quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Por que devemos congregar?

Hebreus 10.25 "Não deixando a nossa congregação como é o costume de alguns..."

O povo de Deus perece por falta de conhecimento (Os 4.6). Muitos, devido o desinteresse pelo ensino bíblico, procuram se abrigar em uma tese absurda de que "igreja não salva". Como um bom entendedor da Bíblia, reconheço que a afirmação em sim é coerente. O incoerente é que a maioria de muitos crentes tomam isso como motivo para abandonar a congregação. Atitude esta que fere a Palavra de Deus. Vejamos nas Escrituras a importância de se congregar:
1) Congregar é mandamento bíblico - Ora, mandamento não se cumpre por opção e sim por ordenação. Faço não por minha escolha, mas porque sou ordenado por alguém superior a mim. O escritor da carta aos Hebreus exorta os mesmos a não deixarem suas congregações. Bem sabemos que congregção não salva, porém, do momento em que não atentarmos para este santo dever, seremos negligentes e a nossa salvação estará correndo risco (Hb 10.25).
2) Congregar é dever de quem tem compromisso com o Senhor - O escritor claramente exortou os irmãos hebreus a não deixarem a congregação como era "costume de alguns". Nossa conduta tem que estar em paralelo com a Palavra de Deus e não baseada em pessoas cujo testemunho de vida estão em pleno descompasso com o ensino das Escrituras, em outras palavras, fazer como muitos que dizem: "se o fulaninho não vai, eu também não vou". Na Bíblia está escrito que devemos olhar para Jesus (Hb 12.2).
3) Congregar é um dever prático, nunca obsoleto - Enquanto muitos adotaram o costume de não frequentarem mais as reuniões, o autor da epístola admoestava os santos a nunca deixarem tal hábito agradável diante de Deus. Isso não significa que não devamos nos preocupar com aqueles que já desvaneceram quanto a esta prática, mas, ajudá-los em oração, olhando sempre por nós mesmos e admoestando "uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele grande dia" (Hb 10.25), ou seja, sermos zelosos nesta prática cada vez mais como se o Dia do Senhor estivesse mais perto do que imaginamos.
4) Congregar é consolidar a unidade coletiva da igreja - A palavra grega para congregação é espisunagoge. O mesmo termo é usado em 2 Ts 2.1, também significando "reunião". Congregar é reunir, é renovar, consolidar, preservar a unidade da fé e da comunhão de forma coletiva (Sl 133.1). Congregar expressa a forma unânime dos santos se ajuntarem com o objetivo de adorarem ao Senhor, tributando-Lhe louvores; sim, algo feito com sinceridade (Mt 18.20) visando o engrandecimento daquEle que se agrada dos que vão à Sua Casa.
Muita gente se dispõe para ir a um baile, a uma danceteria, usando a melhor roupa e o melhor perfume sem falar na questão do horário; como são pontuais! Mas, para ir à Casa do Senhor é sempre de forma relaxada! E quando vamos nem sempre apresentamos ao Senhor um culto racional que Lhe agrade. Que o Senhor nos desperte quanto a essas coisas a fim de que sejamos mais zelosos, pois, o Grande Dia se aproxima!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As verdadeiras modalidades de um discípulo

O significado mais conhecido da palavra discípulo é: "aquele que aprende de um mestre e segue". Logo, o verdadeiro discípulo de Cristo não só aprende como também segue as pisadas de seu fiel discipulador. Homem nenhum em toda a história da humanidade tivera tanta audácia como Jesus ao dizer: "... aprendei de mim..." (Mt 11.29). Logo, bom mestre, bom discípulo! Bom ensinador, bom seguidor!
Só um discípulo que verdadeiramente nasceu de novo poderá dizer o mesmo que Nicodemos: "... bem sabemos que és Mestre vindo de Deus..." (Jo 3.2). Quem assim O reconhece, certamente compromete a sua vida a obedecer-Lhe em tudo quanto o Mestre Jesus lhe ensina. Doravante, veremos nas Escrituras as verdadeiras modalidades de um discípulo de Cristo.
1) Humildade: "Não é o discípulo mais do que o seu Mestre... " (Mt 10.24) - O próprio Jesus patenteou em Si essa qualidade (Mt 11.29). A humildade é a evidência de uma vida dosada de simplicidade, sem presunção, sem soberba, enfim, desprovida de todo gesto jactancioso. Sejamos humildes, pois, quem assim procede recebe honra (Pv 15.33; 18.12), atrai a atenção de Deus (Sl 138.6) e goza do Seu favor divino (Tg 4.6).
2) Obediência: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos" (Jo 8.31) - A obediência e persistência nos princípios da Palavra de Deus caracteriza o verdadeiro discípulo de Cristo ante à sociedade distanciada do seu Criador. Só teremos uma vida vitoriosa e recheada de bençãos se obedecermos, irrestritamente, à Palavra do Senhor (Dt 28.1-14).
3) Submissão - Nossa obediência só sera completa se for acompanhada de submissão: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna" (Jo 6.68). É a convicção de Simão Pedro em reconhecer o Senhorio de Cristo. Somente um fiel discípulo de Cristo, submisso, atentará em andar na direção divina sabendo ser esta a única trajetória rumo ao Lar Eterno.
4) Maturidade: "O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como seu mestre" (Lc 6.40) - A palavra perfeito, no Novo Testamento, se traduz por maturidade, sinônimo de entendimento. Só um discípulo maduro e entendido se firmará nos valores cristãos elucidados nas Escrituras Sagradas, porque ele bem sabe que "o caminho da vida é para cima" a fim de desviar "do inferno que está embaixo" (Pv 15.24).
5) Amor: "Nisto conhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.35) - O amor é o cerne do verdadeiro Cristianismo. Sem ela, cristianismo vira fanatismo e nos tornamos como árvores infrutíferas perante o Senhor. Paulo afirma que o amor é a dívida que temos para com o próximo (Rm 13.8). Na falta do amor genuíno, a vida cristã se torna nula (1 Co 13). Vivamos esta verdade! Bem-aventurado é aquele que ama segundo os preceitos do Todo-Poderoso.
É hora de seguir aquilo que aprendemos do Maior de todos os mestres! Isso é o que, de fato, agrada a Deus: seguidores! E não meros admiradores que conhecem a Palavra de Deus e não a praticam.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Coração à luz da Bíblia

Em todos os lugares por onde ando ouço as pessoas afirmarem com firmeza de palavras que Jesus "só quer o nosso coração". Tanto nas pregações como nas conversas particulares é bem frequente ouvir tal tipo de afirmação. Que tese mais louca e contraditória! É hora de dirimirmos tal ensino. A verdade da Palavra de Deus é pura e irrevogável e, portanto, deve ser apresentada a todos como ela é; sem descaracterizar a sua originalidade.
São muitos os que retém a velha afirmação de que o cérebro é o centro diretor da atividade humana. Já a Bíblia Sagrada nos dá uma definição bem diferente: "Sobre tudo o que deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida" (Pv 4.23). O termo saída também pode ser interpretado como fontes. De acordo, concluímos que o coração é quem realmente abarca a totalidade da vida humana. Creio que a maioria dos nossos companheiros na fé ainda não pensaram nisso. A tradução da palavra "coração", nas Escrituras, é alma e não esse aparelho cardiovascular que pulsa dia e noite dentro do nosso organismo.
Sendo que a palavra "coração" se traduz, geralmente, pelo significado já especificado, que vem a ser a sede da nossa personalidade, veremos nas páginas sagradas da Bíblia três explicações atinentes ao coração.
1) Coração: o centro do intelecto humano - Examinando a Escritura, vemos vários exemplos que ratificam isto. As pessoas dizem coisas no coração (Gn 27.41), guardam coisas no coração (Gn 37.11; Lc 2. 51), confessam no coração (Dt 8.5), fazem propósitos no coração (2 Cr 29.10), planejam coisas em seu coração (Pv 16.1), pensam no coração (At 8.22) e por aí vai. Se Jesus quer o nosso coração, por certo, Ele deseja dominar o nosso intelecto.
2) Coração: o centro das nossas emoções - No coração se concentra tudo o que está relacionado ao nosso lado emocional. Vemos na Bíblia a respeito do coração alegre (1 Sm 2.1; 1 Cr 16.10), do coração triste (Ne 2.2), do coração cheio de orgulho (Pv 21.4), do coração perturbado (Is 35.4), entre outros. Se Jesus só quer o nosso coração, Ele também deseja ser Rei sobre o nosso estado emocional.
3) Coração: o centro da vontade humana - Inúmeros são os exemplos que corroboram essa afirmação. Vejamos: Balaão: exemplo do coração que não procede segundo a ordem de Deus (Nm 22.22); O "Homem de Deus": exemplo do coração determinado a cumprir a ordem de Deus (1 Rs 13.8-10); Ezequias: coração disposto a guardar os mandamentos do Senhor ( 2Rs 18.6); Josafá: coração desejoso de buscar a face do Todo-Poderoso (2 Cr 17.4). Se Jesus só quer o nosso coração, certamente Ele quer ser o Senhor absoluto das nossas vontades e intuições.
Segundo a Bíblia, somos propriedades exclusivas de Deus (1 Pe 2.9), chamados para sermos santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15). Sim, uma entrega total de corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23) é o que o Senhor requer dos que Lhe servem e não apenas uma parte do nosso corpo com ensinam algumas pregações fajutas que se ouvem por aí.

sábado, 18 de setembro de 2010

Verdades da nossa existência

1 Crônicas 1.1 "Adão, Sete, Enos,"

Examinando este versículo da Palavra de Deus, pude observar mais do que palavras ou vírgulas; pude encontrar uma divina revelação para as nossas vidas. Verdades mui preciosas acerca da nossa vida com Deus. O escritor deste livro (Esdras, segundo a suposição de alguns) não apresentou nenhuma breve introdução, querendo explicar o motivo de ter escrito o livro. Pelo contrário, ele parte direto para as genealogias começando a partir de Adão. Com isso ele mostra que a narração histórica em Gênesis é fidedigna e aceitável. Por outro lado, ao começar o livro citando os nomes acima, tais nomes revelam o que, ora, vamos elucidar:

Adão - Teólogos afirmam que este nome significa "terra", "pó"; já outros estudiosos afirmam que o referido termo venha significar "humanidade"; ressaltando, porém, que ao falarmos nesta última palavra, referimo-nos não só a quantidade total de pessoas que permeiam sobre a terra e sim àquilo que é característico do próprio ser humano. Segundo as Escrituras, tendo formado o homem do pó da terra (Gn 2.7), fez o Senhor com que toda criação lhe sujeitasse (Gn 1.28-30), o colocou no jardim que tinha criado (Gn 2.8), deu nome a todos os animais que o Senhor trouxera perante ele (Gn 2.19) e por último Deus lhe concedeu uma adjutora a fim de "que estivesse como diante dele" (Gn 2.18-20). Apesar de todas estas regalias que o Senhor lhe tinha dado, Adão ainda era "pó"! Ainda era "terra"! Por mais que o homem desfrute do melhor desta terra e se vanglorie por ter o carro do ano, ter belos filhos que estudem nos melhores colégios particulares, vista as melhores roupas, more no mais belo e suntuoso apartamento da região, esteja cursando a melhor faculdade, não deixará de ser pó e cinza! Um miserável pecador! Dependente e necessitado da presença do Deus Eterno! Isso te machuca? Sinto muito!
Para quê se achar dono da vida se Deus é quem tem o poder para matar e para vivificar (Dt 32.39)? Para quê se considerar dono do seu destino e capitão da sua alma se Deus é poderoso para o levar à cova e dela fazer tornar (1 Sm 2.6)? Para quê se perder nos prazeres deste mundo - como se fôssemos viver para sempre - quando a nossa vida é como a erva que hoje floresce e amanhã se seca (Sl 103.15,16)? Como a abelha sem a flor, como o céu sem estrela e como o corpo sem a alma assim é o homem que não tem Deus! É um verdadeiro nada longe de um Deus que é tudo!

Sete - Tendo suscedido o primeiro homicídio (Gn 4.8), imaginemos, pois, a aflição no coração de Eva! A dor de ter perdido um filho. Mas, logo o Senhor lhe deu um outro filho e ela o chamou de Sete. Ao nascer-lhe o filho, ela diz: "Deus me deu outra semente em lugar de Abel..." (Gn 4.25). "Outra semente em lugar de Abel" nos dá uma ideia de restituição, renovo, sendo este útimo termo o significado do nome de Sete. Pelo que podemos perceber, foi ele um homem piedoso e temente ao Eterno. Tinha ele, agora, um passado: era filho; sim, nasceu de um pai que desobedecera ao seu Criador. Por certo, tomou isto como exemplo para não ser apanhado no mesmo laço de desobediência. Quantos são os que almejam um futuro promissor, porém, não guardam as genuínas lições do passado (Pv 22.28)! Que o Senhor restaure as igrejas dos dias atuais a fim de que voltem aos princípios bíblicos ensinados pelos antigos que temiam ao Senhor. Restaura, Senhor, as Assembleias de Deus no Brasil!

Enos - No nascimento deste, entendo que Deus não dá razão para o seu inimigo. Ao criar o mundo e pôr nele o homem que havia formado, veio o diabo, incorporado numa serpente e enganou o primeiro casal fazendo-os pecar contra o Senhor. Doravante, Deus poderia dizimar toda criação fazendo uma outra incorruptível. No entanto, deixou o Senhor como estava e mostrou ao daibo a possibilidade do homem temer a Deus e adorá-Lo não obstante seus delitos e fraquezas. Nasceu Enos, descendente de um por meio de quem o pecado entrou no mundo. Mais do que um ato de piedade, Enos demonstrou fé viva em invocá-Lo com um coração sincero (Gn 4.26).
Há muitos que pensam que fraqueza espiritual é sinônimo de fracasso. Paulo, provavelmente, pensou a mesma coisa, motivo pelo qual o Senhor lhe disse: "... o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza... " (2 Co 12.9). Deus não tem prazer nos que se acham fortes, porque se consideram independentes. Mas, tem prazer nos fracos porque só estes reconhecem o quanto necessitam da presença daquEle que é a verdadeira Força (Is 9.6).
Sejamos adoradores como Enos, piedosos como Sete, todavia, nunca esqueçamos que somos pó tal como Adão! Sejamos humildes, a nossa força está em Deus.

Nós fazemos o culto! A obra quem faz é Deus!

Me recordo muito bem dos tempos em que comecei a pregar o Evangelho de Jesus Cristo nos púlpitos das igrejas. Achava que , por ter pregado a Palavra, tinha que haver, sistemática e obrigatoriamente, derramamento de poder. O tempo foi passando e logo fui amadurecendo. Pude entender que meu dever é apenas pregar e que sou nada mais que um semeador. Pertence a Deus o derramar do Seu poder e o quebrantar dos corações.
No âmbito da adoração não é diferente. Mas, pelo que vejo, acho que esquecemos disso. Queremos usar Deus achando que Ele tem toda a obrigação de operar no seio da igreja pelo fato de estarmos adorando-O. Quantas igrejas que, por não terem o mastro da Palavra, procedem desta forma. Acham que podem reivindicar do Criador algum tipo de coisa que julgam ter Ele a "total obrigação" de fazê-lo. A Escritura nos ensina a pedir (Mt 7.7), não a requerer algo forçado das mãos de Deus. Isso é o que podemos chamar de crença sistemática; ora, bem sabemos que o Senhor não Se agrada de crença deste tipo e sim de um ato que envolva amor, abengação e sinceridade.
Não sou crítico, apenas observador. Ficava ridicularizado com a maneira de muitos crentes prestarem um culto ao Senhor. Não havia decência nem ordem (1 Co 14.40) e a verdadeira adoração (Jo 4.24) era escassa. E como se não bastasse ainda questionavam a Deus por que os seus cultos eram tão frios, sem espiritualidade alguma e sem nenhum fervor. A resposta seria: falta da verdadeira reverência, de uma adoração mais pura e sincera e de um fervoroso e constante compromisso com a Palavra, enfim, tornar-se completamente verdadeiros dependentes da Pessoa do Deus vivo.
Jesus tinha um plano mais sublime no que respeitava a enfermidade de Lázaro (Jo 11.4); contudo, Marta e Maria pareciam não entenderem e achavam que o Salvador deveria Se apressar em visitá-las dando saúde para o seu irmão. Quando nos prendemos em especulações tão levianas e descabidas, logo esquecemos que Deus tem um plano maior para nós querendo que Ele venha agir dentro dos nossos planos quando os Seus são mais excelentes.
O que está faltando no povo de Deus é a confiança absoluta no Seu poder. Fazemos o que corresponde ao nosso dever, mas, às vezes, queremos tomar o lugar de Deus e fazer o papel dEle! Somos apenas adoradores! O nosso dever é cultuar, crendo que aquEle que recebe a nossa adoração é poderoso para Se manifestar no meio dos Seus, fazendo o que bem Lhe parecer. Mas, parece que somos semelhantes à Marta e Maria; queremos ver o agir do Senhor, mas, da nossa maneira, do nosso jeito, dentro das nossas concepções; mas não é assim que a Bíblia nos orienta. Um verdadeiro adorador não possui outra preocupação senão em adorar, louvar e bendizer o nome do Senhor, porque ele está bem certo de que Deus é quem vai fazer a obra, é quem vai operar segundo a riqueza da Sua vontade.
Paulo escreveu na sua carta dizendo: "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade" (Fp 2.13). O querer e o efetuar pertence a Ele; portanto, deixemos de lado toda preocupação desnecessária e confiar única, inteira e exclusivamente naquEle em cujas mãos está todo o poder.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Comunicação: o machado que foi por água à baixo!

Desde os alvores da humanidade percebemos que a comunicação teve seu papel importantíssimo na terra. Por meio dela o Senhor Se relacionava com Adão pela viração do dia antes que tal homem pecasse (Gn 3.7,23). Também por ela Agar se humilhou diante de Sara, sua senhora (Gn 16.9). Também Jacó, para obter o perdão de seu irmão, se humilhou diante de Esaú, também pela comunicação (Gn 33.2ss). O tempo nunca apagou a importância da comunicação entre as pessoas ao longo da história. É algo que deve ser perseguido e explorado a todo instante.
Creio que ainda é possível solucionar um "mundo" inteiro de problemas no uso de um bom diálogo. Ainda é possível reconstruir um bom caráter, educar ou reeducar pessoas desorientadas por intermédio de uma boa conversa dosada de palavras sábias visando estimular um coração necessitado. Muitos olham para Jesus vendo-O apenas como "o Homem dos milagres"; mais do que isto!!! Ele e ninguém melhor do que Ele soube Se expressar com pessoas ao Seu redor liberando paz por meio de Suas palavras tão edificantes fazendo corações endurecidos voltarem a ser criança novamente. Foi pela comunicação que o Divino Mestre soube se identificar com as pessoas que vinham em sua busca. Não se tratava de homens soberbos, presunçosos, mas sim de pessoas carentes de uma boa palavra, de um bom conselho. Pessoas estas que andavam "desgarrados e errantes como ovelhas que não tem pastor" (Mt 9.36). Quem agiu de igual modo?
Somente Ele! Jesus! Pela comunicação, o Salvador se colocou no mesmo nível que os seus conterrâneos amando os inamáveis, tocando os intocáveis, salvando os perdidos, sarando os feridos, consolando os aflitos e incluindo os excluídos. Pergunto: Alguém fez semelhante coisa? Houve, porventura, alguém que se dispusesse em ir ao encontro dos necessitados e proceder da mesma forma que Jesus? Tanto eu como você estamos certos de que ninguém fez tal coisa pelas almas aprisionadas por Satanás.
A palavra comunicação vem do latim comunis que significa tornar comum, unir, participar. Presumo que estes significados não são mais fatores evidentes no meio em que vivemos, mormente no convívio familiar. A comunicação leva ao entendimento mútuo e a harmonia plena entre as pessoas; todavia, o que vemos é o desentendimento e a desarmonia, não tornamos nada em comum, não nos unimos, tampouco somos participantes dos interesses alheios. É hora de resgatar essa ferramenta; qual ferro do machado que submergiu (2 Rs 6.5) assim é a comunicação: se foi por água à baixo e ninguém há que se interesse pelo seu resgate.
É hora de recuperar a ferramenta perdida! Lutar pelo seu resgate! Se existe uma coisa que nunca deixa de ser obsoleta é a comunicação, a qual nunca perde seu valor e sua essência.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

OBEDIÊNCIA E FIDELIDADE

Me dói a alma ao perceber que estes dois fatores não fazem mais parte da conduta de um cristão. Ao ver que a igreja, em sua maioria, parece professar uma crença mecanizada, não há amor, nada que a leve a um relacionamento íntimo com Cristo. Ao ler o Livro de Atos dos Apóstolos, chego a uma conclusão do quanto que a Igreja hoje perdeu aquela determinação de servir a Deus; determinação essa que ardia no coração dos crentes da Igreja Primitiva. Reis e Imperadores daquela época ficavam admirados ao ver tamanha expressão de fidelidade estampada no rosto de nossos pais na fé; nem seus súditos, que viam a sua face eram tão fiés ao imperador quanto os cristãos, os quais, a um Deus que nunca viram, se mostraram extremamente submissos até à morte. E nós? Aonde estamos em relação a eles?
O budista obedece fielmente à sua religião, porque não dizer o mulçumano que dá a vida pelo seu deus e outras crenças mais cujos adeptos demonstram uma pura devoção. Mas a Igreja, cujo Deus é vivo, verdadeiro, Rei sobre reis e Deus sobre os deuses, não Lhe obedece nem O glorifica com seus atos. Logo, não há mais obediência, tampouco há fidelidade e como resultado o nosso cristianismo fica sem fruto. Podemos agradar a Criador dessa forma? É certo que não. Acredito que é possível a Igreja de Cristo adquirir a mesma determinação, fervor e ousadia que havia nos cristãos na era passada, todavia, se a igreja se voltar ao seu Senhor humilhando-se perante Ele a fim de que ache graça e alcance miséricórdia. A Igreja do Senhor Jesus no Brasil precisa obedecer! Precisa ser fiel! Sim, adotar uma postura de lealdade em face do que vem ocorrendo em nosso país. Leis absurdas que estão tramitando no Congresso Nacional que procuram, de uma forma ou de forma ou de outra, calar a voz do Povo de Deus. Mas é nessa hora que devemos reagir! E dar o brado de indignação contra essa onda de abominação que infelizmente vem fazendo parte da nação brasileira.
É a hora da Igreja! Mais do que nunca devemos nos inconformar com o rio de inquidade que tenta submergir o nosso querido Brasil. Se o mundo continua sendo mundo, a Igreja deve continuar sendo Igreja! Determinada e decidida a propagar a Verdade do Evangelho custe o que custar; afinal de contas, esse é o nosso dever.

Gratidão ao Pai Eterno

Neste mês de Setembro este blog completa um ano de existência. Aprendi que não existe coisa melhor na vida do que investir naquilo que mais gostamos. Amor ler e escrever e isso para mim é uma grande fonte de entretenimento. Deus colocou em meu coração esse desejo de anunciar o Evangelho aonde quer que for; misturei esse desejo com a mais preciosa tarefa de escrever artigos que falem das Grandezas de Deus, resultado: foi criado este blog, cujo maior propósito é glorificar o Nome que é sobre todo nome na internet. Também aprendi que se Deus nos concede um dom é pra ser usado como forma de reconhecimento por Ele haver nos agraciado com tamanha dádiva e mais do que nunca enaltecer aquEle que não chama os capacitados mais capacita os escolhidos. Glória e honra ao Seu nome eternamente. Amém.
Nossa mente é limitada demais para entender as proezas que Deus faz por aqueles que Lhe servem. Me vem a mente as palavras do Salmista: "Muitas são, Senhor meu Deus, as maravilhas que tem operado; eu quisera anunciá-los, mas são mais do que se pode contar" (Sl 40.5). Me recordo muitas vezes de quando estava ocupado com muitos afazeres do dia quando, sem que eu esperasse, vinha em meu pensamento muitas referências bíblicas que me faziam entender que era o Senhor que estava me revelando uma mensagem. Rapidamente deixava tudo o que estava fazendo e ia logo para a minha escrivaninha, papel e caneta na mão e ela: A Palavra de Deus!!! E ali sairia mais um artigo que, logo logo, seria publicado na internet, como hoje se vê. É privilégio saber que o Senhor deseja nos usar de forma especial nesta terra fazendo de nós instrumentos promovedores de glória e louvor a Ele!!! Diante de tão grande privilégio, indagava ao Senhor tal como o Salmista: "Que é o homem para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o visites" (Sl 8.4); quem somos nós? Imerecedores da Sua Bondade e Seu amor, Seu perdão e Seu consolo, Seu favor e Sua benevolência, Seu poder e Sua beneficência. Quem somos nós???
Como tesouros em vasos de barro (2 Co 4.7) é a presença do Eterno no coração do pecador, uma vez regenerado pela Sua graça e redimido pelo sangue do Cordeiro. Enquanto muitos se doam a propagar tantos artigos de imoralidade que glorificam a Satanás, estou me doando ao meu Deus como instrumento dEle para que vidas sejam edificadas, renovadas, revigoradas pelo poder da Palavra pregada virtualmente. Por isso, agradeço a Deus e a você, leitor amigo, pela atenção que tens reservado para ler atentamente os artigos aqui publicados. Mensagens simples, porém, que visam exaltar a Deus e destacar os Seus propósitos para com o homem. Desde já, grato de coração. Deus vos abençoe!!!!!


De vosso conservo,

Presbítero Clenio Daniel Parente Mendes.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ah! Se o meu povo me ouvisse!

Salmos 81.9 "Ouve-me, povo meu, e eu te admoestarei. Ah, Israel, se me ouvisses!"

Sociedade conturbada, lares destroçados, homens com o aspecto moral degenerado, entre outros fatores que caracterizam a geração em que vivemos. Por que essas coisas nos sobreveem? Podemos reverter essa situação? Creio que sim. Não resta dúvidas. É possível mudar esse quadro; certo é que passos firmes nos proporcionarão uma nova identidade em vista desta situação tão deplorável.
Creio que a falta de atenção é uma das fortes razões dessa geração pós-moderna se apresentar em condições degradantes como estas. A sociedade é conturbada porque não há reciprocidade no que tange ao modo de agradar seus semelhanes com boas maneiras. No entanto, o que toma frente é o individualismo: cada um por si. Lares são destroçados porque mulher não recebe a devida atenção do marido e/ou vice-versa; dos filhos para com os pais ou destes para com seus filhos em virtude da falta de harmonia e de entendimento e por aí vai. Parece que as pessoas se esqueceram que a vida é uma constante semeadura. Esperam colher boas coisas das outras pessoas quando não as semeiam para elas. Seja no meio evangélico ou no secular, a história sempre se repete. Queremos atenção de outrem quando não a trasmitimos para alguém. Ora, o que se planta também se colhe. É notório que muitos ignorem isto.
É interessante vermos na Bíblia que o próprio Deus procura pela atenção do homem: "Ouve-me povo meu..." (Sl 81.9). O Senhor exortou a Seu povo Israel que lhe ouvisse quando eles apenas escutaram, ou seja, não deram toda a atenção para o Senhor, seu Deus, nem aplicaram seu coração a guardar os Seus mandamentos. Se a humanidade caótica, sofredora, ao mesmo tempo, pervertida e desprovida do temor de Deus, dirigisse a sua atenção para o Criador, reverenciando-O, não veríamos e nem ouviríamos de tantos agravos que ferem toda esta criação de Deus. Pela falta de atenção Eva cedeu-se a desobediência cobiçando do fruto proibido (Gn 3.1-6); haja vista a imprudência de Adão em não denunciar o erro de sua mulher. Desta forma, participou também do fruto (Gn 3.6) e sendo assim o primeiro casal, pela sua desatenção em relação a ordem direta do Senhor, perderam dEste a Sua atenção no que respeita a comunhão que tinham com Ele.
Sou daqueles que ainda crê que a falta de cuidado em observar as mínimas coisas pode nos levar a grandes tragédias. Enquanto o espírito do "não tem nada a ver" está se apossando da alma e da consciência de muita gente, vou me ocupar em ser atencioso no tocante aos ditames da Palavra de Deus. Será meu maior lucro. Se o povo israelita se voltasse ao Deus de seus pais e nEle permanecesse firme não conheceriam eles um Deus irado por ver os Seus servos procedendo loucamente. Vendo os descendentes de Abraão pecarem, indo após outros deuses estranhos, até imagino o Senhor contemplando-os e dizendo consigo mesmo: "Ah! Se o meu povo me ouvisse!". Não será esse também o brado do Eterno nos dias hodiernos? Todo mundo pede um pouco de atenção, cônjuges, filhos, amigos, etc. O Todo-Poderoso também requer atenção do homem para com Ele. Precisamos nos voltar ao "Pastor e Bispo das nossas almas" (1 Pe 2.25) e ouví-Lo na obediência da Sua Palavra, sim, dando a Ele a primazia de nossas vidas, ofertar o melhor que há em nós.
Mais atenção! É o que as pessoas pedem. É o clamor de um coração necessitado, de uma alma aflita, de um alguém solitário, enfim de todos quantos valorizam o bem comum, respeitam o próximo e que acima de tudo teme ao Senhor Criador dos Céus e da Terra.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poesias bíblicas

Nas altas horas da noite,
Estava eu a meditar,
Uma inspiração poética
Veio minha alma cativar.

Falar sobre aquEle que é Senhor,
Criador dos céus, da terra e mar;
Das Suas ovelhas Ele é o Pastor,
E do pecador, um Salvador pronto a salvar.

Ao aflito Ele estende a mão,
Ao seu clamor Ele inclina os ouvidos,
Conhecedor do íntimo do coração,
Pronto em ouvir nossos gemidos.

Nos altos céus habita Deus,
Senhor de tudo o que há,
No coração daquele que é Seu,
De todos os que procuram agradar.

Ele é a Palavra Viva,
Em todo o tempo sempre presente,
A esperança dos que O buscam
E o triunfo para quem segue em frente.

No deserto Ele faz banquete,
Manancial de águas Ele faz brotar,
É um travesseiro para reclinar a cabeça,
É uma escada de glória a se revelar.

Na solidão Ele é o companheiro,
Ao nosso lado para caminhar.
Ele é o Último e o Primeiro,
Deus poderoso, Leão de Judá.

Ele é a verdade para quem está no engano,
Ele é a vida para os que estão mortos,
O verdadeiro caminho para os perdidos,
A luz inextinguível nos caminhos tenebrosos.


Clenio Daniel Parente Mendes, servo do Deus vivo, reconhecendo
eu que nada tenho e nada sou sem a presença daquEle de quem
emana a verdadeira sabedoria. Glória seja dada ao Seu nome hoje
e eternamente. "É necessário que Ele cresça e que eu diminua" (Jo
3.30).