terça-feira, 3 de maio de 2011

A obra miraculosa do Evangelho



João 9.25 "... uma coisa sei, e é que, havendo eu sigo cego, agora vejo"

A palavra de Deus é poderosa (Hb 4.12), e produz um efeito indizível no coração de quem se entrega a Cristo, pois, ela não é pregada em vão (Is 55.10,11). Ela é a expressão veraz do amor de Deus para com o homem submerso na ignorância. Mais do que palavras, o evangelho é o poder de Deus para a aniquilação do pecado e salvação do pecador (Rm 1.16).

Tendo alcançado a cura da sua visão, tamanha é a convicção dele em responder aos fariseus que levou estes a se enfurecerem, pois era mais um feito que Jesus realizara no sábado (Jo 9.14). Os fariseus não se cansavam de interrogar o que outrora era cego sobre como lhe sucedeu tão grande milagre; ele, no entanto, não se cansava de afirmar que fora curado e que Jesus realizou esta grande obra (Jo 9.10,11,15,25,27). Isso mostra que todo aquele que experimentou o poder do evangelho, nunca deixa de falar da obra de transformação ocorrida em sua vida, mas, sempre dá testemunho dela com fervor e ânimo de espírito.

Aquele homem tinha plena certeza do milagre que havia alcançado do Divino Mestre: "... uma coisa sei..."; ele estava certíssimo do benefício que havia recebido. Todo homem que cede o seu coração a obra miraculosa do evangelho de Cristo possui esta mesma certeza: a certeza da necessidade de salvação, da renúncia ao pecado e de viver uma nova vida em Cristo (2 Co 5.17). O evangelho não gera dúvidas, e sim certezas (Rm 10.17). "Uma coisa sei": Ele me amou primeiro (1 Jo 4.19); "uma coisa sei": Jesus morreu por mim (Jo 3.16; Gl 2.20b); "uma coisa sei": meus pecados foram perdoados; "uma coisa sei": sou membro da família de Deus (Ef 2.14-19)!

Uma outra característica do evangelho é conscientizar o homem da sua vida passada, distante do Senhor, do ponto de vista da sua vida presente: tocada pelo evangelho, reformada pela graça, santificada pelo Espírito e consagrada ao Criador. Havendo eu sido cego, foi uma outra afirmação dada pelo homem que teve um encontro com o Senhor Jesus. Quem verdadeiramente nasceu de novo reconhece a miséria de espírito em que se encontrava no passado, sem Deus, sem rumo certo e com o coração entenebrecido no pecado; como um cego que não vê a luz é o pecador que não atenta para a verdade da Palavra de Deus, a qual, com sua luz inextinguível, remove as trevas da inquidade transformando-nos em uma nova criação.

"Agora vejo", nenhum cego pode dizer que vê se, na verdade, não pode vê. Muitos dentro da casa de Deus ainda são cegos, pois, não deixaram o evangelho entrar em seu coração. Sua visão ainda está ofuscada, tal como a dos discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-16). Existem quatro coisas que o evangelho da graça faz o homem ver:

1 Que a vida humana é nula e escassa longe do Deus Eterno (Ec 12.1);

2 A vida é breve e passageira (Jó 14.1,2; Sl 103.15,16); portanto, deve ser encomendada aos cuidados Daquele cujas misericórdias são infinitas (Lm 3.22);

3 O homem foi criado por Deus para o cumprimento dos Seus propósitos (Ef 2.10);

4 Há uma herança eterna e incorruptível reservada para aqueles que

perseverarem na prática da Palavra (Mt 24.13; Rm 8.17; Ef 1.13,14; Tt 3.7).

Uma coisa sei, e é que havendo eu sido cego, agora vejo! Quantos podem dizer o mesmo?

Um comentário:

  1. Clenio,obrigado pela visita e comentário no "Sola Scriptura".Parabéns pelo bolg e Deus o abençoe!

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