seus discípulos: Se a vossa justiça não esceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus (Mt 5.20); Temos aqui uma referência a respeito do caráter do homem [vossa justiça] excedendo a falsidade dos que se autobajulam afirmando ser alguma coisa. O que converte o ser humano fazendo-o adotar novos hábitos, conceitos éticos e espirituais? Milagres? Não. A Palavra de Deus. Vejamos porque:
O milagre convence - A Palavra converte
O milagre contagia - A Palavra toca
O milagre emociona - A Palavra transforma
O milagre impressiona - A Palavra edifica
O milagre chama - A Palavra resgata

Creio nessas duas coisas: palavra e milagre, porém, como já disse uma vez: "Nada substitui a Palavra!" Creio que o Senhor ainda faz milagres no meio do Seu povo, mas, o mesmo Senhor ainda Se compraz em utilizar a Sua ferramenta infalível: A Palavra (Jr 23.29)! Hoje, muitos desprezam, mas, um dia, lamentarão sua falta (Am 8.11).
Caro leitor, amemos de coração a Palavra de Deus e não a rejeitemos! Ela é infalível e poderosa!
Deus vos abençoe!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quem inventou o trabalho?



Gênesis 2.5-8

Uma das piores aberrações que ouvimos frequentemente é o fato das pessoas afirmarem que o trabalho foi inventado pelo homem. Porém, isto é totalmente contrário às Escrituras. Vemos claramente através da mesma que o trabalho foi instituído por Deus. E isso nos mostra que desde os primórdios da criação houve a necessidade do homem trabalhar em prol do seu sustento.

Vejamos o que a Bíblia diz: Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra (Gn 2.5). Vejam bem: "... e não havia homem para lavrar a terra", duas coisas são notórias neste trecho: 1) Deus deixou algo em aberto na criação: a necessidade da terra ser lavrada; não foi falha, e sim proposital. Alguém ficaria a cargo dessa tarefa: o homem; 2) A expressão para denota finalidade, propósito, indicando que um dos propósitos para o qual o Senhor criou o homem foi para que este trabalhasse pela sua própria subsistência; isto é, Deus não desceria do céu e colocaria tudo nas mãos do homem, como muitos esperam! Ele mesmo, o homem, lutaria por aquilo que julgasse necessário para o seu susteno.

Portanto, não passam de ignorantes os que dizem que se Adão tivesse vivo, o esmurrariam maldosamente, moendo-o com pancadas por haver inventado o trabalho; na verdade, somos nós quem merecemos apanhar por causa da nossa ignorância quanto a isso! O que ele fez foi causar consequências subsequentes ao trabalho por haver consentido na transgressão de sua mulher, comendo do fruto proibido (Gn 3.6). Vendo isso, o Senhor lhe disse: No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó, e em pó te tornarás (Gn 3.19). No suor do teu rosto... - Dá idéia de sacrifício, trabalho comprometedor e até cansaço físico e mental; Adão obteria o seu sustento, mas, de forma sofredora, deixando-o ofegante. Lavra a terra Adão!

Não podemos reclamar do trabalho das nossas mãos (Sl 127.1,2; Ec 2.24; 9.10) porque isto provém de Deus e é coisa digna de ser valorizada. Trabalhemos com desvelo, pois, do Senhor temos o Seu auxílio.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O cantar do galo e o despertar da consciência - Jo 18.27



Deus é poderoso para promover situações a fim de Se revelar ao homem, despertar a sua consciência, trazendo-o à Sua presença. Aconteceu com o apóstolo Pedro; este, embora andasse com Jesus, presenciasse os sinais que Ele fazia, ouvisse os Seus ungidos sermões, ainda necessitava de um profundo despertamento espiritual. Ele pensava que iria longe, porém, Cristo o advertiu da sua queda (Jo 13.36-38).

Com isso aprendemos que ninguém pode se achar tão forte que não seja apanhado em alguma falha, pois, todos nós somos sujeitos a isso (1 Co 10.12). Sendo questionado pelos que estavam próximo dele, Simão Pedro responde negativamente a todas as indagações que lhe fizeram, ou seja, afirmava não ser discípulo de Cristo e que não conhecia "tal homem" (M 26.72; Jo 18.25). Notemos a maneira como ele se referiu ao seu Mestre: "tal homem", tratando-O como um desconhecido. Enquanto o galo não cantava, Pedro relutava em negar o seu Salvador, mas, quando o galo cantou: 1) Simão se lembrou das palavras de Jesus; 2) conscientizou-se do seu grave erro em mentir para os que lhe indagavam; 3) reconheceu a tolice de haver negado Aquele que lhe vocacionou para o ministério apostólico. Não foi um profeta que Deus usou para mostrar a Pedro a gravidade dos seus erros, pelo contrário, o Senhor usou um galo!

O cantar do galo foi um sinal para que Pedro, caindo em si, atentasse para esta atitude tão deplorável de maneira que não viesse a cometer mais. Quem o Senhor deseja usar para despertar a humanidade dos seus pecados, crendo piamente em Cristo? A Igreja. A quem Deus delegou essa tarefa de ir aos não-alcançados e até aqueles que deixaram o Senhor, anunciando-lhes o Evangelho genuíno de Jesus Cristo? A Igreja. Só assim, eles conhecerão o "tal homem" que morreu na Cruz do Calvário em favor de todos os homens (1 Jo 2.2).

Como o galo que cantou no passado é a Igreja falando no presente, a fim de todos ouçam a Palavra de Deus e se despertem enquanto é tempo.