quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Uma Vida sem Sentidos

Abelha sem a flor,
Carro sem condutor,
Vida sem amor,
Na mais intensa dor,

Quão penosa é?!

Campo sem lírios,
Oceano em seu vazio;
Uma angústia veemente
No oculto da alma latente!

A vida se torna escassa
Não recorrendo ao Criador;
Tudo é breve, tudo passa,
E o que resta é desamor.

Terra sedenta de água,
Poeira agitada pelo vento,
Uma vida desorientada
Abandonada em meio ao relento.

Perdido na escuridão,
Sem alvo e sem direção
No esvair de uma linda flor
Qual homem longe do Salvador.

Cravos e espinhos
Manifestos no caminho,
O tropeço nos pedregais,
Assim prossegue noite e dia
Numa amargura em demasia.

A vida se torna escassa,
Não recorrendo ao Criador;
Tudo é breve, tudo passa,
E o que resta é desamor.

(Autor: Clenio Daniel)

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