segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Orando sem cessar

Conta-se uma lenda de que, na, Região Central da África(Incerto o País), havia um jovem africano, crente, servo de Deus, porém, não gostava muito de congregar tampouco dava importância a oração. Contudo, seu maior anelo era morar nas fronteiras de Moçambique, do que não tinha condições para tal. Mas, Tomado por esse grande desejo, resolveu percorrer as Matas Africanas, o que assim fez. Não hesitou, tendo arrumado suas coisas para as levarem consigo, partiu. E isso já no crepúsculo da tarde até o sol se pôr e não haver claridade para ele então discernir o caminho.
Tendo já chegado a noite, aquele jovem tão incauto, achava-se ofegante, não obstante a escuridão da noite, ele deparou-se com um animal, que, logo, concluira que era um leão. Imediatamente esse jovem se ajoelhou e orou como nunca havia orado em toda a sua vida de cristão. Curioso, abriu um de seus olhos e viu que o leão também estava de joelhos com suas patas dianteiras juntas uma na outra, orando.
Logo, o rapaz ficou corajoso e, apontando o dedo para aquele animal corpulento dizendo: "muito bem seu leão!!! Fico feliz em saber que o senhor também é crente!!! Ao que o leão lhe respondeu: "Não sou crente coisa alguma, a verdade é que eu costumo fazer as minhas orações antes das refeições!!!"
O resultado, todo mundo sabe...
À semelhança desse personagem, muitos procuram a Deus somente em momentos de crises e de adversidades, quando ele pode gozar de boas relações com o seu Criador mesmo quando tudo possa caminhar bem. É notório que muitos, dentro da casa de Deus, vivam a mesma condição que esse jovem africano, lembrando-se do Senhor apenas na hora do aperto e dEle se esquecendo nos bons momentos da vida, o qual Ele nos proporciona. Na sua primeira carta aos Tessalonicensses, Paulo diz: "Orai sem cessar". É preciso buscar a Deus, é tempo de buscar a Deus; de servi-Lo não importando os montes ou os vales da vida, pelos quais, importa que devamos passar.
O crente ora para ter comunhão com Deus, ele ora porque necessita de Deus, ele ora porque não é nada sem Deus e nem pode vencer sem a presença de Deus. Oração a todo o instante. Não estamos falando de fanatismo, nem tampouco de excesso de religiosidade, pelo contrário, estamos falando do que profetizou Isaías: "Buscai ao Senhor enquanto Se pode achar..." (Is 55.6).
Caro Leitor, esta é a verdade bíblica que deve ser praticada por todo o que se julga filho de Deus. Oremos, oremos, oremos!!! Necessitamos, necessitamos, necessitamos!!! Sim, de estar constantemente "ante o trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar graça para sermos ajudados em tempo oportuno" (Hb 4.16).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma Liderança de Sucesso

Quando o assunto é liderança, à luz das Escrituras Sagradas, entendemos que o termo em destaque repercute desde os alvores da criação. Ao criar o homem, o Senhor lhe diz as seguintes palavras: “Dominai a terra” (Gn 1.28). Vemos o Criador impondo a criatura racional a capacidade de liderar, chefiar, enfim, usar da autoridade por Ele conferida.
Daí por diante, o termo “líder” ecoa por toda a Bíblia Sagrada, quer seja no Velho ou no Novo Testamento.
Por se tratar de liderança cristã, a Bíblia nos dá exemplo de liderança e de um líder, tendo como base princípios que vão reger determinada tarefa em todos os seus aspectos. Ninguém assume tal dever se não tiver convicção; ela é a chave das atitudes positivas e a mola propulsora dos bons êxitos. A falta de convicção leva-nos ao desânimo, as incertezas e, consequentemente, ao fracasso.
Vendo que o Senhor lhe tinha dito que livrasse o Seu povo dos seus inimigos, Gideão recorre ao Senhor pedindo-Lhe uma prova se verdadeiramente Ele o escolhera para livrar a Israel dos seus opressores. A prova era: um velo de lã na eira; se nesta não houvesse orvalho senão apenas no velo de lã, logo concluiria que o Senhor o havia chamado para aquele determinado fim. “E assim sucedeu” (Jz 6.38), pois o Senhor fez cair em evidência o que o Seu servo tinha pedido. Isso motivou Gideão a ter plena convicção no chamado de Deus na sua vida, obedecendo fielmente ao Senhor dos Exércitos.
O perfil biográfico de Neemias é um reflexo das verdadeiras modalidades de um líder cristão face às atitudes que lhe são peculiares. Através desse exemplar servo de Deus, aprenderemos as características que destacam um autêntico líder cristão:
1) Neemias demostrava interesse pela situação – Ao chegar seus conterrâneos, Neemias indaga os mesmos acerca da situação de Jerusalém (Ne 1.2). Não foram seus irmãos que logo lhe informaram da tão grande penúria em que se encontravam os filhos de Israel, mas, Neemias, é quem faz uso da palavra procurando saber a condição da cidade de seus pais. O interesse precede o compromisso. Nenhum líder desinteressado pela causa se comprometerá em cumpri-lá adequadamente; cabe ao líder cristão, o interesse, a dedicação naquilo que está posto ao seu alcance fazer. Cabe, neste contexto, o trecho bíblico que diz: “Tudo quanto te vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças... “ (Ec 9.10).
2) Neemias demonstrava sensibilidade pela situação – “E sucedeu que,ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei-me por alguns dias...” (Ne 1.4a). A sensibilidade é irmã gêmea da compreensão. Foi o que levou esse destemido servo de Deus a derramar lágrimas por algo que para ele muito significava. Se não demonstrarmos sensibilidade cristã naquilo que compromete a nossa função de líder cristão, seremos líderes apenas de título e nunca pelas suas evidências. É notório em nossos dias líderes cristão à mercê do ridículo em virtude da sua inflexibilidade e frieza de espírito.
3) Neemias demonstrava espiritualidade pela situação – “... e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus” (Ne 1.4b). Em meio a tantas preocupações, Neemias se lança ao uso de duas grandes ferramentas espirituais: jejum e oração; se o líder cristão se mostrar negligente a essa coisas sempre será vencido pelo desespero, pelas incertezas, em decorrência dos muitos problemas que surgem. Líder que é verdadeiramente cristão é líder que sabe interceder e usa de abnegação nas funções que lhe são conferidas. De nada adiantará o lado moral se não houver o espiritual. Liderança cristã de sucesso é aquela que está sob orientação divina, se a isto o líder se aplicar.
4) Neemias demonstrava compassividade pela situação – (Ne 1.6). O termo compassividade se compatibiliza com esta condição; na sua oração intercessória, ele não denuncia somente os pecados do povo (“eles pecaram”), pelo contrário, ele se inclui na sua própria oração colocando-se na mesma condição que eles: “... pecamos contra ti” (Ne 1.6), “... nos corrompemos contra ti, e não guardamos os teus mandamentos...” (Ne 1.7). Esta é uma das grandes manifestações do verdadeiro cristianismo: o de não apontar os erros de outrem senão reconhecer primeiramente os seus. Há quem use o “eu” para motivo de vanglória, porém, Neemias é o tipo do eu cristão: “Também eu e a casa de meu pai pecamos” (Ne 1.6).
Neste presente contexto analisado, destaca-se a sinceridade de Neemias consigo mesmo e com seu próximo, tudo contribuindo em favor de socorrer seus irmãos que estavam carecendo de auxílio humano e espiritual.
Liderança cristã é responsabilidade, compromisso, questão de prudência e acima de tudo temor a Deus pedindo sabedoria e graça em todos os seus procedimentos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Aprendendo a confiar em Deus

Há dois séculos atrás permeiou por essa terra um homem chamado Jorge Muller, conhecido como "o apóstolo da fé"; homem de extrema confiança em Deus, que não fitava seu olhar nas dificulades senão no Todo-Poderoso. Comunhão com Deus para ele era sinônimo de vida vitoriosa em meio as escabrosidades do dia-a-dia.
Ocorreu um certa vez, desse homem de Deus atender a um convite para pregar a Palavra do Senhor em Toronto, Canadá. E como naquele tempo os navios eram embarcação a vela, demorava semanas ou até meses para chegar ao local de destino. E, neste tipo de embarcação estava Muller já de prontidão para atender o convite que lhe fora feito. No sábado daquela mesma semana em que ele havia embarcado precisava estar no Canadá. Como?
Pois grande era a neblina; a viagem demoraria meses. E importava muito para Jorge Muller estar em Toronto sem falha. Mas, vale a pena salientar aqui que, apesar de tudo, esse fervoroso homem de Deus manteve a sua fé inabalável; estava crendo que chegaria lá custe o que custasse!
Logo, Muller chegou ao comandante do Navio (que também era crente) e disse:
- Senhor Comandante, preciso estar em Toronto, no Canadá neste sábado sem falta.
- Impossível! Exclamou o Comandante.
- Pois bem, disse Muller, já que por esse navio não dá, o meu Deus providenciará um outro jeito de chegar lá.
- Como dizes isso? Não vês essa neblina? Indagou o Comandante.
- O senhor está olhando para a neblina, mas os meus olhos estão voltados para o meu Deus, o Qual, governa todas as circunstâncias da minha vida.
E prosseguiu Muller dizendo:
- Vamos orar senhor Comandante para que o Senhor retire esta neblina, eu preciso estar aonde eu devo estar!
Admirado com isso, o Comandante pensou consigo mesmo: De qual setor de doidos escapou este?
E, ainda admirado, ficou olhando aquele piedoso homem procurar um lugar para se ajoelhar e ali orar ao Deus do Céu. E quando se ajoelhou fez uma oração muito simples, como de uma criança que tem mais ou menos oito ou nove anos; orou assim:
- Deus, preciso estar em Toronto, no Canadá, sem falta, creio que seja a Tua vontade; retira esta neblina dentro de cinco minutos.
Vendo isso, o Comandante queria se ajoelhar para orar também, contudo, Muller se levantou e pôs a sua mão no ombro dele, dizendo:
- Não adianta mais o senhor orar nisso; primeiro, o senhor não crê que Deus vai fazer, segundo, eu creio que o meu Deus já fez! Levanta, senhor Comandante e abra cortina e verá que a neblina já desapareceu.
Curioso, ele se levantou para ver, e, grande foi o espanto quando abriu a cortina e a neblina já se havia desaparecido. E Jorge Muller estava sábado pregando no Canadá.
Muitas vezes, nos portamos como este homem, olhando para a neblina da vida, deixando de confiar no Deus do impossível. Sejamos confiantes em Deus não importa a crise a enfrentarmos, as dificulades, seja o que for. Jesus ainda está dizendo: "A minha graça te basta" (2 Coríntios 12..9); com essa tão grande riqueza chamada graça de Deus, venceremos, triunfaremos, prevaleceremos, pois, "maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4).

domingo, 4 de outubro de 2009

Os crucificadores do Messias - Hebreus 6.6

Já se fazem praticamente dois mil anos que ocorreu o mais agonizante acontecimento da história: a crucificação do Salvador. Convinha que tal fato se concretizasse em virtude de que, na terra, não havia justo algum, portanto, alguém, desprovido de pecado, viesse à terra e passasse pela matéria do sofrimento. Jesus, diante dos descendentes de Abraão, daqueles que, tempos atrás, contemplava tantos milagres feitos pelas mãos daquEle, o Qual, agora, estava sendo condenado, repudiado, sim, vilipendiado. Que razão teriam para crucificarem o Mestre? Com razão indagou Pilatos: "Mas que mal fez Ele?". Na verdade, bem sabemos que mal nenhum Ele e que os sofrimentos que nEle se cumpriram foram para que nós, salvos pela Sua Graça e redimidos pelo Seu sangue, levássemos em nós as marcas do Seu amor e compaixão.


Mas o escritor da carta aos Hebreus diz: "... pois, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e O expõem ao vitupério" (Hebreus 6.6). Despertemos a nossa atenção para a expressão "de novo", mostrando que não somente uma vez crucificaram o nosso Mestre; exsite ainda "os crucificadores do Messias", os quais, na aparência, demonstram piedade e retidão mas na verdade, são como um judas traidor que rejeitam a Jesus. Para os tais, Jesus não passa de uma mera personalidade ou de um "homem qualquer" que, à semelhança dos outros, também permeiou por essa terra; Mas Ele é o Senhor do Universo, aquEle "que há de julgar os vivos e os mortos" (2 Timóteo 4.1), sim, o Rei da glória!


Por que o uso do termo "crucificar"? A cruz era um instrumento de suplício, usada pelos romanos, para, nela, crucificar os malfeitores uma vez presos por suas atitudes errôneas. Os judeus assim faziam também aos que faziam mal ao povo, pendurando-o, então, numa cruz. Porém, não podiam permanecer no madeiro, porque, segundo a Lei, era "maldito de Deus" (Deuteronômio 21.23), sendo, os corpos, tirados da cruz e encaminhado para a sepultura (Pois ficavam na cruz até expirarem).


Jesus não está mais na sepultura porque Ele ressuscitou; porém está sofrendo as dores da crucificação por aqueles que não reconhecem o Seu amor e nem desejam obedecê-Lo. Antes são ingratos e de espírito pervertido, contrário à sã doutrina; como a multidão que preferiu a Barrabás e menosprezaram a Cristo, assim são muitos que preferem o mundo, os vícios, as vaidades da vida, a prostituição, enfim,tudo aquilo que agrade a satanás e entristeça o Espírito de Deus. Portanto, não sejamos como muitos, camuflados na hipocrisia, dizendo servirem a Deus mas que são lobos devoradores. Sejamos sinceros e verdadeiros adoradores do Pai Eterno, pois o Lugar do Mestre não é mais na sepultura, mas, em nossas corações, para que O sirvamos com um espírito reto e voluntário.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O cristão e a sociedade

"Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste Homem?..." (João 18.17)

Por onde andamos ou onde passamos, sempre somos interrogados acerca da nossa fé em Deus, da mudança de vida e tudo relativo a isso. Estamos vivendo tempos em que ser crente tem virado moda; um enorme número de pessoas que, de posse de uma Bíblia, dizem servir a Deus, porém, o seu coração não corresponde a vontade divina, elucidada nas Escrituras. Devemos entender que servir a Deus é questão de compromisso e de responsabilidade. Compromisso porque, a partir do momento em que nos entregamos a Jesus, tomamos a decisão de OBEDECÊ-LO em tudo, pois, nenhum servo que é servo faz o seu próprio querer e sim o de seu senhor; Responsabilidade porque disse-nos Jesus que somos a LUZ do mundo, logo devemos nos portar perante os pecadores com um modo de vida transformada por Deus mostrando que somos diferentes. Jesus não disse que somos transportadores da luz mas sim a luz, não apenas propagamos a mensagem do Evangelho como também somos a própria mensagem com nossa nova maneira de viver.
A pergunta que a porteira fez a Pedro é digna de nota: "... Não és tu também dos discípulos deste homem?..." (João 18.17); Pedro foi interrogado por aquela mulher em virtude dos discípulos de Cristo se destacarem entre as outras pessoas. Sim, podia-se distinguir os seguidores do Messias da multidão que andava atrás dEle procurando receber algo. Pedro não era da MULTIDÃO, mas sim daqueles que SEGUIAM o Salvador das nossas almas. Contudo, ouvindo a indagação daquela mulher, talvez pelo medo de ser criticado por outros que ali estavam, negou o Seu Mestre perante os tais. Jesus nos disse que não devemos nos envergonhar dEle, pelo contrário, mas, confessá-Lo como Senhor das nossas vidas (Mateus 10.30-32). Sempre haveremos de passar por desventuras como essa que Pedro passou; pessoas que ousam criticar a nossa fé, a nossa maneira de viver diferente da vida passada, cheia de vícios e pecados. Devemos ser ousados sempre declarando-nos como servo daquEle que entregou por nós, cujo sangue nos purificou das nossas mazelas, tornando-nos novas criaturas para glória do Seu nome (2 Coríntios 5.17).
Uma outra razão porque a porteira indagou a Pedro era nada mais, nada menos pra saber a convicçao daquele apóstolo, em outras palavras, ela estava querendo dizer a Pedro: "Os discípulos fugiram, o teu Mestre foi preso, e tu? Que dizes acerca disso? Retém a tua fé nesse nazareno?" Muitos fogem da realidade de servir a Deus com um espírito reto, o nosso Mestre está "preso", sim preso na galeria das lendas por aqueles que refutam a Sua existência, e nós? Qual é a nossa posição diante disso? Mesmo que muitos queiram reduzir às cinzas a nossa firme convicção no Salvador, devemos dizer com clareza de palavras que somos seguidores de Cristo, e que Ele verdadeiramente vive! Está à destra da Majestade nas Alturas (Marcos 16.18ss; Hebreus 1.2,3) e no coração de todo aquele que guarda os Seus mandamentos (João 14.21-23). Aleluia!!!
Quando a porteira perguntou a Pedro se ele era discípulo de Cristo queria saber por que um seguidor de Cristo estava se "aquentando" entre os outros (João 18.18,19), como quem tava querendo dizer: "Se tu és discípulo deste Homem, por que estás entre aqueles homens?"; Percebe-se aí que todo aquele que, verdadeiramente serve a Deus,não tem sociedade com quem anda na impiedade deste mundo, mas, procura fazer a diferença glorificando ao Senhor em todas as áreas da sua vida (Salmos 103.1; 1 Coríntios 10.31). A igreja neste mundo é como um barco em auto-mar: o barco está nas águas, mas, as águas não estão no barco; tal qual é a igreja, ela está no mundo, mas, o mundo não está nela. Façamos a diferença, pois, o Senhor Se agrada daqueles que O temem dando testemunho do seu amor perante a sociedade.
Somos verdadeiramente seguidores de Cristo? Estamos confessando com veemência o Seu nome perante os que não O temem? Muitos estão por aí, a querer saber a razão de nossa firme convicção de servir a Deus, entretanto, devemos ser autênticos, nada tendo que temer, mas demostrando nosso viver piedoso diante da sociedade, tão desviada de Deus.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cristo, o fundamento insubstituível da Igreja

1 Coríntios 3.11

Perseguições, torturas, prisões e até mortes, essas e outras ferramentas usadas pelo adversário das nossas almas com o objetivo de obstruir a caminhada da Igreja do Senhor Jesus Cristo; o Divino Mestre categoricamente asseverou aos Seus seguidores que eles haviam de passar por aflições (João 16.33). E tendo Ele dado as últimas recomendações, ascendeu-Se ao Céu, deixando os primeiros discípulos preparados para trilharem a espinhosa trajetória do amor ao Evangelho, todavia, estavam eles debaixo de uma grande certeza: as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja (Mateus 16.18).
O próprio Jesus foi enfático ao dizer: "... as portas do inferno não PREVALECERÃO contra ela"; de forma inplícita, o Senhor declarou que o Seu povo sentiria os flagelos de satanás, os seus ataques; sim, Jesus estava dizendo que a Sua igreja não estaria livre dos ardis do diabo. À medida que ela erguesse a bandeira do Evangelho, o destruidor colocaria em ação seus planos malévolos na sua intenção maligna de estagnar a caminhada do povo a quem o Senhor Deus escolheu. Não obstante, a palavra final é que o inferno não terá vitória sobre o povo de Deus; o diabo sempre lutará, mas nunca prevalecerá.
Temos uma razão de sempre vencermos: Jesus, o fundamento insubstituível da Igreja. O apóstolo Paulo fala, com clarividência, que "ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto" (1 Coríntios 3.11). Se a igreja estiver alicerçada emoutro fundamento que não seja Cristo, por certo, ela estará sujeita ao fracasso e a sua identidade mutilada pelos escândalos e difamações que muitos, assim, investirem; logo, ela minguará, perdendo os valores morais e cristãos (o que, de certa forma, vem acontecendo em virtude muitos não obedecerem em tudo à sã doutrina).
O fundamento da Igreja é Cristo; unicamente Cristo, incomparavelmente Cristo, irrefutavelmente Cristo, indubitavelmente Cristo, incontestavelmente Cristo e verdadeiramente Cristo! A Igreja, como pregoeira da verdade, sofre a pressão da sociedade, modernizada e mundanizada, como também os terríveis choques de incredulidade na mídia e nos jornais. Artigos lançados contra os pastores (sendo nós, é claro, reconhecedores de que alguns não procedem segundo a verdade do Evangelho, tendo, por isso, acusações expostas), obreiros da seara do Mestre sendo expostos ao ridículo por homens detratores, os quais, tentam reduzir às cinzas a identidade do povo de Deus. A Palavra do Senhor nos diz: "Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda lingua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás..." (Isaías 54.17). Jesus é a razão do triunfo da igreja! Aleluia!
A Igreja está alicerçada em um fundamento maior e indestrutível: Cristo. Portanto, nenhuma investida do maligno subsistirá contra o povo do Senhor. Com isso, não temos que temer os ataques do diabo, maior é Deus é Deus é maior. Acusações, difamações e outras coisas mais, nada impedirá do povo salvo seguir o seu caminho rumo à Jerusalém Celestial; porque "se Deus é por nós, quem será contra nós"(Romanos 8.31)?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Os benefícios de uma provação

Tiago 1.12
Poucas pessoas procuram entender o fato de passarmos por muitas reveses no nosso cotidiano. Nós, cristãos, enfrentamos as tais provações por crermos em um Deus que sempre está conosco como o nosso Ajudador em todas as ocasiões (Hebreus 13.6). Não obstante, muitos de nós mesmos, pensamos em "abandonar o barco" e seguir o nosso próprio caminho. Indo certa vez à casa de um amigo e vendo-o no seu serviço, lapidando o ouro, ficou indagando consigo mesmo por que ele passava o ouro no fogo por muitas vezes até perder a conta. Curioso, perguntou: Porquê fazes isso? Já não é o bastante para utilizar esse ouro que já está no fogo há tanto tempo? Sem demora, seu amigo lhe respondeu: não, ele não está completamente lapidado, enquanto eu não ver o meu rosto refletindo nele é sinal que ele ainda não está no ponto. As provações da vida nunca vem para prejudicar a vida de uma pessoa a ser provada, mas, para lapidar a nossa vida perante o Criador, o Qual, deseja ver-nos de acordo com a Sua vontade; Enquanto o Senhor não ver o Seu rosto, a Sua glória, refletindo em nós, Ele nunca se cansará de trabalhar em nossas vidas; é o processo do ouro no fogo; o cristão moldado pelo seu Senhor por intermédio do fogo das provações. Foi no deserto que Israel pôde ver as maravilhas de Deus, muito embora não cressem no Seu poder mesmo vendo Suas proezas. É no deserto da vida que o Senhor manifesta a Sua provisão divina mostrando está conosco em todo o tempo e que não se esquece de nós um só instante. O remédio é para os doentes, a água para os sedentos, o alimento para os que têm fome, o auxílio para o necessitado, o companheirismo para o solitário e o Consolo do Espírito para quem é provado pelas mãos do Todo-Poderoso! Esccrevendo aos Romanos, o Apóstolo Paulo disse que devemos nos gloriar (Nos alegrar) nas tribulações "sabendo que a tribulação produz a paciência" (Romanos 5.2,3). E Tiago ratifica essa afirmação em sua carta (Tiago 1.2,3) Dizendo ser BEM-AVENTURADOS os que suportam a provação (Tiago 1.12). Portanto, se Deus está conosco como diz a Sua Palavra, não temos motivos para temer as provações a nos sobrevirem, foi na sua fé em Deus que Davi pôde dizer: "Com o meu Deus saltei uma muralha" (Salmos 18.29). Se tão somente tivermos fé em Deus ainda que as tribulações venham, certamente venceremos e mal nenhum nos resistirá. Portanto persevere nesta carreira da fé (Hebreus 12.1), e o Senhor te abençoará e te galardoará.

A lepra de Naamã

II Reis 5.1
A história de Naamã nos ensina que mesmo que uma pessoa viva rodeada de bens queira significar felicidade genuína. A Bíblia nos apresenta Naamã sendo ele "chefe do exército do Rei da Síria", grande diante do seu senhor e de muito respeito", "homem valoroso", mas, o escritor mostra o outro "lado da moeda": "leproso". Até podemos imaginar a popularidade deste homem dentro da sua nação, o respeito da parte de muitos bem como o prestígio que ele conquistara dos seus conterrâneos, a sua notoriedade como homem destemido por meio de quem "o Senhor dera livramento aos sírios"; o nome "Naamã era sinônimo de reverência para todos os que o ouviam fazer menção dele. Quem o visse, veria a sua bravura em pelejar pela sua nação, as muitas regalias que ele possuía, a sua tão elevada posição de autoridade perante o seu senhor. Podemos imaginar também as palavras de admiração atribuídas a um homem, por quem seu senhor tinha grande apreço. Mas, a Bíblia faz uso da conjunção coordenada adversativa ao dizer: "... PORÉM LEPROSO". Ninguém entre os síros via um "Naamã leproso", mas um Naamã de uma influente personalidade dentro da sua nação. É certo que esse grande personagem, ao chegar em casa e aproximando-se do seu leito, lembrasse dos que o admiravam transmitindo palavras de elogio e respeito; porém, o que mais marcava os pensamentos de Naamã era a lepra em volta do seu corpo. Ninguém via essa lepra senão ele mesmo! Possívelmente ele se esqueceria das regalias que tinha em razão de seus pensamentos serem invadidos por uma tão grande realidade: era leproso. Havia em Naamã uma lepra maior que a do corpo físico: a lepra da infelicidade, não estamos falando de tristeza, mas de infelicidade. Tristeza é o resultado das circunstâncias do dia-a-dia, todos nós a enfrentamos. Mas infelicidade é fruto da desgraça, de algo que cativa a alma de muitas pessoas deixando-as sem paz e sem esperança. Quantas pessoas, à semelhança de Naamã, possui muitas regalias, rodeadas de bens, tem uma respeitada e influente personalidade no meio em que vive, porém, carrega em sua alma a lepra da INFELICIDADE! Os bens nem sempre significam tudo na nossa vida. Quantas pessoas, não obstante terem tudo o que quer, porém, sente a falta de algo tão precioso em sua vida, sim, algo mai excelente do que os bens materiais, do que o dinheiro, do que a fama ou qualquer outra coisa nesta vida. Esse algo é a verdadeira felicidade! Jesus é a fonte da água viva (João 7.37)! Sim, a água que purifica o homem da lepra da infelicidade, fazendo reconhecer que a presença de Deus é a maior fonte de alegria que o ser humano pode sentir!

Deus ainda fala nos dias de hoje?

Salmos 95.7b
Desde os primórdios do mundo, são evidentes as verdades de um Deus que sempre vem falando "muitas vezes e de muitas maneiras" (Hebreus 1.1). Criou o homem para que este vivesse em comunhão com Ele; porém, o elo dessa comunhão foi quebrado ao desobedecer a santa ordem dada pelo Criador de não comer do fruto (Gênesis 2.14-16; 3.6). O resultado dessa desobediência foi a expulsão do casal do Jardim do Éden (Gênesis 3.23). Contudo, o Deus Todo-Poderoso não se cansa de falar!!! Não deixa de revelar ao homem a Sua vontade, os Seus desígnios e a Sua Soberania. Falou nos tempos de Noé avisando os seus contemporâneos da repentina desgraça que havia de vir, a saber, o dilúvio. E este piedoso homem, temente ao Senhor e crendo na Sua palavra, "aparelhou a arca, pela qual condenou o mundo..." (Hebreus 11.7). O que nos diz a Bíblia acerca desse fato é que veio o dilúvio e trouxe a destruição a todos os moradores da terra, isto é, a todos os que não creram na pregação daquele justo homem chamado Noé. Deus não se cansa de falar com o homem e ao homem, muito embora este, tão obstinado, prefira o pecado em rejeição a presença de Deus. Mas a verdade ainda prevalece: "... se hoje ouvirdes a Sua voz" (Salmos 95.7b), ou seja, a voz do Senhor. Deus ainda fala nos dias atuas "de muitas maneiras", através dos fatos, de muitas outras coisas que afetam a humanidade. A natureza denuncia a existência de Deus (Salmos 19.1) como também demonstram esse mesmo Senhor falando ao homem que este se entregue ao Criador, o Regente de todo o Universo. O mundo tem virado um palco de violência, de impiedade e de desamor, aonde a ganância e o interesse próprio tem se tornado um deus no coração de muitas pessoas. Mas Deus está às portas! Sim, as portas do coração humano falando, falando, falando... "... se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Salmos 95.7b,8). Ele é Deus vivo e ainda está falando!

Fazendo melhores coisas nos piores momentos

Salmos 121.1,2
O que fazer diante de situações tão adversas que enfrentamos no dia-a-dia? Que atitudes devemos tomar ante as dificuldades da vida, inaceitáveis, porém, às vezes, inevitáveis? É o que podemos perceber na indagação do Salmista: "Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro?" (Salmos 121.1). Diante dos problemas da vida a enfretarmos, tudo tem que partir de nós, ou usamos da convicção para superarmos o que estamos passando ou então nos entregamos de vez dando-nos por fracassados. Mas, examinando as Escrituras, lemos de muitos homens e mulheres que transformaram problemas em oportunidades se mantendo sempre cheio de fé, isto é, confiantes em Deus. Pois, se enfrentamos uma dificuldade, tomar atitudes precipitadas nunca será a solução para quem deseja sair de um "labirinto". Que proveito terá o homem, envolto nos seus problemas e ainda por cima cair no erro de uma vez por todas? Que lucro ele obterá com isso? Às vezes, estamos na mesma condição do salmista, olhando para os montes, sim, para um problema que, na nossa falta de ânimo, parece insolúvel, para uma situação tão péssima que, na nossa pouca fé, parece que nunca terá um fim. Se já sofremos com um problema, sofreremos ainda mais se fitarmos os nossos olhos nele!!! Mas a Bíblia nos dá uma grande receita: "Olhando para Jesus, o Autor e Consumador da fé..." (Hebreus 12.2). Não importa quão revoltosa seja a tempestade da vida, que a nossa certeza seja a mesma do Salmista: "Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso que o bramido das águas; do que as grandes ondas do mar" (Salmos 93.4). Nas horas em que os espinhos da vida parece nos sufocar, sejamos um Davi enfrentando o Gigante (1 Samuel 17.40-52), um Josafá cantando ao Senhor não obstante as ameaças inimigas (2 Crônicas 20), enfim, confiantes em Deus mesmo que problema queira se agigantar diante de nossos olhos. Olhando para o Senhor, a nossa fé se revigora mais e mais: "O meu socorro vem do Senhor, que fez o Céu e a Terra" (Salmos 121.2).

Enfrentado barreiras para um verdadeiro encontro - Lucas 19.3

Em tempos que a comunidade judaica estava entrelaçada na frieza espiritual e na falta da verdadeira piedade e temor a Deus, caminha um Homem, anunciando o caminho da Salvação e operando milagres dizendo ser estes milagres a evidência de sua messianidade. Propaga-se a notícia por toda aquela região acerca do filho de um simples carpinteiro, poderoso em obras e palavras e irrepreensível nas suas atitudes, Jesus, o nazareno, o Anunciado pelos profetas, o Messias prometido. Contudo, alguém deseja conhecê-Lo de perto; Seria um grande imperador? Um embaixador de uma grande e poderosa província? Um Comandante de um inumerável exército? Não. Mas um coletor de impostos, rico, porém, desonesto. Seu nome é Zaqueu. Percebendo o alvoroço de uma grande multidão que se avizinhava de Jericó, procura ver quem era o varão que por ali passava, atraindo, assim, o prestígio do povo. O escritor do Evangelho é bem expressivo ao dizer: "E procurava VER quem era Jesus..."(Lc 19.3). Não se trata de querer SABER sobre alguém, mas sim de VER. Segue-se que Zaqueu conhecia Jesus por INFORMAÇÃO; alguém lhe falou, lhe notificou sobre o Jovem Galileu, o que o levou a querer vê-Lo de perto. Ao nosso redor, é comum encontrarmos pessoas que conheçam o Salvador apenas por informação, alguém lhe testificou a respeito dEle, entretanto, não faz caso de conhecê-Lo intimamente. A sede de conhecer o Divino Mestre era lancinante no coração de Zaqueu, mas, como todo alvo a ser alcançado, também é certo que venham obstáculos: "E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão..." a barreira não era a sua pequena estatura, mas sim a MULTIDÃO que estava à sua frente. Nenhum ser humano é incapaz de vencer um obstáculo, todos somos capazes de enfrentarmos a barreiras expostas à nossa frente e vencê-las, seja grande ou pequeno, rico ou pobre. Se nos consideramos incapazes é porque nos conformamos com a situação desta vida, haja vista as palavras do sábio rei Salomão: "Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena" (Pv 24.10). Não há barreira que não possamos derrubá-la, não há montanha que não possamos transpôr. Seja qual for a multidão que nos impeça, da infelicidade, da crise emocional, etc, podemos enfrentá-las a ponto de subir na figueira da vida para ver o Mestre passar. Qual é a multidão que te impede de se encontrar com o Senhor Jesus? Vença ela, e então terás alegria de ouvires o Filho de Deus lhe dizer: "Hoje me convém pousar em tua casa"!

Escolhendo a pedra certa

Este é o tema baseado na História do Patriarca Jacó. Em Gênesis 28.11 lemos algo interessante no que respeita a atitude desse afamado personagem. Fugindo de seu próprio irmão Esaú por haver tomado deste a sua benção patriarcal bem como a sua primogenitura (Gn 25. 30-34; 27. 20-41), decide partir para a casa de seu tio Labão conforme a sua mãe lhe havia aconselhado (Gn 27. 42 em diante). O intercurso para chegar a casa de Labão era justamente o deserto de Harã. Diz-nos a Palavra de Deus que ele "chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto". Lá estava jacó, possivelmente meditando nas suas atitudes para com o seu irmão gêmeo, nos erros, nas suas precipitações e na ira em que se encontrava Esaú a ponto de lhe desejar a morte (Gn 27.41). É possível dormir com tantos problemas invadindo nossos pensamentos? É possível ter paz quando a insegurança de espírito invade o nosso íntimo? Certamente não. Pois assim estava o astucioso Jacó. A frase é incisiva: "... passou a noite"; Quantas pessoas que contemplam a luz do dia, o nascer do sol, mas, a sua alma passa noites de angústias e de aflições quase que intermináveis!!! Porém, Jesus é o "Sol da Justiça" (Ml 4.2) que ainda resplandecem sobre aqueles que nEle creêm dissipando as trevas da infelicidade! Naquela mesma noite, para ele tão escabrosa, procurou mesmo assim se consolar quando "tomou umas das PEDRAS daquele lugar e a pôs por sua cabeceira e deitou naquele lugar". Em que pedra estamos reclinando a nossa cabeça? Quantas pessoas turbadas e inquietas em virtudes das muitas vicissitudes da vida; qual o por que dessa situação? Reclinam a sua cabeça em pedras erradas, da dúvida, do conformismo e assim por diante... no entanto, devemos escolher a PEDRA CERTA. Jesus é esta pedra!!! A semelhança do apóstolo amado, João, possamos nos recostar sobre o Seio do Mestre (Jo 13.23); pois só desta forma sentiremos a paz e o verdadeiro refrigério mesmo em meio a tantas reveses do dia-a-dia.

Pode alguém ser usado por Deus de qualquer maneira?

Esta é uma pergunta incisiva que repercute no pensamento de muitas pessoas. Muitos, Falto de entendimento, escandalizam-se por verem tantas pessoas fazendo uso da Palavra de Deus, Louvando ou até orando e acontecerem coisas prodigiosas chamando a atenção de muitos, porém, o modo de vida de tal pessoa que está fazendo esta série se ministrações é exatamente o oposto do que está na Bíblia, isto é, nunca nasceu de novo, nunca produziu frutos dignos de arrependimento, tampouco faz caso dessas exigências divinas. Vendo isso, muitos estão a se perguntarem: "Por que que Deus usa esta pessoa mesmo ela vivendo uma vida tão irregular ante à Sua Palavra?". Tudo é questão de entendimento. A Bíblia está aí para a examinarmos; Jesus não deixou ninguém enganado quando proferiu estas palavras: "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus 7.20). Existe diferença entre ser usado por Deus e ser SALVO por Ele. Observando as Escrituras, entendemos que existe quatro razões por que Deus opera na igreja: 1) Por causa das Suas miséricórdias; 2) Porque Ele tem compromisso com a Sua Palavra (Isaías 55.11); 3) Porque Ele tem compromisso com a glorificação do Seu Nome e 4) Ele opera por amor daqueles que ainda são fiéis a Ele e andam na verdade do Evangelho. Existem também na igreja dois grupos de cristãos: primeiro, os que foram chamados para SERVIR (Os obreiros), segundo, os que foram chamados para serem SERVIDOS (A membresia); com estes, estão o privilégio, serem servidos com o que é proveitoso e edificante, mas com aqueles estão a responsabilidade, sim, ir na dispensa celestial para alimentar os necessitados espiritualmente.
Com isso, é certo que encontremos no meio deste primeiro grupo pessoas que se dizem obreiros, mas, com uma vida incerta, ou seja, fora dos ditames bíblicos, todavia, ao fazerem uso da palavra, alimenta o povo com uma palavra edificante e que marca os ouvintes deixando uma forte impressão na alma dos que o ouvem. Em um restaurante, o garçom existe por causa do CLIENTE, e não este por causa do garçom; na igreja é a mesma coisa. Os obreiros existem por causa da membresia e não os membros por causa dos obreiros. Se Deus usa alguém, mesmo desconcertado diante do Senhor, é pra favorecer as ovelhas da Sua casa, os pequeninos, contudo, isso não quer dizer que aquela pessoa esteja certa com Deus; é aí que está o perigo se não atentarmos para esse detalhe. Deus assim está usando por amor da Sua igreja, composta por fiéis, que ainda andam na Sua Presença.
É comum ouvirmos no púlpito de nossas igrejas frases como: "Deus usa quem Ele quer", "Deus não usa ninguém desconcertado"; tanto uma como a outra são verdadeiras, entretanto, cabe discernimento para analisarmos QUANDO Deus está usando e POR QUE que Ele está usando. Deus usa quem Ele quer para uma NECESSIDADE, mas, quando se trata de um PROPÓSITO que Deus tem com alguém, é necessário que a pessoa, então, se corresponda inteiramente aos propósitos divinos levando uma vida de santidade conforme ressalta a Palavra de Deus (2 Coríntios 7.1; 1 Tessalonicenses 4.7; Hebreus 12.14; 1 Pedro 1.15,16).
Para alertar o profeta, Deus usou a jumenta (Números 22.23-32), pois a necessidade era impedir a loucura do profeta a fim de que este, Balaão, não se corrompesse sendo que não foi assim que sucedeu, pois, entregou-se à vaidade dos bens, à loucura de querer obter a prata e o ouro. Quando se trata de um santo propósito que o Senhor quer cumprir na vida de alguém, Deus exige de quem o escolheu obediência e firme compromisso com os Seus desígnios. Aconteceu com Abraão; Deus prometeu a este Seu servo que o faria pai de uma multidão de nações e que na sua semente seriam benditas todas as famílias da terra; no entanto, o Senhor revelou a condição para que tais promessas se concretizassem: "Anda em minha presença e sê perfeito" (Gênesis 17.1b). Trata-se de sabedoria para entender, discernir e separar o certo do errado e o santo do profano.
Diante do exposto acima, podemos afirmar sem medo de errar que Deus pode, sem dúvida, usar alguém mesmo essa pessoa vivendo uma vida tortuosa, haja vista as palavras de Paulo aos Romanos: "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Romanos 11.29). Dom espiritual não é sinônimo de salvação. Porém, erramos em olhar mais para o dom do que para o TESTEMUNHO de quem está pregando, louvando ou coisa parecida. Portanto, sejamos prudentes, e façamos o que disse Jesus: "Examinai as Escrituras..." (João 5.39), pois, nenhuma árvore boa pode dar frutos maus (Mateus 7.20-23).