segunda-feira, 29 de março de 2010

A importância de amar a Deus - Mt 22.37

Quando falamos do verbo "amar", estamos dirigindo nossa atenção para algo fundamental na vida de qualquer ser humano. Porém, quando o assunto é amar a Deus, somos levados a um grande estreito, nós e nossa prórpia consciência. Estamos nos relacionando a uma grande essência da vida cristã, priorizada por todo aquele que, verdadeiramente, nasceu de novo (Jo 3.3-5).
Sendo interrogado por um doutor da lei no tocante ao grande mandamento, Jesus sabiamente lhe responde: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mt 22.37). Ora, o Senhor disse não somente que devemos amar a Deus, além disto, Ele enfatizou a maneira de amá-Lo e serví-Lo; um compromisso firmado não com palavras (Mt 7.21, mas, com uma pura sinceridade (Ef 6.24).

1)Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração... - Segundo nos ensina a Escritura Sagrada, o coração é o centro diretor da vontade humana (Pv 4.23). A Bíblia fala do coração que se recusa a obedecer ao Eterno (Êx 8.15), outrossim, fala do coração disposto a guardar a Palavra de Deus (Sl 119.11). Logo, amar a Deus de todo o coração é estabelecer a Sua Soberania como o cerne de nossas vidas, enaltecendo-O com nossa forma de obedecê-Lo.

2)Amarás o Senhor teu Deus... de toda a tua alma... - Segundo a Bíblia, a alma é a "sede da personalidade humana", " a faculdade dos nossos sentimentos". Ao falar em personalidade, referimo-nos àquilo "que determina a individualidade de uma pessoa", caráter ou qualidade do que é pessoal"; sendo assim, amar a Deus de toda a nossa alma é harmonizar nossas qualidades e nossos sentimentos com os princípios cristãos elucidados na Santa Palavra do Senhor. É tornar a nossa conduta compatível com a absoluta vontade do Senhor, todavia, expostas nas Escrituras Sagradas.

3)Amarás o Senhor teu Deus... de todo o teu pensamento - Tanto Marcos como Lucas usam o termo "entendimento" (Mc 12.30; Lc 10.27). Tanto uma como a outra redundam em um significado só: Juízo ou raciocínio. Isto é, consciência voltada exclusivamente para servir a Ele e temê-Lo evitando a prática de tudo o que não estiver de acordo com a sã doutrina.

Diante do exposto, o amor a Deus traz como consequência o amor ao próximo ( 1 Jo 4.20). O amor genuíno é o distintivo de todo aquele que é cristão. É aonde está alicerçado todo o edifício doutrinário do Cristianismo. É o dom supremo (1 Co 13). É o elemento que adoça as nossas atitudes tornando-as agradáveis e aprazíveis diante de Deus. Foi por amor que Deus enviou Seu Filho ao mundo para morrer por nós (Jo 3.16; Rm 5.8). Foi por amor que o Senhor Jesus sofreu as torturas de Seus algozes (Jo 19.1-3) e as dores cruciantes no Calvário ( Sl 22.16,17; Jo 19.17,18; Fp 2.5-11). E é por amor dEle que devemos abandonar as coisas perniciosas deste mundo para estarmos diligente e constantemente na Sua Presença.
Congressos, Simpósios e tantos outros eventos são realizados em nossas igrejas para tratarem de tantas coisas, e a verdadeira caridade, o amor através das obras, sendo deixada de lado. É hora de voltarmos aos princípios da vida cristã, erradicando tudo aquilo que visa deturpar a essência do verdadeiro Cristianismo em nossas vidas.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Salvação no tempo que se chama Hoje

Meditando com atenção na Bíblia Sagrada, certo pastor estava preparando um sermão baseada na passagem bíblica que diz: "Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação: eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2 Co 6.2). Sem poder resistir, caiu em um profundo sono. E sonhou sendo levado em espírito até ao inferno, especificamente a um lugar onde os demônios, chefes de principados; e estavam todos estes assentados em volta de uma mesa, de formato oval. Ali, deliberavam entre si sobre que tipo de estratégia usaria para impedir o homem de aproximar-se de Deus.
Levantou-se o chefe de todos aqueles referidos demônios indagando com muita indignação: "Que faremos para destruir as almas dos homens?" Então, levantou-se um dentre eles dizendo: "Eu sei de um plano: irei à Terra e colocarei no coração dos homens que não existe Céu e nem inferno e que a Bíblia não passa de um conto de fadas!" Ouvindo isso e olhando uns para os outros, disseram: "Não, este plano não é bom!" Logo, manifestou-se-lhe o segundo falando-lhes: "Também tenho um plano: direi aos homens que não existe Deus e nem Jesus e que não há salvação para eles!" A mesma resposta deram a ele assim como foi ao primeiro.
Cessando este segundo de falar, levantou-se da mesa o terceiro, soberbo, e, com um enorme ar de prepotência, disse: "Eu já sei o que vou fazer: irei à Terra e direi que, de fato, existe Céu e também o inferno, direi que a Bíblia é a Palavra de Deus, direi que existe Jesus Cristo e que Ele é o Salvador, porém, colocarei no coração dos homens: hoje não, deixa para amanhã.
Foi exatamente esse demônio que enviaram!!!
É comum nos cultos de nossas igrejas quando, ao finalizar a pregação da Palavra do Senhor e dando início ao apelo, pessoas digam esta frase a que nos referimos acima. Pessoas que se acham "despreparadas" para aceitarem o convite da graça. A Escritura Sagrada nos faz saber que Jesus veio chamar "os pecadores ao arrependimento" (Mt 9.13). Outrossim, a mesma nos dá a entender que o Senhor deseja ardentemente a salvação do pecador: "... não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepepender-se" (2 Pe 3.9).
Na carta aos Romanos o apóstolo Paulo diz: "Porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé" (Rm 13.11b). Quantos que precisam estarem conscientes dessa verdade!!! Quantos entrelaçados neste mundo embaraçoso e dissoluto!!! Quantos recusando o convite da graça sendo que ela é extensiva a todos (Tt 2.11).
Verdade é que muitos "deixam para amanhã o que podem fazer hoje", contudo, não podemos cessar de anunciar a mensagem do Evangelho "durante o tempo que se chama hoje" (Hb 3.13), "a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.2). Usando da genuína fé, digamos: "Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido" (At 4.20). O diabo tem seus artifícios para ludibriar a humanidade a fim de que esta não se achegue a Deus; contudo, Temos a Palavra de Deus e o poder do Espírito Santo para convencer o pecador da sua miserabilidade humana e da imensidão da graça de Deus a repousar sobre a sua vida, todavia, se ele se entregar ao Salvador das nossas almas. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça, no tempo que se chama Hoje!!!

sábado, 6 de março de 2010

Alguém pra sofrer comigo

É indiscutivelmente bíblico quando pensamos que, nas horas adversas, Deus sempre Se manifesta como alguém poderoso para nos ajudar seja qual for a situação que passarmos. Ao revés, também é incontestável quando nossos pensamentos são turbados ao nos contemplarmos diante das intempéries da vida, fazendo-nos, muitas das vezes, acreditar que a Presença Consoladora do Todo-Poderoso não esteja mais conosco. Todavia, sabemos que não é assim. Somos exortados, através das Escrituras, a conservar o ânimo mesmo em tempos de aflição ( Jo 16.33), na certeza de que venceremos, porque, um dia, alguém venceu antes de nós.
É maravilhoso lermos o Evangelho que escreveu João; é de se observar, mui especificamente no capítulo 2, o milagre da água feita vinho, uma grande verdade que o Senhor transmite a nós, Seus servos. Foi celebrado um casamento, para o qual, Jesus foi convidado junto com seus discípulos; percebendo que algo de tão precioso faltava na festa, Maria, possívelmente querendo mostrar seu orgulho de ser mãe do Salvador, expôs-Lhe a situação: “Não tem vinho” (Jo 2.3), ao que lhe respondeu o Senhor: “Mulher, que tenho eu contigo?...” (Jo 2.4). O vinho era algo essencial naquela festa, visto que, na Bíblia, o vinho é apresentado como símbolo da alegria (Ec 10.19); logo, que significado teria aquela festa sem algo de extrema importância para eles? Aqui, lemos o Divino Mestre diante de uma circunstância. Paulo exalta a bendita Pessoa de Cristo como a “imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15), sim, aquEle que “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17). Esse mesmo Cristo, a Quem o apóstolo Paulo O personifica dessa forma, é quem conhece as dores da alma, quando feridas são geradas pelas aflições da vida. Passamos por reveses a ponto de sufocar nossos objetivos, calar a voz da nossa convicção, e minguar a nossa fé em Jesus Cristo; e pensamos que Ele não está nos vendo, mas, a Palavra de Deus nos assegura que não é exatamente assim. O vinho da alegria está faltando em nossa vida para nos fazer recuperar o sorriso outra vez, porém, tudo está diante dEle, tudo Ele vê, tudo Ele sabe, tudo se sucede perante Seus olhos (Pv 15.3; Hb 4.13), e é conhecedor da angústia que assola o nosso coração.
Uma outra passagem bíblica muito marcante em João é o capítulo 6; entrando os discípulos no barco para ir em direção a Cafarnaum, assoprava um grande vento, causando nos discípulos grande temor. Então, viram que Jesus estava andando sobre o mar para ir ao encontro dos Seus primeiros seguidores, O evangelista não diz que Jesus repreendeu o mar, mas dá-nos a entender que pelo meio do mar Ele estava andando. Vemos aqui o Senhor dos senhores passando pelo meio da circunstância. Nos terríveis mares das incertezas, pelos quais, nosso barco está sujeito a quebrar, não é diferente. Às vezes Deus não nos isenta de grandes provações, contudo, nos dá graça para triunfarmos sobre as mesmas. Ele nunca nos deixa só, pelo contrário, podemos contemplá-Lo pela fé no meio de nossas vicissitudes, de nossos devaneios, vindo ao nosso encontro para nos dá a certeza da Sua presença.
O mais marcante de tudo é exatamente a crucificação do Salvador; por que não dizer desde o momento em que, agonizantemente, orava no Getsêmani até as horas cruciantes pendurado no madeiro contemplando a extrema incredulidade de seus conterrâneos segundo a carne. São notórias as palavras do apóstolo amado: “Deus amou o mundo...” (Jo 3.16), e por Ele amar o mundo confiou a Seu Filho amado a árdua missão de viver em Si o glorioso e inefável plano da redenção. Nas ruas de Jerusalém estar um homem a andar. Algo mui pesado levando em suas costas (Jo 19.17), sim, a cruz. Mas, somente a cruz? Não carregava sobre Si algo mais além? Sim, as nossas iniqüidades, as nossas dores, “o castigo que nos traz a paz” (Is 53.3-7). Mais pesado que a cruz: nossos pecados! Mais agonizante que as dores dos cravos e dos espinhos: a dor de ser menosprezado! Mais inesperado que as horríveis torturas de seus algozes: a traição de um dentre seus amigos! Quem passaria por isto? Aqui, o Senhor Jesus não viu a circunstância, nem passou pelo meio dela; pelo contrário, Ele viveu esse sofrimento, Ele sentiu em sua alma; e para vergonha do adversário de nossas almas e alegria da nossa salvação triunfou sobre tudo isto libertando-nos da condenação eterna, para a qual, estávamos destinados.
Em momentos que passamos por um profundo vale, atravessamos um grande deserto e enfrentamos revoltosas tempestades da vida, a solidão é qual um manto grosso que tenta nos envolver. Nossos amigos só podem nos aconselhar, nos encorajar com belas palavras de estímulo, porém, não passam pelos problemas que nós passamos. Incompreensão parece preencher as lacunas vazias de nossas vidas. Mas, Jesus passou pelo que passamos, sentiu o que, às vezes, sentimos e, por isso, Se apresenta como o Verdadeiro, Incomparável e Único Amigo que pode nos ajudar em tudo e manifestar a Sua destra consoladora e fortalecedora sobre nós.