segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Por que não sou sabatista?

Existe uma grande confusão nas igrejas denominadas evangélicas sobre certas práticas religiosas. Sempre ressalto que um dos maiores motivos é a má interpretação das Escrituras Sagradas e, por causa disso, querem aplicar na igreja praticas judaizantes que não convém aos cristãos. O que é para o Judeu é para o Judeu e o que é para a Igreja, para a Igreja.

Diz-nos a Bíblia Sagrada que um doutor da lei entre os fariseus interrogou a Jesus "para O experimentar, dizendo: Mestre, qual o grande mandamento da lei?" (Mt 22.35,36). Provavelmente os fariseus pensavam ter surpreendido o Maior dos doutores com a referida pergunta, porém, eles mesmos ficaram surpresos ao ver o Divino Mestre resumindo toda a lei em dois mandamentos: amar a Deus e ao próximo (Mt 22.37-40); era o que realmente faltava na alma daquela gente tão incrédula, pois, se eles praticassem tais mandamentos não teriam criticado o Mestre por haver realizado milagres no sábado (Jo 5.1-11; 9.1-16).

Jesus recitou os dois grandes mandamentos para mostrar ao povo do novo concerto que não tinham de se preocupar com os velhos ritos judaicos, afinal, Ele veio estabelecer um novo pacto, um novo e vivo Caminho (Hb 8.6; 10.20) do qual Ele é o novo, único e eterno sumo sacerdote (Hb 7.22-24)! Logo, a preservação dos valores morais e espirituais alicerçados na caridade cristã é um dos grandes temas da nova aliança.

É bem verdade que a observação do sábado é um pacto perpétuo, porém, entre Deus e Israel (Êx 31. 13-17; Ez 20.12,20). O Senhor Deus deixou claro que isso serviria de sinal para eles, isto é, um sinal da eleição deste povo e do compromisso que a dita nação eleita tinha estabelecido com Deus e vice-versa. A confusão das igrejas é aplicar isso como doutrina para os membros praticarem; isso não passa de um absurdo e de um terrível crime teológico. Isso não quer dizer que os que guardam o sábado vão para o inferno, como muitos pensam, pois, é extrema tolice afirmar isso. A verdade é que a igreja deve se colocar na posição de igreja evitando cair na ignorância de misturar cristianismo com judaísmo, o que se constitui um grave erro.

Se o sábado é uma prática judaica, por que Jesus reprovou os judeus por essa dita observação? Porque eles, encegueirados pela religião, julgavam guardar o sábado mais importante do que fazer benefício a um homem e, mais uma vez Jesus mostra que mais valioso que o dia é o ser humano, a quem Deus fez para desfrutar dele (Mc 2.27,28;3.4).

Sendo assim, não sou sabatista porque 1) Tal prática é pertencente à antiga aliança; fazemos parte da nova, da qual, Jesus Cristo é o Mediador (Hb 8.6); 2) O sábado é prática característica do judaísmo; não somos judaizantes, e sim cristãos; 3) O sábado é um sinal da aliança entre Deus e Israel; és tu israelita? Não? Por que te deténs nisso? Viva na atmosfera do novo concerto, firmado e confirmado por Cristo na cruz.


Deus vos abençoe!